Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Mãe e filha vivem drama na SC por falta de médicos

Edição nº 1380 - 20 de Setembro de 2013

A vendedora Maria de Fátima Gonçalves Santana procurou o ET para fazer uma denúncia da Santa Casa por conta da falta de anestesista e pediatra, ressaltando o drama vivido pela família, na noite de 27 último. 

De acordo com Fatinha, ela acompanhou a filha Michelle Gonçalves Santana, 24, grávida, à  Santa Casa, ás 15h, para ser atendida pelo SUS. “Ela recebeu do médico plantonista e das enfermeiras toda assistência, inclusive quero agradecer muito por isso. O médico que a atendeu durante a gestação e responsável pelo parto, foi ao hospital às 10h da noite, quando Michele estava com a bolsa estourada e perdendo líquido. Disse que teria que fazer uma cesariana. Só que não tinha anestesista nem pediatra. Nós nos propusemos a pagar um pediatra, entretanto, se pagássemos o pediatra, teríamos de pagar o parto completo, R$ 3.500,00. Achamos um absurdo não podermos pagar só o pediatra”, lamentou. 

 

De acordo com Fatinha, a situação começou a complicar. “Eles foram tentar encontrar vaga em Uberaba, colocaram o nome de Michelle no sistema e nada de conseguir uma vaga. O plantonista, Dr. Héron, as enfermeiras, Cristina, Marli e a Branca, todos tentando a vaga. Até que conseguiram, graças a Deus, por volta das 0h20. Saímos para Uberaba e lá encontramos uma equipe já nos esperando. Fizeram todos os procedimentos e minha netinha, Yasmin, nasceu forte e saudável, graças a Deus. Foi por pouco. Depois de tudo resolvido, uma enfermeira nos contou que o coraçãozinho dela estava bem fraquinho”. 

 

“Não quero que outras famílias passem por isso”

 

Feliz, Fatinha confessa que, hoje, a pequena Yasmin está bem e é alegria dos pais Michelle Gonçalves Santana Almeida e Diego Oliveira de Almeida e toda a família “Estou fazendo essa reclamação, não com a intenção de prejudicar alguém, mas para que providências sejam tomadas e que isso não aconteça com mais ninguém. Muitas promessas de melhoria à Saúde foram feitas e a SC está sem pediatra e sem anestesista. Foi muito triste. Nós sofremos demais dentro daquele hospital. Ficamos desesperados, angustiados, mas graças a Deus, no final deu tudo certo”. 

 

Fatinha informa que procurou o prefeito Bruno Scalon Cordeiro e questionou a falta do anestesista e do pediatra. “Perguntei quem seria o responsável, ele respondeu que a responsabilidade era do secretário de Saúde, que inclusive havia sido trocado. Mas eu sei que já aconteceram outros casos desses. Michelle não foi a primeira, isso aconteceu antes dela e aconteceu depois. Gostaria que tomassem providencias sobre a Santa Casa, porque é muito sério, é tudo de última hora. Minha filha Michele foi levada para Uberaba com contrações de três minutos, de acordo com o médico e nada de dilatação e era urgente a cesariana. Do contrário, o bebê morreria. Foi um drama que vivemos, toda a família. Eu que estava no quarto com Michelle sofri demais e não quero que outras famílias passem por isso”.