Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Violento acidente mata o motorista Edin

Edição nº 1391 - 06 Dezembro 2013

Edson Vander Batista, Edin, 42, morreu tragicamente no sábado, 30,  às 18h30, em acidente automobilístico, próximo ao Cruzeiro Redentorista, na saída do bairro Santo Antônio, quando colidiu violentamente com seu Ford Ka contra a carreta Scania G380, placa NYV 7443, de Camaçari (BA), que tracionava um semi reboque, placa FGO9849 (SP)  sentido Sacramento/São Paulo,  dirigida por Ézio Devanil Campeoto, 52. 

Conforme o BO, Ézio percebeu que o veículo Ford Ka conduzido pela vítima vinha em sentido contrário e que,  aparentemente, perdendo o controle direcional do veículo,  rodou na pista, colidiu na traseira do Scania e  em seguida atingiu um poste de energia elétrica.  Edson, gravemente ferido, foi socorrido pela ambulância, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.   O motorista Ézio nada sofreu. 

O corpo de Edin foi encaminhado ao IML de Araxá e liberado para o velório no domingo, a partir das 11h30 até as 18h, quando foi sepultado. Passaram pelo velório, além de familiares, muitos conhecidos e amigos, dentre eles, muitos caminhoneiros que foram dar o último adeus ao companheiro e prestar sua solidariedade aos familiares.

 

Edim tinha paixão por caminhões

Edson Vander Batista era filho de Luzia Vitalina Batista e Waldomiro Batista, ambos falecidos. Ainda criança, com apenas quatro anos, após a morte da mãe, Edin foi criado pela irmã Maria Aparecida Batista Borges.  

“- Quando mamãe faleceu,  eu tinha 21 anos e como filha mais velha passei a cuidar dos irmãos menores: o Antônio Carlos,  com 11 anos; o Edin,  com 4 e a Francineusa,  com apenas 1,6 ano. Eu ajudei papai a criar os meninos.  Tenho-os como meus filhos e o Edin, principalmente, era muito carinhoso comigo. Assim que chegava de viagem vinha me ver, me abraçava... Durante a viagem ele me ligava pra avisar onde estava. Quando  voltava ele ligava e dizia: 'Estou voltando'. E falava até a hora mais ou menos que iria chegar”. Mesmo depois de casada ele morou conosco muitos anos, quando mudamos, há 13 anos, ele ficou na casa de nossos pais”.

Edin era solteiro e deixa dois filhos, Rafaela, 18, que vive na Espanha com a mãe e Nicholas, 15, residente em Araxá. “Edin namorava há quatro anos a Berenice  e dizia que iria se casar no ano que vem. Ele namorou muito, teve muitas namoradas, mas nunca quis se casar, agora é que havia resolvido. Ele era feliz, amava os filhos, a vida”, conta a irmã que o tinha como filho. 

De acordo com Cida, seu irmão tinha paixão por caminhões. “Há 15 anos mais ou menos,  ele tinha o próprio caminhão e sofreu um acidente em Goiânia. Ficou entre a vida e a morte.  Foram 28 dias em coma numa UTI, e mais 35 dias  no hospital. Levou quase dois anos para se recuperar, voltar a falar e andar. Logo que ficou bom, voltou para a estrada. Há pouco tempo ele tombou um caminhão em São Paulo e agora perdeu a vida nesse acidente”, recorda ainda muito emocionada.

Recorda também a irmã a última semana de Edin. “Ele chegou de viagem na sexta-feira, 29, à noite. Foi a última viagem dele, não sei bem, se não me engano, Paraná. No sábado,  ele foi levar o sogro (José Bianchini) na fazenda lá na Jaguarinha. Ele foi mais cedo e ficou até a tarde,  quando ele voltava, morreu no acidente. Eu estava em casa e minha filha Alcimara, que trabalha  na Santa Casa, me ligou. Ela disse que ele estava muito mal, mas logo que chegamos,  o médico deu a notícia, de que haviam tentado reanimá-lo por meia hora e nada. Aí o chão foge aos nossos pés...”. 

No carro de Edin, de acordo com o BO,   “havia algumas garrafas de bebida que foram retiradas por terceiros logo após o acidente”. Maria Aparecida descarta, entretanto, qualquer possibilidade de que ele estivesse sob efeito de álcool. “O pessoal estava comentando sobre bebida no carro, mas ele não estava bêbado. Aquelas garrafas, a sogra dele, mãe da Berenice, pediu que as trouxesse para devolver no supermercado. Essa é a informação que temos, ele trouxe as garrafas vazias da Jaguarinha”, explica.

A versão de Cida foi confirmada por enfermeiros da Santa Casa que o atenderam, afirmando que não havia cheiro de bebida alcóolica em seu corpo”. 

Para Maria Aparecida, o vazio será grande para toda a família, sobretudo para ela que era irmã-mãe. “Nunca vamos saber o que realmente aconteceu. Agora é colocar nas mãos de Deus e que Edin descanse em paz”. 

A família se reúne nesta sexta-feira,  6, na igreja de Nossa Senhora do Rosário para a missa de sétimo dia e deixa agradecimentos a todos que se solidarizam com eles todos nesse momento de dor.