Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

“O Baguá não tem rejeição, o governo é que teve”

Edição n° 1331 - 12 Outubro 2012

José Maria Barra Filho, Barrinha, coordenador da campanha, avaliando o processo eleitoral, assumiu a responsabilidade pela derrota eleitoral de Baguá. “Seria muito fácil apontar culpados para essa derrota, prefiro apontar o responsável e o responsável pela campanha como coordenador geral, a responsabilidade foi minha. Não quero ser mártir nem dizer que os erros todos foram meus, mas com certeza, a maior responsabilidade foi minha, talvez por erro de forçar algumas coisas, aceitar outras”, afirmou. 

Disse mais o coordenador que, pelo número de votos indecisos apresentados nas duas últimas pesquisas contratadas pelo ET, nada estava decidido. Tínhamos 7% de frente, com 12% de indecisos e uma margem de erro de 4,9% para mais ou para menos. 

Sabíamos que nada estava decidido ainda, conforme vocês bem registraram no último jornal, um empate técnico entre os candidatos. A decisão só viria no domingo com pouca diferença, 850 votos. Na verdade, perdemos a maioria dos votos indecisos”, comentou. 

Referindo-se à campanha, disse que a Coligação de Baguá e Barão fez uma campanha digna. “Saímos da campanha com a cabeça erguida. Foi um trabalho bonito, com muita mobilização, porém não conseguimos dismistificar aquilo que foi criado como rejeição do Baguá, que não era dele, mas de seu governo. E o adversário sabia disso. A rejeição ao governo de Baguá era grande e, o que se faz em três anos e meio, não se desfaz em dois meses de campanha.  Agora, é hora de terminar o mandato e bem com a lisura que Baguá sempre teve”, destacou, ressaltando que agora, invertem-se os papeis, com Baguá e seu grupo na oposição. 

“- Bruno e Geraldo vão assumir e nós vamos fazer o papel de oposição, mas uma oposição construtiva, uma oposição que vai querer resultados, de forma honesta, cobrando o que eles propuseram, que gerou pra eles a vitória. E vamos continuar militando. Lembrando que o slogan da campanha de Bruno, “Por amor a Sacramento” não exclui o sentimento de amor que também nós temos pela cidade, muito pelo contrário, Baguá é de Sacramento, sempre morou aqui, constituiu família aqui, vive de Sacramento e tem uma paixão muito grande pela cidade”, afirmou Barrinha.

 

Barrinha analisa pesquisas eleitorais 

 

Falando das pesquisas, Barrinha explica que “as pesquisas todas, pelo tamanho da amostragem, tanto as que foram feitas por outros institutos, quanto as feitas pela Encuesta, encomendadas pelo ET,  as margens de erro são muito grandes, 5%, e, ainda um alto índice de indecisos, 12%. Se a gente pega por exemplo,  a última pesquisa de 7%, mais 5 e menos 5 daria 2%, o que daria cerca de 400 votos de diferença, que é próximo do que aconteceu, descartando inclusive os 12% de indecisos. 

Todos sabíamos que a eleição seria muito apertada. Temos análises que nos mostram que alguma coisa aconteceu lá atrás, que as pesquisas não enxergaram.   O voto silencioso, aqueles 12% de indecisos que pensávamos que eram 12%,  dividido ao meio, foram diferentes. Eles não foram divididos ao meio. Muitos daqueles votos não  eram nossos e, certamente, muitos dos votos que  eram manifestados como nossos também não eram.  Uma eleição de 850 votos é uma eleição de 425 eleitores. Nós não perdemos 850 eleitores, perdemos  425, que, numa eleição de dois candidatos,  dão uma diferença de 850 votos.  425 eleitores é um detalhe, que eles fizeram melhor do que nós para conquistar”, analisou.

Sobre a derrota na zona rural, Barrinha reconhece que houve uma desconstrução muito grande do trabalho de Baguá na zona rural, com promessas até de doação de cabeças de gado.  “Foi uma surpresa a zona rural, porque as pesquisas apontavam um outro resultado, mesmo porque, a  zona rural foi muito bem atendida pelo prefeito Baguá. Nenhum prefeito fez pela zona rural o que Baguá fez. A afinidade que ele tem com a zona rural é muito grande porque o Baguá vive isso.   No entanto, ela não  apresentou a pujança que as pesquisas mostravam’’, finalizou.