Cidade apresenta dois projetos para o PAC 2

O diretor do SAAE, engenheiro Osny Zago, representou o município, em reunião técnica realizada em Uberaba, no dia 16, para receber informações sobre o PAC do Saneamento, que disponibilizará R$ 5 bilhões nos próximos quatro anos aos municípios do país com menos de 50 mil habitantes. 

Mais de vinte prefeitos ou representantes de municípios da região atenderam ao convite expedido pelos deputados Antonio Andrade e Paulo Piau, ambos do PMDB, para participarem da reunião que contou com a presença do chefe de gabinete da Presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Geraldo Melo Corrêa e o Superintendente da Funasa em Minas Gerais, Ronaldo Ciqueira.

A Funasa  é um dos órgãos financiadores do PAC do Saneamento, com R$4 bilhões, sendo o restante, R$1 bilhão, oriundo do Ministério das Cidades. Uma das inovações no programa apresentado aos prefeiytos ou representantes  dos municípios do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba é a  inexistência de contrapartida. 

As propostas a serem apresentadas para o PAC do Saneamento, deverão ter valor mínimo de R$ 1 milhão e para cada modalidade poderão ser apresentadas no máximo dois projetos, isto é, duas para abastecimento de água e dois para esgoto sanitário. As propostas devem ser entregues até o dia 15 de julho, sem possibilidade de prorrogação. A previsão para a  divulgação do resultado é para o dia  4 de novembro.

SAAE quer construir novo reservatório

Mesmo com uma chance menor de obter os recursos, devido ao elevado índice já alcançado pela cidade, segundo o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) do município, Osny Zago, afirmou que vai apresentar dois projetos, com as devidas justificativas, demonstrando sua importância. 

“Segundo dados do IBGE, nossa cidade, dentre os municípios presentes à reunião, é uma das que têm a maior cobertura nessa área de saneamento. Mas conforme o represente da Funasa alertou: quando queremos ganhar na loteria, temos que jogar. Pode ser que municípios que precisam mais, nem apresentem projetos, por que o prazo é curto. Nós temos projetos prontos”, confirmou.

Sacramento  concorrerá com três projetos, dois de água e um de esgoto, conforme explica Zago. “Vamos apresentar dois projetos de água para a sede. Um trata da adutora passando pelo bairro Jardim Alvorada, Jardim das Oliveiras, fazenda da Prefeitura com um reservatório perto da  APAC. E uma rede descendo  pelo campo de aviação, ligando aos reservatórios  dos bairros Morada do Sol, São Geraldo, Maria Rosa  e o R3 (próximo da Delegacia). Esse é um projeto que irá universalizar o serviço ali e garantir água com menor custo, porque ela vai descer por gravidade”. 

“- O segundo projeto - disse, prosseguindo -  é a troca das adutoras de cimento amianto que ligam a mina da Loca até o reservatório CTRD, próximo ao Parque de Exposição, dali até o R1, na Antônio Carlos  e o R2, também na Antônio Carlos, próximo ao clube, XIII de Maio.  E, complementando, a adutora que liga o Rosário ao Perpétuo Socorro, margeando a MG 464. 

Em relação ao esgoto, disse mais o engenheiro, a Prefeitura vai apresentar um projeto quer visa o atendimento de coleta e tratamento do lixo das comunidade rurais que ainda não têm, além de melhorar o sistema dos povoados onde já existe. Essas são as três cartas-consulta solicitando recursos para Sacramento”, explicou.

De acordo com Osny, os dois projetos de água são prioridade, porque com a construção dos três novos loteamentos previstos o sistema atual não comportará  “em 1998, quando foi concebida a Estação de Tratamento de Água – ETA, ela foi projetada  para atender a cidade e durante 20 anos, dentro da demanda de crescimento baseada  pelo IBGE. Naquela época o SAAE  tinha pouco mais de cinco mil ligações, hoje temos 8,036. Se somarmos o bairro que está começando, mais o Santo Antonio,  mais um que já está assinado para mais 300 casas  e mais os loteamentos particulares, Sacramento está com um crescimento médio de 15 a 17 casas por mês.  Vamos chegar no final do  ano que vem a cerca de nove mil ligações, quase o dobro de 1998. O crescimento projetado pelo IBGE para 20 anos já estourou. Hoje estamos com um déficit de produção de água em torno de um milhão e meio de litro por dia. Às vezes á noite sobra água e os poços  artesianos são parados,  porque nos faltam reservatórios. Por isso, esses projetos são de caráter emergencial, porém,  são projetos caros e, essas justificativas estão sendo colocadas nos projetos. Se não forem feitas essas melhorias,  vamos ter que entrar num processo de rodízio, como antigamente,  por falta de  reservação  e uma distribuição adequada para atender os bairros”, esclarece.