Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Mário Santana, uma vida de serviços e doação ao próximo

Edição n° 1326 - 07 Setembro 2012

Rodeado pela esposa, filhos, netos e uma bisneta, Mário Florentino Santana, soprou as 80 velinhas de seu bolo de aniversário, no último dia 27, e   ouviu um sonoro 'Parabéns pra Você', recordando toda a beleza que foi sua vida. Muito trabalho, muita doação, mas também, muitas alegrias... Na verdade, uma vida de exemplos, de retidão, de humildade, de religiosidade e, principalmente de serviços ao próximo há quase 50 anos. Por isso, os abraços chegaram em profusão, de Delfa Tassini, a companheira de 53 anos de uma feliz união, dos filhos, Hélvio (Vânia), Rosemeire (Luiz Gonzaga), Roseli (Rodolfo) e Helber (Angélica), familiares e amigos. Vicentino e cereano, Mário é um daqueles homens que a sociedade pode e deve ter como exemplo pelos relevantes trabalhos realizados na comunidade. E com uma alegria ímpar, ao lado da companheira, Delfa, recebeu o ET pra contar um pouquinho de sua história, nesses 80 anos de vida.

 

ET – Vamos começar lembrando sua filiação, onde nasceu, os irmãos...

Mário -  Sou o quinto filho de Ataíde Francisco Santana e de Margarida Odete de Jesus,. Éramos oito irmãos, Otávio, Oscar, Floripa, Odete, eu, Lázara, João Batista, Lázaro. Nasci ali nas barrancas do córrego Jacá. Depois a família mudou-se para o município de Conquista, onde cresci, estudei, namorei e me casei e onde também nasceram nossos primeiros dois filhos. Casado com Delfa, daquela região do Cocal, decidimos vir para Sacramento e nunca mais saímos. 

 

ET - Então boa parte de sua vida foi no município de Conquista...

Mário - A infância e juventude e os primeiros anos de casado foram em Conquista. Papai comprou um sítio e lá fui criado. Estudei pouco, em escola de roça, mas o suficiente pra tocar a vida. Estudei numa escolinha lá perto. Meu primeiro professor foi José Tomás Fialho. Aprendi a ler e a escrever e parei. Depois retornei à escola aos 14 anos, mas por pouco tempo, numa escola na fazenda de Amadeu Dalbério, no Marimbondo,  já no município de Sacramento. E o mais era trabalhar.

 

ET – Boas lembranças desse tempo de roça?

Mário – Sim, tenho muito boas lembranças daquele tempo, da Mogiana, que passava em Engenheiro Lisboa. Não havia carros naquela época, eram muito poucos e tudo era feito de trem. Meu irmão Otávio mudou pra Canápolis, e me lembro que, em 1951,  fui pra lá com ele. Foram dois dias de viagem. Pegamos a 'Maria Fumaça' em Engenheiro Lisboa até Uberlândia e no outro dia fomos de jardineira pra Canápolis.  Era jardineira mesmo e chegamos lá de tarde. Tenho boas lembranças daquele tempo... mas tudo passa.

 

ET - Já homem feito, trabalhador, tratou logo de casar...

Mário - Não. Demorei a me casar, tinha quase 30 anos, em compensação namoramos muito. Eu tinha 19 anos quando comecei a namorar a Delfa, ela tinha 16. Foram oito anos de namoro (risos). Éramos vizinhos de sítio com os pais dela, Antônio Paralovo e Maria Zago.  E namoro vai, namoro vem,  depois de oito anos nos casamos, mas continuamos morando lá no sítio, onde nasceram o Hélvio e a Rosemeire e aí mudamos pra Sacramento. Os outros dois filhos nasceram aqui. Mudamos pra rua Santa Cruz, aqui no bairro do Rosário e mais tarde mudamos pra chácara, no Areão (Perpétuo Socorro), onde ficamos muitos anos. 

 

ET - E fazia o que como chacareiro?

Mário - Minhas origens eram rurais, então não havia dificuldade. Lá na chácara, havia um moinho, que era a serventia de muita gente. Foi uma pena acabarem com  o moinho. Ali eu não cobrava nada, trabalhava na base da troca. As pessoas levavam o milho e eu trocava pelo fubá. Um litro de milho por um litro de fubá, meu ganho era só no peso do milho, que era maior. O mais eu tirava leite, plantava o que fosse possível e vendia na cidade: leite, verduras, frutas. Saia de carroça vendendo, tinha freguesia. 

 

ET – Recém chegado do meio rural, foi fácil a adaptação na cidade?

Mário – Sim, foi fácil, não tivemos problema, aliás, eu tive uma relação muito boa com a vizinhança. Eu não era só chacareiro, eu ajudava, fazia o que podia no bairro pra atender a precisão das pessoas. Antigamente, as coisas eram muito difíceis, mas as pessoas se ajudavam muito. Eu era o aplicador de injeção lá no  bairro. Médicos eram poucos, as pessoas adoeciam e tinham que tomar injeção, só que os farmacêuticos não iam em casa pra aplicar. Quantas vezes levantei de madrugada pra ir nas casas aplicar injeção em crianças, adultos, idosos! Tem muito moço, muitos pais de família que levaram agulhada que eu dei quando eram crianças (risos).

 

ET - Mas você foi também comerciante no bairro...

Mário - Eu abri um armazenzinho no bairro, onde é hoje a fábrica de doces Guarato. Eu hoje fico pensando  como as coisas mudaram. Aquela rua Uberaba, onde morávamos, aquela baixada  inundava tudo no tempo das águas. Uma vez deu uma grande enchente e tive um prejuízo muito grande. Perdi tudo do armazém, aí decidi mudar pra rua Júlio Borges, onde trabalhei por quase 30 anos. Vendia de tudo,  menos bebida alcóolica.  Vi muita gente crescer ali no Perpétuo Socorro e vi o bairro crescendo também. 

 

ET- Quando é que o bairro começou a ganhar impulso, deixar de ser o velho 'Areão' para se transformar no bairro Na. Sra. do Perpétuo Socorro?

Mário – Olha, eu acho que foi a partir dos anos 70, quando os missionários redentoristas assumiram a Paróquia. Com Pe. Gil, a comunidade em si, começou a ter uma cara nova. As primeiras celebrações  no bairro foram no tempo dele. Padre Gil era muito dinâmico, ele não parava, fazia um movimentão com o povo e a gente ia atrás, a gente empolgava. Lembro que fazíamos leilões assim do nada e assim fomos levantando o dinheiro pra construção da capela. Depois, quando as pessoas de fora do bairro viram que o movimento era pra valer, foram se interessando e passaram a ajudar. A partir dessa data, o Areão começou a prosperar. Padre Gil fez muito pelo bairro, era uma pessoa muito carismática e hoje vemos uma comunidade ativa, engajada, participativa, mas tudo começou há 40 anos. 

 

ET – Falando em comunidade ativa, registramos no ET um movimento da comunidade para o prefeito da época não tirar a escola do bairro... Lembra disso?

Mário – Sim, claro. Essa história é interessante. Lá na praça havia uma escola ligada ao Barão da Rifaina. Um certo dia, o prefeito queria tirar a escola de lá e levar os alunos pro Barão. Tivemos um trabalhão pra impedir que ele fizemos isso, porque tínhamos lá muitas crianças e adolescentes que seriam obrigadas a estudar na EE Barão da Rifaina, onde hoje é a APAE. E a gente sabia que muitos ficariam sem escola, não iriam subir para estudar no Rosário. Então, nós batemos o pé e conseguimos persuadir o prefeito para permanecer com a escola no bairro. Enfim, nós éramos um grupo de pessoas que trabalhava pelo bairro, conseguíamos fichas de consulta, conseguíamos aposentar muitas pessoas. Eu sempre procurei ser atuante  onde vivi. 

 

ET – Outro dia, no aniversário dos 70 anos de Pe. Gil, ele lembrou que foi você quem lhe deu carona, de carroça, da Rodoviária para o Seminário, quando ele chegou a Sacramento pela primeira vez... Como foi essa história?

Mário – Foi muito engraçada. Muita gente nem acredita. Mas no dia em que ele chegou aqui pela primeira vez, um menino novo, magrinho, eu  passava de carroça perto da Rodoviária, e ele  me perguntou onde era o Seminário. Eu expliquei e disse que ia passar lá perto, mas que estava de carroça. Ele jogou a malinha lá dentro, subiu e lá fomos nós, o carroceiro e o Pe. de batina na sua carroça de verdura (risos). Mas ficou nisso, só fui reencontrá-lo uns dois anos depois  já no trabalho no Areão. E se sou vicentino hoje, devo essa graça a ele, que batalhou pra reerguer a Conferência, que estava acabadinha, tinha muito poucos membros. 

 

ET - Foi Pe. Gil quem fundou a Sociedade São Vicente de Paulo na cidade?

Mário - Não. Sacramento tinha a Sociedade São Vicente de Paulo –SSVP, só que  estava muito parada, tendo à frente pessoas muito idosas. Nessa época, a SSVP já existia, mas eram poucos  os vicentinos. Foi quando Pe. Gil iniciou também um trabalho com os vicentinos, passando a trabalhar com os diretores a fim de reerguer a sociedade. Pessoas foram convidadas a fazer parte e começou a funcionar.  Foram criadas novas conferências, o trabalho dos vicentinos foi crescendo na cidade e começaram a vir melhorias no Asilo (Lar São Vicente) e na Vila Vicentina. A partir daí  assumimos também o Dispensário dos Pobres e iniciamos ainda uma grande obra na cidade, o Centro de Recuperação do Alcoólatra - o Cerea, fundado em 1974, de uma ideia nascida na Conferência Santa Madre Cabrini, da Da. Júlia, Da. Blandina e Da. Laércia. 

 

ET –A exemplo de seu patrono, S. Vicente de Paulo, a Sociedade sempre viveu a sua missão filantrópica na cidade?

Mário – Sim, sempre. A sociedade sempre teve a missão de aliviar a miséria espiritual e material dos que vivem em situação de risco social, colocando em prática os ensinamentos de Cristo e da Igreja Católica, através dos exemplos de seu patrono, São Vicente de Paulo. E  fato é que os vicentinos ajudavam as famílias doando alimentos, mas  muitas vezes as pessoas  vendiam ou trocavam por bebidas. Quer dizer, as pessoas precisavam de algo  mais que alimentos, elas precisavam de ajuda para abandonar o vício e poder se reestruturar enquanto famílias. 

 

ET – Foi quando apareceram o grande trabalho das vicentinas, Blandina, Júlia e Laércia?

Mário – Isso mesmo. Elas foram as pioneiras. Podemos dizer que o Cerea nasceu das mãos dessas três senhoras. Elas começaram a pensar n´alguma coisa pra fazer as pessoas pararem de beber. Pensavam em tudo, até de levar as pessoas num curandeiro. Chegou por aqui a notícia de que havia um curandeiro que ajudava a pôr fim no alcoolismo e  elas  passaram à  ideia de levar algumas pessoas lá nesse curandeiro. Mas, no que elas estavam preparando, organizando pra levar essas pessoas, chegou o Djalma, irmão da Nininha, da Santa Casa, contando que largara de beber com o  Cerea, instituição que existia em Uberaba...

 

ET - Aí partiram para Uberaba?

Mário - De fato. Elas partiram pra  Uberaba. E todos nós vicentinos dando apoio. Foram muitas viagens lá, participando de reuniões antes de começar aqui. E não era fácil, porque há 40 anos atrás não havia carros como hoje, então tínhamos que pedir ajuda. O Seminário sempre arrumava o transporte, uma Rural Willis que tinham, mas havia dia que não tinha transporte. Lembro-me de uma vez na reunião, elas disseram que precisavam de um transporte pra levar as pessoas e eu na hora me prontifiquei em arrumar. Só que eu não tinha carro, não sabia dirigir direito, mas só depois que  saí da reunião foi que caiu a ficha. Descendo prá casa, ao passar em frente a residência do prefeito Hugo Rodrigues da Cunha, eu o vi descendo de sua caminhonete. Na hora me  veio uma luz e eu pedi a caminhonete emprestada. Expliquei o motivo, mas ele se esquivou, disse que estava mexendo na Gruta, gastando muito e não poderia arrumar. Mas a mulher dele, dona Celma, estava ao lado, lhe deu um cutucão e disse: 'Arruma a caminhonete, vai ser  bom pra cidade'. Só que ele não tinha a capota e me mandou falar com o  Sebastião Scalon.

 

ET – Que não te conhecia...

Mário -  Então, eu fui. Nunca me esqueci disso e fico emocionado ao lembrar. Quando falei com Sebastião Scalon, ele me disse: “Eu não te conheço, como vou te emprestar a capota?”. (emociona-se) Então, eu disse que foi o Hugo que me mandou falar com ele. Foi aí que ele emprestou e fomos todos para Uberaba. Naquele tempo era permitido andar na caçamba das caminhonetes. E assim foi durante quase um ano, toda semana participando das reuniões em Uberaba. Até que no ano seguinte, 1975, Jesus Manzano, Dr. Antônio de Barros e um grupo de pessoas de Uberaba vieram fundar o Cerea aqui. 

 

ET – Fora essa dificuldade que outros problemas vocês enfrentaram?

Mário - Uma das maiores dificuldades era reunir as pessoas pra levar. Saíamos pegando aqui, ali. Botava uma no carro, quando ia pegar outra, aquela que estava lá dentro fugia. As pessoas eram pegas “a laço”. Mas conseguimos. Quando fundamos o Cerea aqui, além da dificuldade de reunir as pessoas, tivemos dificuldades para conseguir um local para as reuniões. No princípio, foram realizadas no salão do Fórum, com a permissão do Dr. Geraldo de Abreu Leite, um juiz muito humano, que nos cedeu o espaço. Mas um dia chegamos e o Fórum estava fechado, fizemos a reunião lá de fora.  Depois, fomos para Casa da Cultura e depois pra Sede Paroquial, onde ficamos até mudar para sede própria. Foi um começo difícil, mas tínhamos o apoio de muitas pessoas, a sociedade apoiava, os padres redentoristas davam total apoio. Irmão José era direto com a Rural Willis toda quinta-feira e tinha que ser assim. Dr. Amur, Pe. Júlio, Pe. Magalhães, todos davam muito apoio, estavam sempre presentes, nos ajudando a conscientizar as pessoas. Mas se não buscássemos as pessoas elas não iriam. E foi assim,  o Cerea vingou e eu nunca mais deixei de participar. Nunca fui alcoólatra, mas nesses anos todos tenho sido presença no Cerea. Eu nunca entendi porque as pessoas embebedavam tanto, bebiam até cair. Talvez por isso eu tenha optado por não vender bebidas alcoólicas em minha venda.

 

ET – Nesses anos todos, quantas vezes assumiu a presidência da entidade? 

Mário - Nenhuma. Pelo estatuto, pelo menos no começo era assim, só podem ocupar cargos pessoas com um ano de frequência e um ano de sobriedade, isto é, têm que ser pessoas que se recuperaram do vício. Mas para mim esse cargo nunca importou e sim a importância do Cerea para as pessoas, para a sociedade. E já vi verdadeiros milagres ali no Cerea. Pessoas que eram doentes, viviam afastadas do emprego se recuperaram, voltaram ao trabalho e viveram uma vida muito boa, engajadas na sociedade, conheceram o lado bom da sobriedade. Dois exemplos que nunca me esqueço foram o Zé da Água, que foi um grande líder do Cerea e o  Valtercides de Oliveira. O Valtercides tinha o apelido de 'Pé de Cana', era funcionário da Prefeitura e vivia há oito anos encostado.  Ele se recuperou, deixou o álcool e um ano depois foi liberado para o trabalho. Ele foi um grande exemplo naquela época. Muitas famílias foram recuperadas  no Cerea e digo família, porque quando se recupera  um alcoólatra, recupera-se a família inteira.

 

ET - Mas você fez mais como vicentino, esteve diretamente ligado  ao Lar São Vicente (Asilo) e ao Dispensário dos Pobres...

Mário -  Uma vez vicentino sempre vicentino, a gente tem que se colocar a serviço do outro. Hoje, podemos dizer que o Lar S. Vicente é uma mansão, mas na década de 1970, era um casarão velho, quase acabado e precisávamos organizar o lar dos idosos. Aí  fomos lá pra Vila Vicentina. O Lar passou a funcionar em três  casinhas e aí emendamos as três, fazendo tipo um barracão, mas as condições eram muito precárias. Desde o início do Asilo estive junto. Jorge Cordeiro foi o primeiro presidente, depois passou para o Miguel Soares e aí aceitei assumir a presidência. Tive sorte e muita ajuda pra poder construir o pavilhão de baixo. Tive muita ajuda de algumas senhoras da sociedade, como  Dayse Maluf, Celma Bonatti e  Neusa Rezende. Fizemos muitas campanhas. Dr. Francisco Paulino da Costa nos conseguiu um material lá na Cemig e, graças as Deus, fiquei na presidência seis anos e tivemos êxito nas melhorias da entidade.

 

ET – Fale um pouquinho sobre o Dispensário dos Pobres, outra obra vicentina...

Mário – Na verdade, o Dispensário dos Pobres não é uma obra vicentina, não pertence à SSVP, é uma sociedade civil que foi oferecida aos cuidados dos vicentinos e, na época aceitamos e estamos lá até hoje. Quando pegamos o Dispensário foi através do Dr. Francisco, ele era o presidente e passou a direção para a sociedade. Fui também presidente do Dispensário. Hoje não sou mais presidente, mas somos uma grande equipe, muito atuante, participativa. Hoje, assistimos cerca de 25 famílias, que a cada 15 dias recebem a cesta básica, mas já chegamos a atender 40 famílias. Hoje as cosias são mais fáceis, as pessoas têm mais ajuda e o número varia muito, porque às vezes a família precisa hoje, mas amanhã já não precisa mais da ajuda, mas ainda temos algumas famílias cativas, pessoas idosas, doentes. 

 

ET – Vamos falar um pouco com Dona Delfa. O que representaram esses 53 anos de vida ao lado desse grande companheiro? 

Delfa – Foi um tempo maravilhoso. Vida de casado é cheia de altos e baixos, mas fomos muito felizes durante todo esse tempo. Ele com seu trabalho lá fora, eu aqui cuidando da casa e dos meninos. Mas eu sempre apoiei esse trabalho dele. E aqui estamos juntos há 53 anos. Mário continua sempre ajudando os outros, ajudando a quem precisa. Mas eu sempre me dediquei à família, a casa, à criação dos filhos junto com Mário. Mário nasceu pra isso, pra ajudar as pessoas. 


ET - Mário, 80 anos de vida, 53 anos de casado, família estruturada e uma folha de serviços invejável. Valeu a pena?

Mário - Tudo valeu e vale a pena. Digo sempre que uma pessoa deve sempre procurar Deus e seguir o caminho correto. Sem Deus não somos nada. Além disso,  a gente deve ser serviço, ajudar a quem precisa, ter tempo para o outro, independente de quem seja. Todos nós somos iguais, temos uma alma inspirada por Deus e temos que fazer nossa parte, seja na ajuda material ou espiritual. Enquanto vida eu tiver, serei vicentino e enquanto puder, estarei a serviço dos mais necessitados. Ser serviço, ser  vicentino é uma das minhas alegrias.