Quando Prata é mais que Ouro
Uberaba sempre esteve muito perto de Sacramento. Sua medicina, escolas superiores e comércio. Enfim, sua energia de cidade irmã, oriunda do nosso Desemboque, gerador de riqueza e tudo o que somos. Uberaba sempre esteve muito perto pela sua gente e pela força moral do seu povo. De lá a Coordenação da Igreja Universal que nos orienta pela arquidiocese da qual faz parte os missionários da nossa Paróquia.
Pe. Thomas de Aquino Prata nasceu em Uberaba em 22/12/1922, foi ordenado em 08/12/1946 e veio a falecer em 04/04/2019: Lacônica trajetória de um servo de Deus de extenso valor moral de grande significado humano. Pe. Prata fez sua história de vida com devotamento e discrição, além do seu ministério, sempre modesto e discreto, porém de ilibado sentido humanista, que o coloca num patamar superior, acima de nossa condição pequena e vulgar, elevando-nos a sua condição de intelectual, escritor e literato.
Pe. Prata interessava-se pelo ser humano e pelos assuntos relevantes. Sentimento elevado de amor ao próximo. Com seu sorriso permanente, credencial de um espírito caridoso, cativou, amigos arrefecendo contendas ideológicas ou religiosas. Sem abrir mão da sua inequívoca vocação socialista com base nas primeiras comunidades cristãs.
As palavras, instrumento e expressão dos nossos sentimentos, são incapazes de retratar a camaradagem e o amor fraterno que serão privados com a sua ausência. Pe. Thomás de Aquino Prata, agora entendemos a sua despedida dizendo que não retornaria às reuniões da Academia de Letras do Triângulo Mineiro, onde usufruímos da sua amizade e carinho.
Agradecemos ao Criador os seus 96 anos de vitalidade física, intelectual e espiritual.
Reconhecemos o imenso dom da vida que transbordou da sua personalidade despojada.
Na exiguidade do tempo, dizemos, até logo, ressaltando o sentindo benígno, do Senhor, que colocou a misericórdia com primazia sobre a justiça na parábola do filho que retorna ao Pai como dádiva da Ressurreição. Pe. Prata fez por merecê-la.