Leigas consagradas fazem votos perpétuos

As leigas consagradas da Paróquia Basílica do Santíssimo Sacramento Apresentado pelo Patrocínio de Maria, Maria do Carmo Chaer Borges e Maria Luiza de Melo professaram os votos perpétuos, tonando-se Leigas Consagradas do Instituto Secular Fraternidade São José.  A profissão de fé foi proferida na missa de encerramento da novena da Padroeira, no dia 30 de maio, em cerimônia presidida pelo arcebispo metropolitano, dom Paulo Mendes Peixoto e concelebrada por vários sacerdotes, dentre eles o pároco e reitor da Basílica, Pe. Ricardo Alexandre e o vigário paroquial, Pe. Carlos Alexandre de Souza.

De origem rural, a sacramentana, hoje Ir. Maria do Carmo Chaer Borges nasceu na fazenda São Basílio, onde permaneceu até completar oito anos e acompanhar os pais que se mudaram para a cidade. A família foi morar bem no centro da cidade, no início da av.  Vigário Paixão. Lembra Maria do Carmo que, duas casas acima residia Pe. Saul Amaral, então pároco da Igreja Matriz, com sua mãe, Luíza, e as irmãs Zélia e Leda. A proximidade rendeu uma longa amizade entre as famílias.  

Dedicada aos estudos, Maria do Carmo matriculou-se no Ginásio da Escola Normal de Sacramento, hoje Escola Coronel, e ali permaneceu até a conclusão do curso de Normalista, hoje conhecido como Magistério, em 1963.

Convidada pela então diretora, Aracy Lopes Pavanelli iniciou sua carreira como professora na Escola Coronel, passado depois pelas escolas, Barão da Rifaina e Afonso Pena onde se aposentou. 

Católica praticante, as atividades na Igreja começaram ainda criança, ajudando Dona Zizi Brigagão a arrumar andores. Mais tarde passou a ajudar na sacristia até que assumiu  todas as funções possíveis aos leigos. Com a morte de Padre Saul, Maria trabalhou nos paroquiatos redentoristas e lá está até os dias de hoje.

Maria fez também parte das Escravas de Maria e Legião de Maria, trabalhou como catequista de crianças e adultos e lecionou também no Seminário por vários anos. O convite para se tornar Leiga Consagrada veio de Monsenhor Levi, a partir de 2002. Veio renovando os votos a cada dois anos e agora proferiu os votos perpétuos, a convite do pároco, Pe. Ricardo. 

Ir. Maria Luiza de Melo é sacramentana, segunda  filha do casal José Vicente da Cunha e Joaquina Luiza da Cunha, que teve mais sete filhos. Maria Luiza foi batizada em Perdizinha, vilarejo que pertence à Perdizes, bem na divisa dos municípios. Crismada aos 7 anos, fez a Primeira  Eucaristia aos 12 anos na antiga Matriz, atual Basílica do Santíssimo Sacramento. Os estudos foram poucos, até a 4º ano do ensino fundamental, devido as dificuldades  da época, mas foi suficiente para ela ser  professora por um período na extinta Escola Municipal Prof. Manoel Soares, na comunidade Alpercatas onde residiu por vários anos. Foi também uma das fundadoras da Capela do lugar, onde também era catequista. 

Em 29 de Setembro de 1962, Maria Luiza se casou com Pedro Amâncio de Melo, pais de  uma filha, Marizete (Maurício Matias) que lhe deram  dois netos. Maria Luiza ficou viúva em 2007. Como é permitido o ingresso de viúvas no Instituto São José, após dois anos de viuvez, Luiza começou a participar dos encontros das leigas consagradas do Instituto Secular Fraternidade São José através do convite da amiga, Maria do Carmo Chaer Borges, que já fazia parte.

Maria Luiza sempre teve uma vida de oração, desde os 11 anos, aprendendo rezar o terço com incentivo de seus pais e de Pe. Antônio Borges. Atualmente é voluntária da Paróquia Basílica  e participa de vários movimentos e pastorais da Igreja.

Para as irmãs Marias, do Carmo e Luiza, a alegria de professarem os votos é imensa.  “Uma emoção ímpar, muita alegria, porque é consagração total, ficamos ainda mais ligadas às coisas de Deus, é a entrega total”, afirma Maria do Carmo, seguida de Maria Luiza, que endossa suas palavras, expressando também sua emoção ao fazer os votos perpétuos. 

Hilda Maria de Jesus,  coordenadora do Instituo Secular Fraternidade São José de Uberaba,  na sua saudação às novas  irmãs consagradas lembrou os objetivos do Instituto. “Nosso principal objetivo é servir a nossa Igreja, paróquias e a comunidade, buscando a nossa santificação, doando a Deus tudo aquilo que Ele nos deu. O pouco que podemos lhe oferecer é o nosso trabalho, a nossa oração, colaborando com nossos padres em prol da construção do Reino de Deus”, disse, parabenizando as novas consórores.  

Maria do Carmo e Maria, parabéns por este passo tão importante. É com muita alegria e gratidão que o Instituto e arquidiocese de Uberaba as recebe. Que o Espírito Santo as ilumine”.