Marcela Maria de Oliveira (foto), 31 anos, policial militar do 15º Batalhão de Polícia Militar, em Franca, foi assassinada com três tiros no peito, no domingo 25 à noite , no Jardim Paineiras. De acordo com a imprensa francana, Marcela estava acompanhada da nova companheira e do filho, quando foi baleada pela ex-namorada, a vigilante Elaine Cristina da Silva, 39, que não aceitava o fim do relacionamento. Após a execução, Elaine foi para a casa da vítima, entrou no quarto e tentou tirar a própria vida efetuando um disparo no tórax.
Marcela entrou para a Polícia Militar em julho do ano passado, já estava cursando o módulo avançado, com matérias específicas e iria se formar nos próximos meses. Elaine trabalhava como vigia armada no DER (Departamento de Estradas de Rodagem). Marcela e Elaine estiveram juntas por sete anos e terminaram o relacionamento no fim de 2014. Desde dezembro, Marcela estava com uma nova companheira, de São Paulo.
De acordo com o delegado Milessandro Mazola Moretti, a mulher, que não teve o nome divulgado é a testemunha-chave e contou detalhes do crime. “A testemunha estava na casa da policial. A vítima contou a ela que a ex-companheira não estava se conformando com o fim do relacionamento e que temia por alguma represália. A vigilante, que tinha as chaves da casa, chegou na residência logo em seguida, dando início a uma discussão”, disse o delegado. Segundo ele, pouco depois Elaine foi embora. Por volta das 22h, imaginando que o pior já havia passado, a policial saiu com o filho e a namorada em um Corsa preto para comerem um lanche.
Informa mais Moreti que a vigia estava escondida nas proximidades, com um Gol chumbo, e passou a seguir a vítima, até que fechou o carro da soldado. “Assustada, Marcela, que estava no banco do passageiro, desceu para conversar com a ex e ainda teve tempo de pedir à nova companheira que saísse do local e levasse o seu filho, pois temia por ele. Quando a testemunha saía com o carro, ela ouviu os disparos e chamou a polícia”, revelou o delegado Milessandro, à imprensa. A soldado, que estava de folga e em trajes civis, foi atingida por três disparos e caiu morta no meio da rua. “Os tiros foram à queima-roupa. A vítima ficou com as mãos chamuscadas, o que evidencia que tentou arrancar o revólver das mãos da ex-namorada. A PM lutava capoeira”.
Enquanto a PM e resgate atendiam à ocorrência de homicídio, os policiais ouviram novo disparo nas proximidades. Se deslocaram para a casa da soldado, distante cerca de cem metros, e encontraram a vigilante caída na cama com um ferimento no peito. No local, foi apreendido um revólver calibre 38, que é da empresa de vigilância na qual trabalhava, com quatro cápsulas deflagradas. Elaine foi levada para a Santa Casa e passou por cirurgia e segue internada sob escolta policial.
Marcela Maria de Oliveira foi velada em Franca e sepultada em Sacramento no fim da tarde da segunda-feira. Marcela é sacramentana, nascida na região de Quenta Sol.
Elaine diz que perdeu a cabeça
Presa em flagrante por homicídio, a autora do crime, Elaine Cristina da Silva falou pela primeira vez sobre o crime na terça-feira e admitiu que a motivação foi passional, falou que se sentiu traída ao ver a soldado Marcela Maria de Oliveira, 31, com outra e que está arrependida. “Perdi a cabeça e fiz esta besteira”, revela à imprensa francana.
Elaine deveria estar no trabalho deveria estar trabalhando no DER no horário do crime. Seu turno de serviço começou às 19 horas e só encerraria às 7 horas da manhã da segunda-feira. De acordo com o delegado Márcio Garcia Murari, o responsável pela empresa esteve na delegacia e afirmou que “ela fechou o local, já que estava sozinha, e saiu sem autorização, portando a arma e dez munições intactas, indo ao encontro da policial. Ficou claro que ela não tinha autorização para portar a arma fora do seu horário de serviço”, disse o delegado Márcio Garcia Murari, chefe da equipe de homicídios da DIG.
(Fonte: gcn.net.br/Jornal Comércio da Franca/Redação ET)