Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Servidores da Prefeitura e dono de posto em Iturama são presos

Edição nº 1667 - 22 de Março de 2019

Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado(Gaecco), as promotorias de Justiça e a Polícia Militar de Iturama deflagraram a operação Tanque Cheio para o cumprimento de mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em residências e na Prefeitura da cidade, na manhã dessa quinta-feira 21.

De acordo com informações do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foram cumpridos dois mandados de prisão, um contra o secretário municipal de Administração e outro contra o proprietário de um posto de combustível da cidade, e cinco mandados de busca e apreensão na Prefeitura, nas residências dos investigados e no posto de combustível. O secretário municipal de Governo, contra quem também foi expedido mandado de prisão pela Segunda Vara de Iturama, está foragido. 

Conforme o MPMG, os três são suspeitos de formarem quadrilha contra o erário e a administração pública, desviando, mediante empenhos e notas fiscais falsas, recursos municipais. Os suspeitos falsificavam documentos para justificar supostos gastos do município com abastecimentos de viaturas policiais. Porém, apesar da existência de convênio, esses abastecimentos nunca ocorreram, porque Iturama possui um posto instalado na sede da Polícia Militar, que abastece as viaturas com recursos oriundos do próprio Estado, e não da Prefeitura.

O promotor José Cícero Barbosa da Silva Júnior, coordenador do Gaecco, informou   que a investigação começou no final de 2018, depois que prefeito de Iturama, Anderson Golfão, comentou num programa ao vivo de rádio que um dos motivos da crise econômica da cidade era a necessidade de abastecer viaturas da PM. 

"Essa informação gerou suspeita e então resolvemos apurar. No levantamento de informações, descobrimos que o esquema envolvia documentos falsos e também foi confirmado que não houve abastecimentos no posto de combustíveis. Então foram pedidas as prisões temporárias dos secretários e do dono do posto e também os mandados de busca e apreensão", explicou o promotor, destacando que foram apreendidas notas fiscais, notas de empenho, celulares dos suspeitos e, no posto de combustível, R$16 mil em espécie de origem suspeita. As provas colhidas serão analisadas para possível oferecimento de denúncia contra os investigados.