Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Presos autores da morte de Magrão

Edição nº 1382 - 04 Setembro 2013

A Polícia Militar prendeu, na quarta-feira, 2, os possíveis autores de homicídio praticado contra Adinelson Fernandes, 35,  apelidado de Magrão, natural de Maria da Fé (MG), encontrado morto em um córrego por golpe de faca, no dia... São eles, Itallo Henrique Barbosa dos Santos, 21,  e Gilvan Barbosa dos Santos, 33, ambos de  Senhor do Bonfim (BA) e Caio Wilkson dos Santos Freitas, 20, natural de Itaituba (PA).

De acordo com o comandante da PM local, Ten. Idônis Galles, a prisão se deu após uma investigação do serviço de inteligência da PM. “A Polícia Civil encontrou o corpo e estava investigando os fatos. Preocupados com o risco de os suspeitos fugirem, entramos em ação e passamos a fazer levantamentos, porque os suspeitos eram as três pessoas que estavam com a vítima no alojamento. E tivemos informações de que um dos indivíduos iria embora naquele dia e os outros estariam ameaçando de morte os colegas de serviço, caso falassem alguma coisa da morte do rapaz. 

“Na quarta-feira, procuramos o delegado Rafael para montar a operação conjunta. Como ele não podia naquele momento, a PM foi só ao local e, após conversa com dois dos possíveis autores, um deles resolveu falar a verdade”, narra o comandante, destacando o total apoio do Ministério Público na ação. “Após a prisão de dois, Itallo Henrique e Gilvan Barbosa,  eles foram encaminhados ao MP, e durante o  depoimento ele relataram que o terceiro envolvido, Caio Wilkson, teria pedido demissão no dia 1º  e que naquele momento deveria estar embarcando na rodovia para ir embora da cidade”, explica.  

Caio foi preso antes de embarcar para Uberaba. Em sua mala de viagem, a PM encontrou as roupas usadas  durante o homicídio e uma faca Tramontina de cabo de madeira e lâmina de aço. De acordo com Tenente Idônis, Itallo Henrique disse que não sabia qual dos outros dois suspeitos  teria matado Magrão e que a única coisa que ele (Itallo) fez, foi pedir ao irmão Gilvan, que arrastava a vítima, que não cometesse tal ato, pois havia chegado a Sacramento há apenas oito dias.  Itallo disse ainda que,  depois da morte de Magrão, seu irmão  Gilvan e Caio mandaram-no levar o tênis da vítima  até um pé de manga existente no local. 

Caio Wilkson contou que foi Gilvan quem matou Magrão com facadas no pescoço e que ele apenas ajudou a puxar o corpo até o rio Borá. Tenente Idônis, informa ainda, que Gilvan disse que  só ficou sabendo do homicídio quando deram a notícia  de que haviam encontrado um corpo no córrego, negando qualquer  participação no crime. Diante dos fatos, o promotor José do Egito de Castro Souza, pediu a prisão preventiva dos três, concedida pela juíza.

 De acordo com tenente Idônis a motivação do crime foi por causa de drogas. “O Magrão teria saído para buscar droga e quando retornou, no momento do acerto, a quantidade de droga não batia com a quantidade de dinheiro que lhe tinham dado. Eles entraram em discussão e os dois, Caio e Gilvan,  o levaram  para o mato, mataram-no a facadas e jogaram o corpo no córrego. Gilvan não confessou, mas os outros dois,  Caio e Itallo confessaram”. Gilvan já tem outras passagens pela Justiça.  


A investigação da Polícia Civil no caso da prisão dos autores 

A Polícia Civil, tão logo recebeu a denúncia do desaparecimento de Adinelson Fernandes dos Santos, o Magrão, com a foto entregue pela informante, Onori Aparecida Carniatto, no dia 24 de setembro, imediatamente a equipe composta pelo delegado Rafael Jorge e os investigadores Diego André Souza Lemos, Eduardo Vaz Marques e Raphael Florentino Fonseca Rodrigues, iniciaram as buscas. No dia 25, informou Onori que haviam encontrado um tênis da vítima. “- Desloquei ao local e constatei que próximo ao tênis havia também uma poça de sangue, e então juntamente com alguns funcionários continuamos a busca, logrando êxito em localizar o corpo de Adinelson no córrego Borá.  Através de algumas investigações,  cheguei a três suspeitos Itallo Henrique Barbosa dos Santos, Caio Wilkson dos Santos Freitas  e Gilvan Barbosa dos Santos,  que também eram funcionários da mesma empresa, onde a vítima  prestava serviços”, explica o investigador Diego. Segundo ainda o inevestigador, através do relatório de investigação, o Delegado Rafael Jorge representou pela prisão preventiva dos três suspeitos, que foi protocolado dia 30, no fórum local, pelo Escrivão da Polícia Civil Ad-Hoc , Rogério Ribeiro de Freitas, culminando com a expedição dos mandatos de prisão e a prisão dos suspeitos pela Polícia Militar, que foram ouvidos pelo promotor José do Egito de Castro Sousa.