Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Fofão requer documentos de bolsistas da Unipac

Edição nº 1121 - 3 Outubro 2008

O vereador José Carlos Basso De Santi Vieira, o Fofão, requereu, na reunião da segunda-feira, 29, que a mesa diretora solicite do Executivo os documentos referentes às bolsas concedidas aos estudantes universitários, desde 2005. Fofão quer a relação dos beneficiários, cópias do estudo sócio-econômico dos alunos beneficiados, dos cheques e dos empenhos, da fiscalização da prestação dos recursos, do procedimento que a administração municipal estabeleceu, para afirmar que o presidente da Câmara, Aristocles Borges da Matta, o Papinha cometia o ilícito. 

O vereador justificou o requerimento, afirmando que o prefeito Joaquim também contribuiu para o ilícito. Funciona assim: O repasse devolvido, no valor das bolsas, sai através de cheque assinado pelo presidente da Câmara em favor da Prefeitura. O prefeito, por sua vez, assina outro cheque, juntamente com o secretário de Finanças, naquele valor, em nome da Unipac, cuja distribuição aos alunos bolsistas é feita pela diretora da faculdade.  “Se houve ilícito na concessão de bolsas, o pai pode até ser a Vossa Exª (referindo-se ao presidente da Câmara, vereador Papinha – grifo nosso) mas o parteiro foi lá no Executivo. Isso tem que ser apurado. Por isso, requeiro que o Executivo envie a essa Casa, no prazo de 15 dias, esses documentos. A lei de concessão de bolsas foi aprovada pela Câmara Municipal estabelecendo critérios claros de fiscalização por parte do Executivo, que é quem concede. Essa Câmara deve ser uma Casa que cultive a moral, a ética, a transparência e o respeito pelo dinheiro público” - solicitou. Fofão. 

 

Polêmica pessoal

  Para o vereador, José Carlos Fofão, a polêmica Papinha X Prefeito está caminhando para o lado pessoal. “Longe de mim querer repreendê-lo e ditar norma de conduta, mas ao que nos parece tornou-se uma briga pessoal entre o presidente do poder Legislativo e o chefe do Executivo Municipal. E essa situação não faz bem aos poderes municipais. A harmonia entre os poderes deve existir, inobstante à diversidade política que existe, a diversidade de partidos, porque contamina de forma profunda todos os relacionamentos que existem e as parcerias existentes entre as duas administrações. De forma contundente reprovo esse embate pessoal com o Executivo Municipal, concordo com grande parte do que V.Exª disse: a falta de transparência na administração municipal, o esquecimento do povo, mas não concordo em momento algum que a presidência dessa Casa traga um embate pessoal para essa Casa de Leis”, disse José Carlos, endossado pelo vereador Bruno Scalon Cordeiro.