Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Embriaguez ao volante e arma ilegal resultam na prisão de duas pessoas

Edição nº 1724 - 24 de Abril de 2020

Denúncia anônima na madrugada dessa quarta-feira 22 informando que uma caminhonete Hillux, em atitude suspeita, suja de lama e ocupada por quatro pessoas transitava pelo Alto Boa Vista, levou a PM em diligência à av. Antônio Carlos. O condutor, ao notar a presença da viatura entrou na rua Tia Joana e estacionou ao perceber que seria abordado. Tentou descer para entrar numa das casas, porém se êxito. 

Conforme o BO, o condutor GFMJ teve dificuldade em sair do veículo e quando saiu apresentava visíveis sinais de embriaguez, fala desconexa, andar cambaleante, exalava hálito etílico e confessou ter ingerido várias latas de cerveja. Foi realizada a busca pessoal nos dois homens e durante as buscas no interior do veículo, a PM encontrou uma arma de fogo PT, Taurus 57 S AMF 7.65mm, carregada com nove munições; um copo  com cheiro de cerveja e, no banco traseiro, a PM encontrou uma bucha de maconha. Uma das duas mulheres no veículo assumiu a propriedade da droga. 

GFMJ declarou à PM que a arma pertencia a MFB, acrescentando que estava na casa de M bebendo cerveja, quando M pediu-lhe que fosse buscar mais e lhe entregou a chave do veículo. G disse ainda que no caminho parou o veículo e deu carona para as três pessoas que o acompanhavam (um homem e duas mulheres).  Submetido ao teste do etilômetro (bafômetro), às 6h43, o resultado de alcoolemia no sopro foi de 0,82 Mg/L.

 De acordo com o BO, foi dada a oportunidade para que G arrumasse uma pessoa habilitada para a liberação do veículo, mas ele disse estar com o celular sem bateria. Sendo assim, o veículo foi recolhido para o pátio do Detran e G preso. 

A PM seguiu para a casa de MFB, que admitiu conhecer GFMJ, assumiu a propriedade do veículo e num primeiro momento, admitiu  teria emprestado o veículo  a G para buscar mais cerveja. Numa segunda versão, disse que G teria pedido para dormir em sua casa, ele autorizou. G disse que iria sair e voltaria para dormir, mas não falou que sairia na sua caminhonete.   Conforme o BO, M assumiu a propriedade da arma e que não possui porte nem registro da referida arma. E informou que o VW Gol estacionado em frente a sua casa pertencia a G. 

Foram realizadas buscas nas casas de G e M, mas nada ilícito foi encontrado. 

 

‘Não foi roubo, tratava-se de um amigo...

Falando ao ET, Matheus Bizinotto (MFB) disse que estava dormindo em sua casa quando a viatura policial chegou em sua casa. “Fui acordado pelos policiais para confirmar algumas declarações do B.O. Eles me perguntaram se eu conhecia o Gilberto GFMJ, respondi que sim, e que ele havia pedido para dormir na minha casa, porque não estava bem por conta de questões pessoais. É meu amigo, claro, deixei, pedindo que ele dormisse no sofá. Fui dormir e o deixei bebendo uma cerveja na sala”, narrou.

Sobre a questão da caminhonete, Matheus negou que teria emprestado o veículo para Gilberto. “Mesmo porque ela já estava guardada na garagem, ele tinha bebido e seu carro estava estacionado do lado de fora de casa. 'Esse carro que está na porta aqui é dele', mostrei à PM.  Momento em que um dos policiais questionou se não tratava de um roubo.  Eu logo respondi que não, pois ele era meu amigo, estava na minha casa. Ele, simplesmente, sem minha autorização, pegou a caminhonete e saiu. Tanto é que no seu depoimento, na Delegacia, justificou que pegou minha caminhonete, porque o seu carro estava sem gasolina”. 

Matheus confirmou que realmente havia uma arma na caminhonete e assumiu a sua propriedade, reconhecendo também que a arma ainda não tinha registro. “Na verdade, a arma fica lá na fazenda do Divino Pai Eterno, e como minha mãe estava doente fui à fazenda buscá-la e coloquei a arma debaixo do banco. Confirmei ao sargento que a arma era minha e que não tenho costume de andar armado”, explicou, esclarecendo o motivo porque ela estava no veículo. “Preocupado com o estado de mamãe, acabei esquecendo de tirá-la do veículo. Confirmei que a arma é de procedência, não tem numeração raspada, uma arma que foi de meu avô e de meu pai, que ma passou”, finalizou, reconhecendo que pode responder processo por isso.