Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Na serra, desaparece Eucalipto da Estação

Edição nº 1403 - 28 Fevereiro 2014

A polêmica do eucalipto do Dr. Felipe, localizado às margens da av. Felipe Ribeiro Venites chegou ao fim. Finalmente, para os seus detratores, a grande e frondosa árvore que há mais de 70 anos dava a imponência ao local, foi derrubada.  O corte iniciou na manhã da quinta-feira, 20, com os primeiros galhos tombando no asfalto. 

Diante da repercussão e telefonemas de leitores, o ET esteve no local em busca de informações junto à Polícia Ambiental e o Codema. De acordo com a PM, não cabe ao órgão expedir a autorização de corte, por se tratar de uma árvore no perímetro urbano. “A autorização, pelo que sabemos, foi dada pelo Codema, a nós cabe fiscalizar se estão documentados”, informou o sargento Alves Pereira.

Simone Alves Fraga, funcionária da  Secretaria de Meio Ambiente, explica que a árvore já estava condenada desde o ano passado, por conta de queimadas provocadas no local. “É uma árvore já muito velha, não centenária como dizem,  mas deve ter entre 70 a 80 anos e com a queima  ao seu redor,  ela começou a se deteriorar e ficou oca. O corte daquele eucalipto já estava autorizado desde o ano passado, mediante laudo do engenheiro ambiental, Thiago Borges Estevão”, justificou a secretária, afirmando que a autorização para o corte foi dada pela proprietária da área, Yollah Venites, residente em Belo Horizonte.

De acordo com Simone, a proprietária já havia manifestado o desejo de cortá-la pelo risco que oferecia e só não o fez por não residir na cidade. “De posse da autorização, procuramos interessados em comprá-la e efetuar o corte. O  contrato de compra e venda para aproveitamento da madeira foi feito com a proprietária, ficando o comprador responsável pelo corte”,  explicou, não sabendo informar quem foi o comprador. 

A Polícia Ambiental informou ao ET que esteve no local se certificando da documentação necessária. A autorização expedida no dia 30 de janeiro, com prazo de 30 dias. O funcionário da Prefeitura, Melchior Reis do Prado (Reizinho), identificou-se como o comprador do eucalipto, apresentando à polícia o contrato de compra da árvore. De acordo com Reizinho, parte do eucalipto será aproveitado para mourões de cercas e o restante irá para a serraria responsável pelo corte.