Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Câmara reclama, mas empresa nem liga...

Edição nº 1176 - 23 Outubro 2009

Segundo  o presidente da Câmara, Prof. Carlos Alberto Cerchi, em janeiro, a casa enviou ofício à empresa responsável pela obra, Construtora Jerônimo Pereira Ltda. – Consjepe, de Uberaba mas não obteve resposta.

Diante da situação contatou-se com o CREA - Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, que orientou a casa a denunciar a Consjepe ao Ministério Público, o que foi feito.

‘‘Engenheiros do CREA realizaram diversas vistorias no prédio em junho, houve então uma audiência de conciliação entre a Câmara de Sacramento e o representante da empresa Consjepe, Ernani Jerônimo, que se prontificou a realizar vistorias no prédio, feita em julho, pelo próprio Ernani e engenheiro responsável pela construção da laje. O laudo foi enviado ao CREA, porém, a vistoria do forro e do telhado do plenário não foi realizada’’, informou Berto Cerchi.  

Como o problema do teto está influindo no funcionamento da Câmara, o presidente informou que fará a reforma necessária.  “Estamos aguardando decisões da Justiça, mas não dá mais para esperar, vou fazer aqui o que precisa, consciente,  assumindo a inteira responsabilidade. Faremos as reuniões no plenário antigo e vamos esperar mais uma chuva para detectar os problemas todos  e iniciar o que tem que ser feito” – disse.

“ - É importante observar  que a parte do prédio que tem cerca de 200 anos, permanece intacta, não tem nem infiltração, ao contrário da parte nova”, comparou o Prof. Carlos Alberto, falando sobre as providências tomadas. “Solicitamos da secretária a relação das providências tomadas até hoje, inclusive junto ao CREA, pra darmos uma satisfação à população. Não podemos simplesmente reformar uma coisa mal feita. Se tivéssemos reformado, não estaria acontecendo o que aconteceu agora, mas estaríamos reforçando a falta de compromisso com o dinheiro público. Dinheiro público deve ter um respeito maior” – afirmou.

Carlos Alberto criticou também as bocas malediscentes da cidade. “Aqui em Sacramento as más notícias repercutem com muita facilidade. Há uma década fala-se que o teto do Sacramento Clube iria cair. Ele está fechado há dez anos por conta de alguém que disse que o teto iria cair e sabemos que ali são lajes feitas por pessoas idôneas. Em função dessas questões perdemos um patrimônio, um espaço social  importantíssimo. O mesmo aconteceria com a Câmara, mas ela não vai cair nunca. Ali caiu um placa de gesso, em função de goteiras e que será solucionado. Vamos esperar mais um pouco para fazer uma intervenção que o prédio merece, como prédio histórico que é. Mas não vamos fazer coisa correndo, porque caiu uma placa. Vamos fazer quanto tiver o diagnóstico completo”, afirmou.

De acordo com o presidente, o que ocorre no prédio são telhas quebradas e calhas que não comportam a quantidade de água que desce no telhado. “Infelizmente, a questão política tem uma repercussão maior, porque existem outros interesses que não são somente aqueles com relação à questão da infiltração. Existem pessoas que acham bom, que uma obra do adversário não esteja dando certo. Eu não penso dessa forma. Quem fez o plenário fez uma boa coisa. Vamos resolver a situação e não vamos maldizer, dizer que não fez a coisa certa. Vamos dar jeito e valorizar o espaço  do plenário, que é um espaço importante para a comunidade”. 

 

Opinião do engenheiro Sérgio Araújo

O engenheiro da prefeitura, Sérgio Alves Araújo, em entrevista a este jornal, ratificou as informações prestadas a este jornal, na edição de 04 de janeiro de 2009: “Além da má qualidade da telha, estamos avaliando o grau de declividade do telhado. “Estamos fazendo uma avaliação da ocorrência, através de um projeto de engenharia e, aparentemente, além da má qualidade da telha que já detectamos, há um sério problema de declividade do telhado. Sem afirmar em definitivo, eu diria, diante de uma avaliação preliminar, que a declividade está fora do padrão”, disse a este jornal. 

 

A solução apresentada pelo engenheiro vai ser paliativa. “Vamos, provavelmente, retirar as telhas daquela parte, arrancar as ripas e colocar uma manta própria debaixo do ripamento e, novamente ripar e cobrir, preferencialmente, com uma telha de qualidade comprovada”, informou, lembrando que o serviço, entretanto deve ser feito em um período sem chuvas. 

 

‘‘JOGAR TUDO NO CHÃO’’ Edição de 4.1.09

De acordo com o engenheiro Sérgio Alves Araújo, há seis meses, a pedido do atual presidente, Aristocles Borges da Matta, foi feita uma inrtervenção no telhado, quando foram trocadas 200 telhas. “As telhas são de qualidade inferior, telhas francesas de má qualidade que deixam passar a umidade da chuva, comprometendo o prédio e o forro. Telha de primeira linha de qualidade não apresenta infiltração, não quebra sozinha”, disse a este jornal. 

 

Para o engenheiro todo o forro está comprometido. “Tem que jogar tudo no chão e trocar todas as telhas antes de se construir outro forro”, afirmou, justificando que não pode falar sobre a estrutura de madeira do telhado, porque não conhece.