Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Mulher sequestrada em Sacramento é liberada em Uberaba

Edição nº 1628 -22 de Junho de 2018

PMC foi vítima de roubo e sequestro, na noite da terça-feira 19, por volta das 21h30, na rua Aramis Ribeiro, no bairro Santo Antônio. P contou à PM que retornou ao seu local de trabalho para verificar se havia de fato trancado o estabelecimento. Ao estacionar seu Fiat Palio Adventure, foi fechada por um outro veículo, que chegou em alta velocidade, luz alta, estacionou atravessado à sua frente, de onde desceram dois ocupantes, de aproximadamente 1,70m de altura, magros, morenos, de armas em punho e se posicionaram cada um de um lado do veículo, anunciando o roubo. 

A vítima, ainda conforme a PM, tentou sair correndo, mas um dos criminosos a agrediu com uma coronhada na cabeça, o que causou um pequeno hematoma. Em seguida, a dupla a colocou dentro do próprio veículo e a mandaram baixar a cabeça. Durante a fuga, a dupla e a vítima seguiram o outro veículo que dava cobertura ao assalto, ocupado por mais dois suspeitos...

 Conforme o registro da PM, em vários locais por onde os suspeitos transitaram com os veículos,  há sistemas de câmeras de segurança, que podem ajudar na identificação dos veículos e autores. A polícia segue o rastreamento para localizar os indivíduos.

 

Vítima relata a angústia que viveu

O ET conversou com PMC, vítima de roubo e sequestro,, na noite dessa terça-feira 19. P conta que retornou ao seu estabelecimento naquele horário para se certificar de que estava trancada. Logo ao sair, foi abordada. 

“- Eles pararam e desceram, quando eu vi, estava um na frente e outro de lado me apontando revólveres. Eu pensei que se saísse de ré, eles atirariam. Aí abri a porta, eles me puxaram do carro, eu puxei o corpo para trás e disse que não iria. Que poderiam levar o carro, mas nisso me deram uma coronhada. Fiquei meio tonta, eles me colocaram no carro e seguiram para o Jardim Alvorada, perguntando onde era minha casa. Mas como tinham que seguir o carro que estava à frente, que acredito estava perdido, buscando a saída da cidade. Os dois que estavam comigo, acredito que queriam roubar alguma residência do bairro, me perguntando os nomes dos moradores das casas, especialmente, as de porte maior. E diziam:

 “- Você vai descer e chamar o interfone”. Como eu respondia que não sabia, e eles precisavam acompanhar o veículo que seguia à frente, acabaram não parando. Eu penso que queriam roubar as casas, me usando como refém para chamar os moradores. Mas como o outro carro não parava, eles saíram do bairro, desceram pelo Posto Santo Antônio, passaram pela centro e saíram da cidade pela subida da Ritinha. Logo que alcançaram a rodovia, me retiraram do banco de trás onde estava e me colocaram no porta-malas.

Prossegue P, contando que os autores tomaram a direção da BR-262 com destino a Uberaba. “Só que o meu tanque estava na reserva e, no trevo da BR-262 acabou o combustível. Sei que estava ali, porque percebi quando passaram na lombada, mas não sabia para onde estavam indo...”, relata mais, informando que nesse momento a tiraram do porta-malas e a colocaram no banco de trás do outro carro, até esconderem sua Palio Adventure no mato. “Com o carro escondido, me retornaram para o carro e ali permaneci com outros dois rapazes por, mais ou menos, 1h30, até retornaram com o combustível. Achei até havia acontecido alguma coisa, porque demoraram muito”.

Segundo P, sempre de cabeça baixa, ela percebeu quando os ônibus dos estudantes passaram. “E eu lá dentro do carro, vendo os ônibus dos estudantes passarem, percebi que eram mais de 11 da noite. Nisso eles chegaram, me passaram para o carro deles, abasteceram meu carro e tomamos a direção de Uberaba. Mas eu ia observando onde estávamos, para o caso de me abandonarem, eu saber   o lugar. Logo vi que estávamos chegando a Uberaba e um deles falou:

“- Vamos deixá-la em tal lugar”. O outro respondeu: “Não, lá ela vai se perder”. E seguiram. Quando chegaram na Churrascaria Zebu, eles fizeram a rotatória e seguiram por uma estrada. Foi quando eu pedi a eles: 'Pelo amor de Deus, não me solta no escuro, não, que eu morro de medo'. Ele foram mais à frente e voltaram, seguiram, passaram por uma chácara, mas eu não via nenhum carro... 

Pararam ali e me mandaram descer e correr sem olhar para trás. E eu saí correndo, vieram uns cachorrinhos correndo atrás, mas para mim poderia ser até pitbull. Estava melhor que com eles. Deixei o chinelo para trás e saí na carreira. Quando olhei para trás não os vi mais, olhei nos muros e nada. Era tudo chácara, até que vi um motel, onde cheguei e toquei o interfone, pedindo à recepcionista para ligar para o meu marido. Era 00h20. Até então, eu estava bem, mas aí me deu uma crise de choro muito grande...”.

 A Pálio Adventure roubada, segundo P, tomou rumo de Nova Ponte e foi recuperada na manhã da quarta-feira 20, na Morada do Parque. E P, claro, dá graças a Deus. “Excetuando a coronhada, em momento algum eles me puseram a mão, não sofri nenhum constrangimento, nenhum assédio. Nada. E em Sacramento recebi muito apoio, a polícia esteve em casa conversando, prestando apoio, assim como de familiares e muitos amigos. Foi muito apoio, dou graças a Deus e agradeço de coração a solidariedade e orações de todos”, finalizou