Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Deputados federais mineiros faltaram a 394 sessões neste ano

Edição nº 1707 - 27 de Dezembro de 2019

Deputados federais da bancada mineira faltaram 394 vezes às sessões ordinárias e extraordinárias em 2019. Marcelo Aro (PP) foi o que mais faltou às sessões de votação na Câmara dos Deputados sem justificativa, segundo  dados no portal da Câmara dos Deputados.

De acordo com os dados, Marcelo Aro faltou 31 vezes e não apresentou justificativa. 

De acordo com o Jornal O Tempo, a redação tentou falar com o deputado que não atendeu as ligações nem respondeu ao questionamento feito pelo WhatsApp. 

Entre ausências por missão autorizada ( ⃰ ), estão o deputado Aécio Neves (PSDB) com 46 sessões perdidas no ano. Luis Tibé (Avante) aparece na sequência, com 44 faltas justificadas pelo mesmo motivo. Quem mais apresentou atestado médico, até o momento, foi Misael Varella (PSD. Durante a legislatura que vai de fevereiro a dezembro, Varella apresentou 29 atestados.   

Dos deputados federais com base eleitoral na região, Zé Silva (SD) foi o parlamentar com maior número de faltas ao longo do ano,  11 ausências em sessões, sete das quais por  participação em missão autorizada.  André Janones (Avante) teve quatro faltas justificadas e Franco Cartafina (PP), apenas duas.

(*)Missão autorizada ou missão oficial ocorre quando os parlamentares atendem a convites.   Nas viagens nacionais, o valor é de R$ 524,00. Nas viagens internacionais, o valor da diária é de US$ 391,00 para países da América do Sul e de US$ 428,00 para outros países).

 

Deputados brasileiros sãos bem pagos

 Em 2019, até 17/12, a Câmara Federal gastou R$ 5,66 bilhões,  que correspondem a 90,53% do orçamento previsto.

Juntos os deputados gastaram R$ 162.955.058,67 em cota (A Cota é recurso destinado ao Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) custeia as despesas do mandato, como passagens aéreas e conta de celular. Algumas são reembolsadas, como as com os Correios, e outras são pagas por débito automático, como a compra de passagens. 

Com verba e gabinete foram gastos R$ 548.680.805,89 (Cada deputado tem R$ 111.675,59 por mês para pagar salários de até 25 secretários parlamentares, que trabalham para o mandato em Brasília ou nos estados. Eles são contratados diretamente pelos deputados, com salários de R$ 1.025,12 a R$ 15.698,32. É dessa verba que nascem as famosas ‘rachadinhas’. 

Encargos trabalhistas como 13º, férias e auxílio-alimentação dos secretários parlamentares não são cobertos pela verba de gabinete - são pagos com recursos da Câmara). Já de auxílio moradia foram gastos R$ 7.008.527,70. (Dos 513 deputados apenas 31 não recebem). E de viagens oficiais foram gastos R$ 6. 031.478,32. 

O deputado Marcelo Aro, de fevereiro, além do salário mensal de  R$ 33.763,00, recebeu mais R$ 1.309.587,99, sendo  R$ 286.901,76 de cota.  (O valor da cota para Minas Gerais é de R$ 36.092,71) e  R$ 997,534,06 em verba de gabinete e R$ 25.152,17. O deputado só não gastou com auxílio moradia, o que indica que reside  em apartamento funcional.