Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Editorial

Dois anos da missão franciscana

“Deixai vir a mim as criancinhas... tudo o que fizerdes a um desses pequeninos, é a mim que o fazeis”.

Os anos passam, as pessoas passam, mas a vontade de Deus continua sempre permanente, quando existem pessoas fiéis a sua santa vontade. O Educandário Santíssimo Redentor foi inaugurado no dia 19 de março de 2004, e tem por condutor a Fraternidade de São Francisco de Assis na Providência de Deus, e como entidade mantenedora, na cessão do prédio e apoio financeiro mensal, a Congregação dos Redentoristas. O trabalho fica por conta da excelente administração dos franciscanos, o guardião da casa, Frei Pedro, e ainda Lourenço e Domingos Sávio.

Editorial

Educação Corporativa

Por Paulo Roberto Lucas de Oliveira (*)

Segundo Alvin Toffler, estamos na Terceira Onda, ou seja, na era do conhecimento, do qual as empresas dependem cada vez mais como principal fator de produção, em substituição à terra e aos equipamentos, que caracterizaram a revolução agrícola e a industrial. Hoje, é necessário ter colaboradores com formação específica em uma área do conhecimento, mas também com visão geral do seu negócio e do mercado no qual a empresa está inserida. Uma opção é buscar esse funcionário no mercado, já pronto para assumir uma posição de liderança e de gestão; a outra é formar os próprios executivos. Neste ponto, um curso preparado exclusivamente para a empresa poderá agilizar a formação desses colaboradores, à medida que mescla assuntos gerais com os temas específicos vividos diariamente pela empresa. Denominamos este processo de Educação Corporativa.

O desafio democrático faz mulheres do século XXI

por Ivone Regina Silva

A mulher encontra-se atualmente diante de grandes desafios.
Sem perder sua tradicional personalidade de educadora, rainha do lar e de esteio da família, ela se viu de repente, lançada num mundo globalizado, tendo que trabalhar fora e vencer o machismo, a discriminação e o revanchismo.

Muitas mulheres sucumbiram-se à vergonha, ao abandono, à exclusão, mas não abandonaram o sonho de liberdade. Lutaram em favor de outras gerações e conquistaram espaços antes reservados
somente ao sexo masculino.

De esposa e mãe, tornaram-se dentre outras, empresárias, médicas, políticas, psicólogas, professoras na escola da vida.

Editorial

Por Ivone Regina Silva

Levanta-te, vem para o meio

O tema da Campanha da Fraternidade (CF) de 2006 é "fraternidade e pessoas com deficiência" e o lema, "levanta-te, vem para o meio"(Mc 3,3).

O texto-base aborda primeiramente a realidade social e a problemática enfrentada pelas pessoas com deficiência, bem como a história de suas lutas e conquistas.

Ao mesmo tempo, à luz dos princípios evangélicos e éticos, são analisadas criticamente diversas atitudes pouco fraternas em relação às pessoas com deficiência e soluções inadequadas para a sua problemática.

A escola de Biil Gates e a nossa escola

Maria Elena de Jesus

Neste início de ano letivo é oportuno refletir um pouco sobre a formação daqueles que são a razão do existir de uma escola, o estudante. Afinal, é lá que se espera que receba informações e formação para viver em sociedade. Digo formação, pois que há tempo a escola deixou de ser local de mera instrução acadêmica e da ensinança de livros. A escola, hoje, buscar ser humanista, trabalhar e contribuir para a formação do ser humano como um todo. A escola é um tipo de intervenção no contexto social para responder a problemas reais onde o jovem é sempre o ator principal.

Teus pecados estão perdoados

Pe. Luiz Carlos de Oliveira (*)

Ele nos cura por dentro

O evangelho de Marcos continua o belo ensinamento sobre Jesus e suas curas. Estas não são somente uma bênção às pessoas, mas um garantia a todos nós do grande bem que nos faz Sua presença. O texto da cura do paralítico inicia-se com a narração de que uma "multidão acorreu ao local onde Ele estava" e "Jesus anunciava-lhes a Palavra" (Mc 2,2). Cumpria a missão para a qual viera do Pai. Jesus é, em sua pessoa, a expressão total da missão. Entra, então, em cena, um paralítico trazido em um leito. Como a multidão impedisse a passagem, os que o traziam subiram ao teto da casa. Havia uma escada por fora e a cobertura, por ser um local sem chuvas, era de fácil remoção. Descem o homem diante de Jesus. Cena de disposição de fé. Com seu olhar espiritual Jesus vê a fé. Ele é o enviado de Deus para a remissão total de cada um. Como só Deus pode dar a remissão dos pecados, os entendidos reagem: "este homem blasfema. Só Deus pode perdoar pecados". Dizem isso porque Jesus disse "teus pecados te são perdoados". Jesus lê seus pensamentos que na realidade correspondiam a sua fé. Para mostrar que é Deus, completa: "Para que saibais que o Filho do Homem tem poder de Deus, tem poder de perdoar pecados" - diz ao paralítico - "Eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama e vai para tua casa". Curar é menor do que perdoar. O paralítico levantou-se e, carregando seu leito, saiu diante de todos. O Messias, tem poderes de renovar os corações e os corpos. Jesus dá esse dom à Igreja. "A quem perdoardes os pecados, estes ser-lhes-ão perdoados" (Jo, 20,23). Continuamos a missão de Jesus de promover a remissão total, curar por inteiro e promover a vida feliz e plena.

Editorial

Princípios... Pra quê?

Por Ricardo Alexandre de Moura Costa (*)

Princípios nada mais são do que a estrutura nuclear de qualquer ciência, mandamentos que condicionam e apontam para onde aquela se deve direcionar. E todos os atos e poderes decorrentes daquela ciência, somente serão legítimos na medida em que os observarem e na proporção que não os ferirem.

No campo do Direito, a ciência é uma realidade que se reflete na transposição de conquistas históricas de um povo em sua batalha secular de sobrevivência em padrões mínimos de dignidade.

No direito administrativo, como ramo do direito que não teve sua origem na democracia, mas advém de elaboração pretoriana, os princípios atinentes a um Estado Democrático de Direito representam importantíssima função, qual seja, estabelecer o necessário equilíbrio entre os direitos dos administrados e as prerrogativas da administração.

Imprensa & Responsabilidade.

por Carlos Alberto Cerchi

Os primeiros dias de janeiro são utilizados pelos meios de comunicação para fazer uma retrospectiva do ano findo. Previsões direcionadas insultam a inteligência dos cidadãos interessados na informação a que tem direito. O balanço do ano passado, muitas vezes, é feito sob a ótica do interesse individual ou de grupos existentes na imprensa, com forte influência na política brasileira, embora, utilizando concessão do Governo Federal como os canais de televisão.

O sociólogo Karl Mannheim, um pensador representativo de sua época, escreveu em 1950, no livro "Liberdade, Poder e Planejamento Democrático" que não devemos restringir o nosso conceito de poder ao poder político. Para Mannheim o poder de persuasão dos meios de comunicação é considerável. "Deve-se temer menos os governos, que podemos controlar e substituir, e muito mais os poderes privados que exercem sua influencia no 'interior' das sociedades capitalistas", assevera o pensador se referindo a radiodifusão (em 1950, a televisão estava chegando ao Brasil).

Editorial

Tirando lições

por Ivone Regina Silva

Frente aos constantes e horripilantes casos de corrupção no Brasil, a maioria dos pais, tenho a certeza, viram-se aflitos e perguntando: "o que será de nossos filhos, presenciando o desenrolar de tamanha corrupção no país, tanta impunidade, tantos maus exemplos públicos?"

Estamos estarrecidos com as mentiras e falcatruas daqueles que deveriam ser, de fato, nossos representantes e preocupados com o significado de tudo isso na cabeça das nossas crianças e adolescentes.

O que eles estão assistindo?

Cultura & Paz

por Leonardo Boff

A cultura de paz, hoje mundializada, se estrutura ao redor da vontade do poder que se traduz como vontade de dominação da natureza do outro, dos povos e dos mercados. Essa é a lógica dos dinossauros que criaram a cultura do medo e da guerra. As festas nacionais e seus heróis estão ligados aos fatos de guerra e de violência. Os meios de comunicação levam a magnitude de todo o tipo de violência, bem simbolizada pelo exterminador do futuro.
Nessa cultura, o militar, o banqueiro e o especulador valem mais que o poeta, o filósofo ou o santo. Nos processos de socialização formal e informal, ela não cria mediações para uma cultura de paz. E sempre de novo nos remete a pergunta que, de forma dramática, Einstein formulou a Freud nos tempos de 1932: É possível superar ou controlar a violência? Freud muito realista, responde: É possível para os homens controlarem totalmente o instinto de morte...esfomeados pensamos no moinho que tão lentamente se move, que poderíamos morrer de fome antes de receber a farinha.