31 anos depois, FACC continua arrasando

Os alunos da sala do 1º ano do ensino médio, sala 22/matutino sagraram-se campeões do FACC 2019 ao somar 88,9 pontos nas apresentações das várias modalidades da competição. A medalha de prata ficou com a Escola Júlio Borges/polo Jaguarinha, com 77,7 pontos e, medalha de Bronze, com 68,2 pontos, a Escola Maria Sant'Ana/polo Quenta Sol.

“Todos os anos o FACC propõe novos debates e este ano debatemos sobre a vida de maneira introspectiva e subjetiva, através do tema', 'A leveza do ser', tirada do livro de Millan Kundera. Assim tivemos uma visão mais ampla sobre o tema, sobre os conflitos, angústias, escolhas que refletem no mundo onde nós estamos inseridos”, explicou a Profa. Sandra Bizinoto, vice-diretora da Escola Coronel e uma das coordenadoras do evento. 

De acordo com a professora, o projeto é desenvolvido o ano todo e culmina em três dias de eventos na escola: o sarau cultural, a noite de teatro e a noite de dublagens. “O objetivo é buscar promover e desenvolver no aluno diversas habilidades cênicas, de expressão corporal e também sob aspectos de socialização e resolução de problemas, bem como a competição, de maneira consciente e respeitosa”, explicou, resumindo as atividades.

“O sarau ocorreu este ano, na noite do dia 19 de novembro, de maneira festiva e incentivando os talentos dos alunos de nossa escola oportunizando apresentações com música, dança, produção literária e manifestações diversas, com o foco principal no referido tema.

Quanto ao teatro, esse ano foi feito em forma de festival de 15 minutos intitulando-se 'Fest 15', no qual alunos puderam criar grupos de teatro envolvendo o corpo discente e toda a comunidade escolar, para competir na noite do dia 20 de novembro. Contamos também com o grupo de teatro de Uberaba “Tramoia”, campeão do “Mínima Cena 2019”, para abrilhantar ainda mais a noite e incentivar nossos alunos.

Na noite de 21 de novembro ocorreram as dublagens, cujo corpo de jurados foi composto pelos profissionais: Camila Rocha (educadora e cantora), Bruno Vinícius (Educador Físico e ex-aluno), Sofia Bonetti (Ilustradora), Lis Faria (educadora e cantora), Débora Borgs (turismóloga e blogueira). Nesse sentido, este ano, lançamos um desafio a mais a nossos alunos, a escolha de um artista para homenagear através das dublagens, na qual puderam, através de pesquisas, conhecer um pouco mais a respeito do valor desses profissionais na sociedade”.

FACC COMPLETA 31 ANOS DE ARTE

Criado em 1989 por Walmor Júlio Silva, então professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do Curso Colegial da EE Cel. José Afonso de Almeida, o Festival de Arte e Cultural do Colegial (FACC) completou este ano 31 anos. Passou em branco o ano passado a celebração de seus 30 anos de existência. 

À época, falando ao ET sobre a primeira apresentação e importância do festival, o professor apontou seus objetivos. “Despertar em nossos alunos uma abertura maior em torno da Arte, hoje tão desvalorizada em nossas escolas, cuja preocupação maior, tanto a pública quanto a privada, é incutir conceitos conteudísticos de Física, Química, Matemática, Biologia, Gramática... para os alunos 'matarem' as questões do vestibular, esquecendo-se da educação integral”, opinou, lamentando a falta de espaço para as artes em geral. 

“O currículo oficial não abre espaço para esse mundo fantástico da Arte, como o Teatro, a Música, a Pintura, a Dança... deixando grandes talentos esquecidos”, afirmou o professor Walmor na edição do ET de 02.12.1990, informando que naquele ano os alunos desenvolveram trabalhos de Redação, Poesia, Storyboard, Fotografia, Dublagens e a peça teatral 'Romão e Julinha' (veja foto acima).