Ângelo Donizete de Souza, proprietário da fazenda Olhos D´Agua, de 23,5 alqueires, desde que comprou a propriedade há seis anos vem vivendo um drama insolúvel, apesar de procurar várias autoridades para denunciar tudo o que vem ocorrendo na fazenda em decorrência do Lixão da Prefeitura, que fica colado à sua fazenda.
Ângelo enumera seis grandes problemas: a) Fedor,, chegando muitas vezes a ser insuportável; b) fumaça fedorenta, principalmente durante o período de seca, quando constantemente ateiam fogo no lixo; c) excesso de mosquito; d) cães soltos nas imediações do lixão e que, doentes ou ferozes, adentram na fazenda matando bezerros e colocando em perigo até a vida das pessoas, pois muitas vezes morrem envenenados e com raiva; e) bandos de urubus que vivem no lixão, mas bebem da água nos coxos do gado; f) e o mais recente e mais danoso, que pode provocar um dano irreversível ao manancial de água potável que serve a fazenda: a enxurrada que desce do lixão está invadindo a propriedade, podendo contaminar a mina d'água e, também, o lençol freático. “Não dá nem pra gente passar um final de semana aqui, ninguém agüenta”, queixa-se Donizete.