Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Câmara aprova veto do prefeito rejeitando emenda de Marcelino

Edição nº 1169 - 04 Setembro 2009

A Câmara aprovou, por cinco votos a quatro, o veto do prefeito Wesley De Santi de Melo,que rejeitou a emenda proposta pelo vereador Marcelino Marra, que concedia anuênio ao funcionário público municipal que apresentasse bom desempenho em sua avaliação anual. Os vereadores atenderam ao parecer da assessoria jurídica da Câmara e do vereador José Carlos Basso De Santi Vieira, mostrando que a emenda era inconstitucional.

Motivo de grande discussão entre os vereadores, durante a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, prevalesceu o veto do prefeito. Marra pediu aos companheiros edis que votassem contra o veto do Executivo, pois a emenda seria um artifício de valorização do funcionário público, mas foi derrotado.

O vereador José Carlos Basso De Santi justificou em plenário que a emenda só poderia ser aprovada na LDO, se houvesse a existência de uma norma anterior, ou seja, uma Lei oriunda do Executivo concedendo o anuênio para os servidores municipais, o que ainda não existe.  Fofão afirmou que o funcionalismo público precisa e merece anuênio, aumento de salário e vários outros benefícios, porém não de modo que fira a Constituição. 

 

Sinhorelli quer aumento para funcionários

A votação da emenda alterou os ânimos dos vereadores e mais uma vez voltou à tona a discussão sobre o aumento de salário dos servidores do executivo municipal. O vereador Luiz Sinhorelli afirmou que em 13 anos como vereador, os funcionários públicos nunca tiveram aumento real algum. O único benefício foi o vale-alimentação concedido pelo governo Biro, reajustado no ano de 2008, no Governo Joaquim. 

José Maria, líder do governo anterior, rebateu, afirmando que houve sim aumento real de salário na administração do ex-prefeito Joaquim. O vereador Marcelino Marra, ex-secretário de Joaquim, confirmou, afirmando que houve aumento real de 35% aos funcionários públicos. 

Não conformado, Sinhorelli desafiou o companheiro edil a encontrar um único servidor público que ganhe mais do que um salário mínimo e o vale-alimentação no valor de R$200,00. O vereador ainda complementou sua indignação afirmando que o aumento real do governo anterior só aconteceu para os cargos comissionados. 

Mediando a discussão, o presidente da casa, prof. Carlos Alberto Cerchi acabou com a troca de farpas entre os dois vereadores pedindo para que se voltasse a discutir a emenda da LDO. Porém não deixou de lado seu espírito de sindicalista, afirmando que “ticket e abono são uma enganação para o trabalhador, pois esses valores não incidem em acréscimo na hora de sua aposentadoria”. 

 

Mais enfático, Cerchi afirmou que “não existe prefeito, deputado ou vereador que esteja do lado do trabalhador”. Para ele este é um tipo de afirmação demagógica usada pelos políticos. “Quem está do lado do trabalhador é quem vai para rua, faz greve e luta pelos seus direitos”, disse. Ainda segundo Cerchi, “a classe trabalhadora precisa se organizar para conquistar salários dignos e dizer um rotundo NÃO para a política sórdida que impera o Brasil, política de elite que não respeita o trabalhador”.