Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Segurança Pública é tema de debate na CMS

Edição nº 1383 - 11 Outubro 2013

A Segurança Pública no Município foi pauta de uma Audiência Pública realizada pela Câmara Municipal de Sacramento, no último dia 3, atendendo requerimento do vereador Pedro Theodoro Rodrigues. 

Presidida pelo vereador José Maria Sobrinho, a reunião, realizada no Paço Municipal, contou com a presença de autoridades ligadas à Segurança e a vários segmentos sociais, mas poucos vereadores. Além do presidente da casa, estiveram presentes apenas dois, o autor do requerimento e Cleber Cunha.

Situando os problemas, o promotor José do Egito de Castro Souza, classificou as drogas como o mais grave deles. Ainda: 

- o fato de o presídio local estar recebendo presos de Nova Ponte. De um total de 90, 39 são de Nova Ponte;

-  a grande sensação  de impunidade  decorrente da legislação vigente;

-  a falta de plantão da Polícia Civil na cidade, à noite, finais de semana e feriados;

- a lei não permite mais apreensão de menor por 45 dias; - o número insuficiente de efetivos da Polícia Militar;

- a falta de sede própria para a polícia civil. As obras da nova delegacia, deixada em fase de acabamento pelo último governo não foram ainda retomadas pelo prefeito atual.

- a falta de investigadores, destacando que os três que prestam serviços na cidade, são lotados em Conquista e a dificuldade para encaminhamento de menores para instituições, dentre outros. O promotor, por sua vez, elogiou o trabalho desempenhado pelas polícias Militar e Civil, o funcionamento do presídio e o trabalho do Conselho Municipal de Segurança Pública. 

O presidente do Sindicado dos Produtores Rurais, Hermógenes Vicente Ribeiro, em entrevista ao ET, destacou a importância de a sociedade estar fazendo a sua parte. “Preocupa-nos a questão da segurança tanto na cidade, quanto na zona rural. Para nós não importa se a questão da segurança é geral, isto é, um problema de todas as regiões e do país, importa é que temos que nos unir para resolver o problema em Sacramento, por isso o importante é que estejamos unidos, autoridades e sociedade,  para resolver os nossos problemas”, disse, criticando a ausência de seis vereadores na audiência pública, em um problema tão importante.

O secretário Ederson Santo Bizinoto, representando o prefeito Bruno Scalon Cordeiro, apresentou uma série de medidas que a Prefeitura está reivindicando junto ao governo do Estado, no sentido de melhorar a segurança pública:

- a vinda de mais um delegado da Polícia Civil para a cidade, um escrivão    e investigadores; veículos para as polícias  civil e militar, sendo uma para a zona rural; vinda de um defensor público; aumento dos guardas municipais; implantação de sistema monitoramento de câmeras na cidade (Programa Olho Vivo); apoio dos guardas municipais no Caps.

O presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública, subtenente Vicente Rodrigues da Silva, falou sobre os benefícios oriundos dos acertos no Ministério Público que são revertidos em melhorias de viaturas e do presídio local. 

Em entrevista ao ET, o presidente lembra que desde o começo dos tempos, o homem tem a necessidade de criar e manter um clima de segurança coletiva, de harmonia social e de tranquilidade pública, por isso criaram normas. “A lei, que antes aterrorizava,  que vigiava em função do medo e do pânico; que punia aqueles que viessem a transgredi-la, deveria conduzir o homem ao seu acatamento pelo puro respeito, por educação e por civilidade. Porém, a sociedade moderna tem demonstrado o contrário. O homem, a coletividade e as massas sociais têm desobedecido às leis por puro arraigamento à ignorância, ao preconceito, à deseducação, ao culto de hábitos antiéticos, violentos e criminosos e à presunção de impunidade. No nosso país, o famoso “jeitinho brasileiro” se acumplicou de maneira geral com o incentivo ao desrespeito às leis”. 

Participaram da reunião, realizada no Paço Municipal o comandante da PM local, tenente Idônis Galles; os investigadores, Diego André Souza e Lemos e Raphael Florentino Fonseca Rodrigues, representando a Polícia Civil; o diretor do presídio, Leandro Fachinelli e representantes de comunidades, Gerson Lopes (Soberbo), Wesley Nascimento (Perpétuo Socoro) e Maria Alice Dias (Cajuru), dentre outros, compondo um grupo de cerca de 30 pessoas para discutir assunto de tão grande relevância.