Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Acordo entre PMS e CMS vai aumentar repasse para os universitários

Edição n° 1293 - 20 Janeiro 2012

Um critério em vigor no governo do ex-prefeito Nobuhiro Karashima  privilegiava os estuantes mais carentes, tudo de acordo com uma declaração sócio-econômica dos universitários que pleiteavam bolsa de estudo (leia-se, ajuda no transporte) . Os mais necessitados ganhavam maise quem não precisava não ganhava nada. A partir do governo seguinte, todos ganhavam igual. Prefeito Wesley e presidente José Maria querem aumentar o repasse, mas melhorar a distribuição entre os estudantes. 

O prefeito Wesley De Santi de Melo e o vereador José Maria Sobrinho decidiram, em comum acordo, aumentar o valor do repasse  utilizado na ajuda de transporte aos universitários. Não há ainda um valor definido, que depende ainda de negociação, mas o aumento já está confirmado. A informação é da assessoria de comunicação do gabinete do prefeito Wesley De Santi de Melo, divulgada na última semana. 

Na reunião dos representantes das quatro associações existentes na cidade (Associação dos Estudantes Independentes de Araxá, Associação dos Estudantes de Sacramento, Associação Universitária de Sacramento e ODUS) com os secretários, Cleber Silveira (Gestão) e Caires Lincon Mateus Borges (Negócios Jurídicos), representando o prefeito; presidente da Câmara, José Maria Sobrinho e os vereadores Danilo Gonçalves Silva, José Carlos Basso De Santi Vieira, José Américo de Oliveira, Marcelino Marra Batista, foram anotadas algumas sugestões: a) formação de uma única associação; b) estudo sócio-econômico entre os universitários, privilegiando os mais necessitados; c) confirmação periódica da presença do universitário às aulas e d) valor do repasse.

Falando ao ET, o presidente da Câmara afirmou que a iniciativa da reunião foi dos universitários, que lhe pediram o plenário para a sua realização. “Estou explicando isso, porque deu-se a impressão de que correntes políticas quiseram politizar aquele ato, que seria uma manobra política contra a Prefeitura, mas é um raciocínio de uma insipiência medonha. Foi realizada a assembléia na Câmara, porque solicitaram o plenário através de requerimento a esta casa” esclareceu.

Sobre o aumento do valor do repasse, ao que cabe à Câmara, na devolução do duodécimo, José Maria afirmou que assumiu com os universitários o compromisso de tentar. “Sinto-me, pelo cargo político que ocupo, nessa obrigação de fazer algo mais pelos universitários.  E de fato, posteriormente, fui ter com o prefeito e lhe disse da pretensão que tenho de aumentar a ajuda aos universitários. Financeiramente, a Câmara tem condições de dar uma ajuda, mas temos que devolver o dinheiro para o município e este faria o repasse”, explicou.

Segundo ainda o presidente, a Câmara só pode fazer essa destinação se houver aquiescência  da Prefeitura. “Por isso, todos os limites da ética tratei primeiramente com o  prefeito e ele foi muito receptivo. Só após a conversa com o prefeito comuniquei aos universitários  que a Câmara vai ajudar a aumentar o repasse feito aos universitários. E esse aumento, devo frisar, será mérito tanto meu como do prefeito”, salientou, justificando que não poderia ainda explicitar valores. 

 

Presidente quer saber a quem se destinará o dinheiro

 

O presidente José Maria Sobrinho esclareceu que, antes de ordenar as despesas, quer saber das associações quem vai receber esse dinheiro e como será sua destinação. “Não é porque está aqui na presidência um ex-universitário, que conhece os problemas, que vamos abrir os cofres de qualquer jeito. Não é assim  que as coisas funcionam. Assim,  minha primeira atitude, depois que anunciei que vou dar uma ajuda, foi pedir um amplo levantamento. Quero saber exatamente quantos universitários, quem são, onde  estudam, quem viaja todos os dias, quem viaja mais, quem viaja menos, quem freqüenta as aulas; e temos que saber  também quem precisa mais e quem precisa menos, afinal de contas existe uma lei municipal que regula esse repasse”, destacou. 

Revelou o presidente até um caso absurdo: “Há caso de universitário que mora, por exemplo,  em Uberaba e que vem a Sacramento para pegar o ônibus uma vez por semana pra justificar a ajuda que recebe da prefeitura. É justo isso, quando tem gente que deixa de tomar um lanche na faculdade para economizar para pagar os estudos? É preciso moralizar. Eu antevejo que isso vai dar confusão na hora de acertar, mas se eu não tiver isso clareado, se não  estiver convencido  da transparência e da justeza da situação não faço o repasse”, esclareceu.