Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Cidade ganha mais cinco partidos

Edição n° 1279 - 14 Outubro 2011

Sacramento ganha mais sete  novos partidos: Partido Humanista da Solidariedade – (PHS – 31), fundado em 01/6/2011, presidido por Evandro Luiz de Oliveira; Partido Trabalhista do Brasil – (PTdoB – 70), presidido por Weber Lúcio de Melo;  Partido Republicano Brasileiro – (PRB – 10),  que tem  Walter Rios Júnior na presidência; Partido Trabalhista Cristão – (PTC – 36),  presidido por Vicente de Paula Gomides;  Partido Renovador Trabalhista Brasileiro  (PRTB- 28), presidido por Matuzalém Ferreira  Júnior; Partido Social Democrata Cristão (PSDC – 27),  com o presidente Luiz Alberto da Silva; e o Partido Social Democrático ( PSD – 55), com Marcelino Marra Batista na presidência. 

Com a chegada dos sete novatos, a cidade passa a contar com 20 partidos. Até então constavam na cidade pela ordem de fundação nacional dos partidos PMDB (1981- presidente Maurílio Juvencio Bizinoto), PTB (1981 – presidente Atílio César Cervato), PDT (1981 – presidente Mário Guarato), PT (1982 – presidente Oscar Justino Alves), DEM (1986 – José Carlos Rodrigues Borges), PSB (1988 – presidente Danylo Gonçalves Silva), PSDB (1989 – Carlos Eduardo de Araujo), PMN (1990 - Osmar Garcia de Rezende), PPS (1992 – Jair Baltazar Pinto), PSL (1998 - Darcy Valdo dos Santos) PV (1993 – Ayrton Silva), PP (1995 - Joana Da Graça Gonçalves e Faria),  PR (2006 - Ivone Regina Silva),   

Mais de dois mil eleitores estavam filiados nos  13 partidos já existentes na cidade, porém o que se sabe é que houve muitas desfiliações e mudanças de partidos. A lista atualizada de filiados deve ser remetida à Justiça Eleitoral até o dia 14 de outubro, através do Filiaweb, sistema disponível no portal do Tribunal. Só após essa data será possível contabilizar os filiados. 

O TSE tem poder normativo, podendo baixar resoluções e expedir novas instruções relativas ás eleições até o dia 5 março de 2012, conforme o art. 105 de caput da lei 9504. 

 

29 partidos legalizados no Brasil

 

O Brasil possui atualmente 29 partidos políticos que somam quase 14 milhões de filiados (13.962.531). Desses, 20 partidos estão diretórios formados em Sacramento. Não existem na cidade os partidos: Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Social Cristão (PSC), Partido Republicano Progressista (PRP), Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), Partido Comunista Brasileiro (PCB), Partido da Causa Operária (PCO), Partido Trabalhista Nacional (PTN), Partido Socialismo E Liberdade (PSOL), e Partido Pátria Livre (PPL). 

Conforme dados publicados pela Agência Brasil, até o início do mês de outubro,  o   PMDB é o maior partido brasileiro em número de filiados, 2,3 milhões de filiações. O PT está em segundo lugar, com 1,4 milhão; na terceira posição aparece o PP, com 1,36 milhão; seguido pelo PSDB, 1,32 milhão; PTB (1,15 milhão); PDT, 1,13 milhão; e DEM,  1,09 milhão. Entre as mulheres filiadas, o PMDB é também a legenda com o maior número de filiadas, são 1.025.337. Em seguida, aparece o PT, com 607.469, e o PSDB, com 583.450. Já entre os jovens na faixa etária em que o voto é facultativo (16 a 18 anos), o PP lidera em número de filiados, com 662 integrantes. Em seguida vem o PT (632) e o PMDB (545).

O prazo para obter registro para participar das eleiçoes em 2012, encerrou no dia 7, mas outros partidos podem ser criados. Além dos 29, legalizados, outros dois partidos estão  com processos de registro nacional em tramitação no TSE: Partido dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores da Iniciativa Privada do Brasil (PSPB) e, o Partido Ecológico Nacional (PEN). Outros partidos já possuem registro em TREs mas ainda nao  deram entrada no TSE para o registro nacional: Partido Cristão (PC), Partido da Transformação Social (PTS), Partido Federalista (PF), Partido Humanista do Brasil (PHB) e Partido Social (PS).

 

Vários políticos trocaram de partido na reta final

 

Aproveitando os últimos dias para filiações, muita gente mudou de partido.  Dentre elas está o ex-prefeito Joaquim Rosa Pinheiro, que começou na política no PFL (atual DEM) mudou de partido, foi para o PR, da presidente Ivone Regina.  O ex-vereador Marcos dos Santos Pires, deixou o PP e migrou para o PT do B. 

O novato PSD, chega  com nomes como José Maria Sobrinho, que deixa o PR e Alex Bovi, que deixa o PMDB. O partido recebe ainda Bruno Scalon Cordeiro, Hilma Terezinha Nascimento Fonseca, ambos do DEM, que perdeu suas maiores estrelas.  

O PSDC arrastou nomes como os veteranos Paulo de Tarso Natal Fonseca e Carlos Antonio Pacheco. 

Mas há ainda outros nomes que mudaram de partidos, mas não foram revelados. Aguardem as surpresas.

 

Fim da temporada de caça aos candidatos

 

Em aproximadamente um ano, os eleitores voltarão às urnas para decidirem quem serão os novos vereadores e prefeito. A norma eleitoral impõe a obrigatoriedade dos candidatos estarem filiados aos partidos desde o ano anterior ao pleito. O prazo de filiação para poder concorrer em 2012, encerrou no último dia 7 de outubro, portanto, está terminada a temporada de caça a possíveis candidatos ao legislativo municipal e o xadrez político para as próximas eleições vai se desenhando.

Aqueles que se relacionam bem com os vizinhos são reconhecidos por algum feito na comunidade ou tem pretensões políticas, ou seja, são bons puxadores de voto, foram os principais alvos dos dirigentes partidários na tentativa de convencê-los de que chegou a hora de se candidatar. Humildade, comprometimento, ética e carisma, são alguns adjetivos procurados pelos partidos em eventuais candidatos.

Os convites às filiações foram feitos sem qualquer constrangimento. Os partidos não apresentaram qualquer bandeira ideológica, projeto de governo e desenvolvimento para a cidade e, com algumas raras exceções, não estão muito preocupados com ética ou moral dos novos filiados. É puramente um jogo de números com os quais se quer ganhar agora e futuramente, muito embora isto não seja uma regra.

Outro fenômeno comum na política é o famoso troca-troca de legendas. Nos últimos dias foi grande o corre-corre de políticos para definir mudança de siglas antes do prazo determinado pela Justiça Eleitoral. A dança das cadeiras é uma prática normal entre políticos profissionais que comumente visam apenas às conveniências pessoais. Para a sociedade em geral, esses conchavos podem representar um divisor de águas entre os que querem fazer política de forma séria e honrar os compromissos programados e aqueles que desejam apenas garantir suas benesses. 

De modo geral, os partidos não se organizam ao longo de um mandato para agregar novos filiados, o que acontece agora é uma prática sistemática e quantitativa, que, muitas vezes, objetiva apenas atrair novas pessoas com o intuito de que sejam candidatos e serem "escada" para alguma figura do partido ser eleita com tranqüilidade.

Pela Lei Eleitoral, cada partido poderá lançar o equivalente a 150% do número de cadeiras a preencher na Câmara Municipal. Na hipótese de formação de coligação, não importando o número de partidos coligados, poderá lançar o equivalente ao dobro do número de cadeiras a preencher, ou seja, 200%. Desses totais, a lei determina que sejam reservados percentuais mínimos de 30% e máximo, 70%, para cada sexo. No vai-e-vem dos cálculos, os dirigentes, preferencialmente, correm atrás daqueles que já disputaram eleições e obtiveram índices consideráveis.

Como as campanhas são personalistas e a maioria das pessoas vota em candidatos, cria-se a ilusão de que o voto não é dado para o partido, e sim para a pessoa. Isso, porém, não passa de ilusão, pois votar em um candidato a vereador específico significa votar no seu partido, manifestando uma preferência pelo candidato escolhido. Já o voto na legenda significa que o eleitor vota em um partido, mas não tem preferência por nenhum dos candidatos.

Por isso, antes de escolher um candidato, é preciso observar com cuidado qual é a visão política predominante no partido, verificar se ele faz parte de alguma coligação e buscar saber quais são os candidatos mais fortes dentro do bloco partidário, pois são provavelmente esses os candidatos que serão eleitos com o seu voto. Assim, por mais que seja gratificante votar nos candidatos que despertaram nossa simpatia, não podemos perder de vista que, dentro do sistema proporcional, o nosso voto sempre vai para o partido, contribuindo para a eleição de candidatos que não escolhemos e que muitas vezes representam ideais políticos incompatíveis com os nossos.

Exerça plenamente seus direitos de cidadão, participe, analise, questione e vote democraticamente em quem você confia e que poderá melhor te representar no poder público.

(Publicado em 09 /10/11, por  Mário Bonatto,  no JMNews)