A Secretaria Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou, nesta terça-feira (26), que existe uma epidemia de dengue no estado. Conforme boletim divulgado pela SES-MG, em 2013, até o dia 22 de março, foram registradas 28 mortes em decorrência da doença e 123.694 notificações. Mais de 33 mil pessoas tiveram casos de dengue clássico, confirmados.
A região mais crítica no Estado continua sendo o Triângulo Mineiro, onde ocorreram 13 dos 28 óbitos confirmados pela Secretaria de Saúde. Uberaba é o município com mais mortes confirmadas, nove e, o segundo com mais notificações, 10.479. O município com a maior taxa de notificações por 100 mil habitantes é Veríssimo (14.166), no Triângulo Mineiro, seguido por Ibiá (7.756) e Lassance (6.748), no Norte, e Delta (6.118) e Centralina (5.832), também no Triângulo.
Segundo a secretaria, mais de 80% dos focos de larvas dos mosquitos estão nas casas e diversas medidas tentam diminuir essa constatação, já que o de maior infestação, em função do ciclo de chuvas, pode ainda nem ter chegado.
Uso massivo de água sanitária
Durante coletiva a, o secretário de Estado de Saúde, Antônio Jorge de Souza Marques, anunciou a utilização de hipoclorito de sódio (água sanitária) como nova estratégia para o combate à dengue no Estado. A medida vem complementar as ações já desenvolvidas para o combate às larvas do mosquito. Segundo o secretário, a eficácia da utilização do produto no combate às larvas do mosquito transmissor da doença é reconhecida pelo Ministério da Saúde.”
Pela primeira vez, vamos fazer o uso massivo da água sanitária com a função de larvicida. Os agentes de endemias, em visitas aos domicílios, levarão a água sanitária para as famílias nos pontos onde existirem maior cadeia de transmissão da doença”, declarou.
Segundo o secretário, a SES irá distribuir cerca de 1 milhão de litros do produto para a população de 237 municípios que apresentam alto índice de transmissão da doença. As cidades serão contempladas até a segunda quinzena de abril e três milhões de pessoas serão atendidas. Os agentes de endemias irão levar o produto e as orientações necessárias para o uso. “Estamos comprando cerca de 2 milhões de litros, fazendo esforço junto ao mercado. A ideia é que na segunda semana de abril já faça esse uso em larga escala da água sanitária enquanto larvicida” explica o secretário de saúde Antônio Jorge de Souza.