Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Fotos de Gabryella Ferrari estão na Vogue

Edição nº 1677 - 31 de Maio de 2019

A neo jornalista, Gabryella Karla Ferrari de Oliveira 23, bauruense de nascimento, se confessa sacramentana. “Eu só nasci em Bauru, pois aos dois anos já estava em Sacramento”, diz esse gentil, inteligente e expert fotógrafa já com um livro lançado. Chega à cidade com a mãe, Juliana Ferrari Escossia, em 1996, recebendo desde o princípio o carinho e a atenção dos tios, Maria Helena  e Ferreirinha. 

Do pré-escolar ao ensino médio, absorveu o bom estudo das escolas sacramentanas até que, em 2014, mudou-se para Ribeirão Preto para fazer o cursinho pré-vestibular e já no segundo semestre, ingressou na Universidade Tecnologógica Federal do Paraná, em Pato Branco, para cursar Letras (Português/Inglês), mas deixou o curso no final do ano para prestar novo vestibular. Aprovada, em 2015 ingressou na Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Bauru,  no curso de  Comunicação Social (Jornalismo), que concluiu em dezembro de 2018, e colando grau em março deste ano. 

 Aluna muito dedicada e atenta, Gabryella brilhou. “Quando a gente entra numa universidade, a gente entra com uma ideia 'idealizada' do curso, da instituição, e foi assim comigo no Jornalismo.  Mas ao longo do curso, fui desconstruindo aquele projeto, e isso foi sofrido, porque são muitas ideias contrastantes... E sempre estamos descobrindo, é um reaprendizado. E nas do jornalismo que eu gostava encontrei a fotografia. Eu me considero mais jornalista que fotógrafa, aliás, sou meio termo de tudo. Sou uma pessoa que gosta de tirar fotos, mas gosta também de escrever, mas não hard news, notícias quentes, fatos, em redações de jornais e revistas”, explica.

 

Entre a Poeira

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Gaby tem como título, 'Entre a poeira', um trabalho que desenvolveu durante um ano, na zona rural de Sacramento. “O projeto foi desenvolvido durante o último ano de graduação e é fruto de muita pesquisa, estudo, muita conversa com as pessoas nas fazendas onde fui. Foi um trabalho em conjunto, pois as pessoas se doaram para que eu realizasse esse trabalho, porque eu queria mostrar Minas Gerais, o lugar onde cresci”, explica.

Gabryella define o livro como a história de uma mineira que foi estudar em São Paulo. “E como o meio rural é visto de uma maneira muito equivocada, até por nós mesmos que moramos aqui, imagine em São Paulo. E assim consegui mostrar o meio rural de uma outra forma, porque eu tenho muito orgulho da região onde nasci. E eu tinha necessidade de fazer uma nova abordagem do meio rural, com muito respeito, retribuindo o muito de carinho que fui recebendo das pessoas que me recepcionaram em suas casas”.

O livro, na verdade, segundo a jornalista, ainda é um protótipo. “Não consegui tocar pra frente o projeto com uma edição substancial. Fiz o suficiente apenas para defender a tese, com alguns volumes. Cheguei a pesquisar diversas editoras, mas tudo é muito caro. Isso me botou no chão e foi uma decepção, porque não era isso que eu queria. O livro foi idealizado por mim, fiz as fotos, acompanhei as famílias, mas como era um trabalho coletivo, com dois orientadores, sempre há algo que é podado. Se eu conseguir publicar, mudarei algumas coisas, colocaria outras fotos que foram retiradas, foram realmente muitos cortes. Mas é um livro, meu primeiro trabalho literário”, diz com orgulho. 

Diploma na mão, agora Gabryella tem que sair em busca de trabalho. “Estou vendo algumas possibilidades, inclusive, estudar mais, entrar na arte da fotografia, concursos, quero conhecer muitos lugares ainda e ver até onde a Comunicação Social vai me levar”. 

Finalizando, revela que algumas de suas fotos do livro foram selecionadas e estão no site da Vogue Itália. “São quatro fotos, três são do livro. Duas fotos são da dona Polda, que morreu aos 102 anos, inclusive, objeto de trabalho de vocês. O ET fez uma entrevista com ela”.  

É isso! Gabryella é uma Ferrari.