Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Mês Cultural movimenta cidade no final de semana

Edição nº 1482 - 11 Setembro de 2015

A programação dos espetáculos patrocinados pelo Laticínio Scala e Ministério da Cultura e dirigidos pelo Tri Ciclo Espetáculos, começou em grande estilo. A Praça Getúlio Vargas foi o ponto cultural do final de semana, levando música e teatro para um grande público que vibrou e aplaudiu os intérpretes. 

Na sexta-feira 4, por uma hora e meia,  o  público lotou o espaço reservado para o espetáculo de abertura do Mês Cultural Scala. Uma plateia, com um gosto refinado pela música, se encantou a cada canção do repertório diversificado, do violinista Nicolau Sulzbeck e orquestra. Os cantores, Thaís Baja e Renato Paiva, executando belas canções de compositores brasileiros e internacionais, mostraram um espetáculo que mescla repertório erudito e popular, capaz de  emocionar o  público que os aplaudiu de pé.

 No sábado, dois espetáculos.  Ás 17h, a peça de teatro, “Auto da Serra”, emocionou o público, que assistiu ao sentimento mais puro, o amor, que envolve os moradores do vilarejo que fica no alto de uma serra.  Às 20h, um show que integra estados brasileiros: uma mineira e uma carioca, Maria Bragança e Maria Teresa Madeira, acompanhadas por um baiano, o percussionista João, no concerto inédito, 'Segura Elas'.  Mais de 300 pessoas assistiram à apresentação de chorinho, com um rico repertório das 'Marias' com interpretação de composições próprias e de grandes nomes de brasileiros como Pixinguinha e Villa-Lobos, além do argentino Arthur Piazzolla e outros. 

Esta semana mais música e dança. Nesta sexta-feira (11), o palco será na Escola Eurípedes Barsanulfo,  a partir das 20h, com apresentação do Coral da Escola Eurípedes Barsanulfo e o espetáculo de dança com os bailarinos da academia Beth Dorça no balé, “Viva Las Vegas”. Para assistir às apresentações, pede-se a doação de material de limpeza, que poderá ser trocado pelo convite, no departamento de Recursos Humanos do Laticínio Scala, no centro, entre às 7h30 e 17h30. O Espaço cultural 'Tomás Novelino', na Escola Eurípedes Barsanulfo tem capacidade para mil pessoas.

Nas próximas semanas, entre os dias 14 a 18, turnê pelas escolas da cidade e da zona rural, com a peça 'O quintal da Guegué', musical infantil interativo com bonecos e adereços. Pura diversão!  No dia 18, o espetáculo teatral Juízo Final, na Casa da Cultura 'Sérgio Pacheco', às 20h. E no dia 25 de setembro, encerrando o mês cultural, no palco da Escola Eurípedes Barsanulfo, a peça de teatro 'Nilton Pinto e Tom Carvalho'.

 

Tri Ciclo e Scala, parceria que rende cultura

O mês cultural em Sacramento é uma iniciativa de patrocínio exclusivo do Laticínio Scala e Ministério da Cultura, com produção da Tri Ciclo Produções, através da Lei Rouanet, pelo segundo ano consecutivo. Desenvolvido desde 2011,  o projeto Tri Ciclo Espetáculos já passou pelas cidades de Araxá, Sacramento, Uberaba e Salitre de Minas, e até agora já foi assistido por mais de 120 mil espectadores.

A equipe Tri Ciclo Espetáculos respira cultura e vive em função dela o ano inteiro, conforme explica a diretora artística,  Cynthia Verçosa.  “Cultura faz parte da alma humana, tivemos uma aceitação muito boa no ano passado e fizemos nova parceria com o Scala para trazer novidades culturais aos sacramentanos, visto que cidades pequenas, hoje, estão muito carentes de apresentações teatrais, musicais. O país, o Estado têm uma cultura muito rica e cabe a nós difundi-la para todos os públicos”.

Franciana Cândido, do setor de Recursos Humanos da empresa Scala ressalta a importância cultural da parceria. “Como o ano passado foi um sucesso, este ano estamos renovando a parceria, trazendo arte, cultura e distração para nossa cidade, uma iniciativa importante, que tem tudo a ver com a identidade organizacional da empresa, “Qualidade com confiança e respeito”, valorizando nossa comunidade e colaboradores. Tri Ciclo Espetáculos e Laticínios Scala, uma parceria que proporciona entretenimento, e quem ganha somos todos nós,” avalia.

Os grandes artistas protagonistas dos espetáculos apresentados na cidade falaram ao ET. O maestro Nicolau Sulzbeck, nos alto de seus 82 anos nos pareceu um jovem músico, gênio na arte do violino que encantou o grande público presente, na noite de estreia das apresentações, dia 4. De nacionalidade húngara, há muitos anos radicado no Brasil, por si só é um show, entrega-se à música de corpo e alma e elogia a iniciativa. 

“- Deus é bom ao nos dar este talento e podermos, através de pessoas como os patrocinadores e  o Tri Ciclo,  sair e mostrar para as pessoas o nosso trabalho, para  este público maravilhoso. O mundo precisa de música, precisa cantar, dançar... A música une as pessoas, encanta, emociona, mexe com os sentimentos e  é  uma das coisas que pode trazer paz para o mundo hoje”. 

Recorda o músico que aos seis anos de idade ganhou seu primeiro violino, ainda na Hungria. Aos 8 oito,  já no Brasil,  começou seus estudos musicais em Araxá, no Colégio Dom Bosco, com o Pe. Clovis Ramos Costa Vilanova, tendo a partir desse período despertado o seu amor pela música e, principalmente pelo violino. Já adulto, depois de viver dez anos em Araxá, passou a se dedicar a outras atividades, sobretudo no ramo industrial.  Mas em 1952, já morando em Uberlândia, fundou o Conjunto “Orquestral do Liceu”, que fez grande sucesso na época. 

O próprio, Sulzbeck, tocou com grandes nomes nacionais e internacionais. Nos últimos 15 anos vem se dedicando exclusivamente à música e já conta com sete CDs  e dois DVDs gravados e muitas apresentações nacionais e internacionais. Atualmente, se apresenta com sua orquestra fazendo sucesso e levando o romantismo do seu violino por todo Brasil, fazendo parte do seu repertório o jazz, bolero, músicas ciganas, chorinho e MPB.

As Marias, Tereza e Bragança, que fizeram o belo musical de chorinho, acompanhadas do percussionista João Baiano, no segundo dia, falando ao ET brincam: “Lançamos um CD chamado Duas Marias, mas agora somos João e Marias. No show, misturamos   vários choros, um repertório bem brasileiro que precisa ser mostrado para o público, Ernesto Nazareth, Pixinguinha, Piazzola, Vila Lobos, além de composições nossas”, afirma Maria Tereza, e a outra Maria destaca: “É muito bom poder levar música, afinal música é para todos, uma iniciativa muito legal para a população dessa cidade, num praça, com uma igrejinha na frente, bem mineira e isso é importante, valorizar a arte e a cultura”.