Em decisão unânime, na tarde dessa terça-feira 6, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) inocentou o missionário redentorista, Pe Robson de Oliveira das acusações de lavagem de dinheiro pela Operação Vendilhões, por ter movimentado R$ 2 bilhões em uma década, através da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), que tem sede na cidade de Trindade (GO).
De acordo com o Diário Braziliense, o julgamento do sacerdote começou às 13h e, após quarenta minutos, foi proferida a decisão do desembargador Nicomedes Domingos Borges, relator do processo, foi acompanhado por unanimidade pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás, em Goiânia. A ação do MP contra o religioso foi, portanto, arquivada.
"Com isso, fica reconhecido que não houve qualquer ilicitude praticada pelo religioso, que sempre se dispôs a esclarecer toda e qualquer dúvida sobre a sua atuação na Afipe ou em qualquer outro âmbito de evangelização", resumiu o advogado de defesa Pedro Paulo de Medeiros.
Cléber Lopes, também advogado de defesa na ação, afirmou que a decisão dos magistrados reforça que "a associação presidida pelo pároco é de natureza privada e não houve qualquer desvio de valores, sendo certo que todos os investimentos foram aprovados pelos membro da associação. A decisão do tribunal reconhece o que a defesa já havia dito há algum tempo. Esperam, com isso, que o sacerdote possa ter a sua biografia restaurada", diz o advogado.
De acordo com o portal https://g1.globo.com/go/, em nota, a Afipe, que foi fundada por Pe Robson e era presidida por ele, informou que seguirá seu trabalho de "auditoria, reforma administrativa, implantação de governança e demais ações que estão em andamento" na instituição. A associação informou ainda que os devotos têm confiança "na transparência que a atual gestão defende e trabalha".
A defesa de Pe Robson, representada pelos advogados, Pedro Paulo de Medeiros e Cléber Lopes, informou que, com a decisão, "fica reconhecido que não houve qualquer ilicitude praticada pelo religioso, que sempre se dispôs a esclarecer toda e qualquer dúvida sobre a sua atuação na Afipe ou em qualquer outro âmbito de evangelização".
Diz ainda o portal, que o procurador de Justiça Abrão Amisy Neto, que representou o MP, negou que as provas obtidas são ilícitas e que elas não têm "a menor relevância no caso". Em seu despacho, o desembargador reconheceu as provas como legais, mas constatou que, de fato, eram consideradas atípicas, ou seja, não eram crimes, destacando que a Afipe "é regida por um estatuto próprio, que permite que ela faça os mais variados tipos de investimento".
Agora, resta saber se a grande mídia vai dar o mesmo destaque à decisão, como deu na ocasião da Operação Vendilhões. Sem dúvida, um estrago grande foi feito.