O governador Romeu Zema tomou posse na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na manhã desta terça-feira 1º, encontrando a caixa do estado com uma dívida de mais de R$ 30 bilhões, e já sabendo que o orçamento aprovado pela Assembleia Legislativa para 2019 começa com um rombo de R$ 11,4 bi.
Quebrando a tradição, também este ano, a transmissão de cargo foi realizada na sala de sessões da Assembleia Legislativa, com o ato solene da transmissão do grande Colar da Inconfidência do governador sainte, Fernando Pimentel (PT), para o governador Romeu Zema (Novo).
Fazendo um apelo aos deputados, afirmou no seu pronunciamento que “será preciso abrir a caixa-preta das finanças do Estado, arrumar a casa e refinanciar a dívida com a União”. Para isso, conclamou os parlamentares para que “tenham consciência da gravidade da situação sempre que um projeto entrar nessa casa”.
Para enfrentar a crise enfrentada pelo Estado que está “literalmente falido”, Zema apontou algumas metas para serem alcançadas no quadriênio. “Vamos atrair investimentos, pagar salários dos servidores sem atraso, passar o repasse às prefeituras, cuidar da educação, segurança e saúde”, enumerou, ressaltando algumas “mordomias, luxos e desperdícios” que pretende cortar para enxugar a máquina, pois, no seu ponto de vista, “isso é mau uso do dinheiro público”.
Diante da situação do Estado, Zema começou dando exemplo de austeridade, ao justificar sua ausência à posse de Jair Bolsonaro, porque não havia voo de carreira para chegar a tempo ao evento em Brasília. “O corte de despesas com o uso de aeronaves estatais será uma das prioridades de seu governo”, justificou.
Reportando à sua vida empresarial, dono de um conglomerado de lojas que vão de eletrodomésticos a revendas de veículos, que deu um salto vertiginoso após assumir o controle do grupo, Zema ponderou sobre um pacto entre poder público e sociedade. “Precisamos da união dos 22 milhões de mineiros, de todas as classes e cidadãos sem distinção”, sugeriu, destacando que sua eleição evidenciou a demanda da população por uma mudança de postura no meio político.
Zema comanda grupo empresarial de sucesso
Natural de Araxá (Alto Paranaíba), o governador eleito Romeu Zema, de 53 anos, é pai de dois filhos. Formado em Administração de Empresas, assumiu a direção do Grupo Zema em 1991. Sob o seu comando, o grupo, fundado em 1923, saltou de quatro para 430 lojas em seis estados brasileiros e hoje é responsável por 5 mil empregados diretos e cerca de 1,5 mil indiretos.
O Grupo Zema atua em diversos ramos: varejo de eletrodomésticos e móveis, distribuição de combustíveis, concessionárias de veículos, serviços financeiros e autopeças.
Quem é o vice-governador? - Paulo Brant nasceu em Diamantina (Central), é engenheiro, economista e ex-professor universitário. Entre outras funções de liderança, já ocupou o cargo de presidente da empresa de celulose Cenibra, foi secretário de Estado de Cultura, chefe de gabinete do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e superintendente executivo de Relações Institucionais na Federação das Indústrias do Estado (Fiemg).
(Fontes: Ass.Com. da Assembleia Legislativa de Minas Gerais; Vítor Fórneas, Portal Bhaz)