O agrimensor aposentado, Adolpho Dias Barbosa, Papa, morreu no dia 22 de maio, em sua residência, aos 86 anos. Após ser velado por familiares e amigos, foi sepultado no cemitério São Francisco de Assis. Viúvo de Gianette Giani Wilson Barbosa, Adolpho deixa os filhos, Olavo, Arthur (Mary Rose), Sinara (Elias) e Vanessa (José Ronan) sete netos e uma bisneta.
O agrimensor Adolpho Barbosa, mais conhecido por Papa, foi uma daquelas grandes pessoas da cidade, exemplo de filho, irmão, marido, pai, avô e amigo. Foi também um dos grandes agrimensores (profissional que mede e divide propriedades rurais e urbanas) da cidade, um dos primeiros, que aprendeu a profissão com o pai, Arthur Belém Barbosa, conforme relata o filho Arthur Wilson Barbosa.
“Ele me dizia que foi um pouco difícil aprender, pois o vovô, a principio, achou que ele não seria um bom profissional e não fez muita questão em ensiná-lo. E ele teve que provar ao vovô que poderia, sim, seguir a mesma profissão. Talvez essa forma de agir do vovô, já fizesse parte do treinamento e o meu pai é que não sabia disso. Naquela época havia carência de profissional nesta área e o CREA autorizava os poucos profissionais existentes a fazerem trabalhos hoje de responsabilidade de arquitetos e engenheiros. Então, meu pai chegou a ser, tanto arquiteto como engenheiro, além de um bom agrimensor”, recorda o filho, hoje grande profissional na área.
Arthur lembra também da secretária de seu pai, a psicóloga Nildes (esposa do Dr. José Rosa Camilo), que conhece alguns de seus trabalhos. “Ela sabe de algumas casas em Sacramento, cujos projetos arquitetônicos foram feitos por papai. E sei também de ele ter ajudado o vovô a locar a adutora que levava a água da Loca até a cidade de Sacramento, que, para a época, foi um grande projeto de engenharia”, lembra.
Ainda de acordo com Arthur, Adolpho contava que antes do agrimensor, quem exercia tais funções era um profissional de muita confiança e bastante respeitado, que era chamado de 'Louvado'. “Era esse profissional que tinha o dom de estimar as áreas dos imóveis, ou seja, não se fazia negócios sem a presença do Louvado, a partir dai nasceu a profissão do Agrimensor”, relata e recorda uma história do do avô Arthur Belém.
“- Historia engraçada que vovô me contou narra que, nas divisões de terras, em cima da mesa, além dos mapas, réguas e instrumentos, sempre havia uma arma de fogo dos fazendeiros (coronéis). Para caso necessitassem de desempate, esse seria no tiro”, conta, e finaliza: “A história dele continuará comigo e também com o Lucas, meu filho, que também está seguindo minha profissão, ou seja, estamos na quarta geração de agrimensores e sempre brinco com os clientes que tenho 100 anos de medições de terras acumulados no meu sangue".
Agradecimento
Através dos versos do poeta sacramentano, Homilton Wilson, sogro de Papa,
“Molha-me os olhos o pranto da saudade de meu pai
Que mora neste
Recanto donde
A saudade não sai.”,
a família de ADOLPHO DIAS BARBOSA agradece as manifestações de carinho pelo seu passamento.