Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Amadorão 2014: Equipes se preparam para o mata-mata

Edição nº 1415 - 23 Maio 2014

Dois jogos neste Domingo, 25, fecham a fase classificatória, mas as equipes entram em campo apenas para cumprir tabela, pois já estão definidas as oito classificadas para o mata-mata, nas quartas de final, disputadas em jogos de ida e volta: Usina Sacramento x Areião; PFC x XIII de Maio B; São Geraldo  x XIII de Maio A e,  Marianos x Atlético/CAS. Na rodada do último  domingo, o Areião, líder da chave A goleou o São Geraldo (4º), por 6x3.  Pela chave B, goleada do PFC (3º) em cima do Usina Sacramento (4º), por 5x0. E, no clássico, Atlético x XIII de Maio A, venceu a equipe verde branca, por 4x2, levando o CAS para o segundo lugar da tabela. O XIII de Maio A faz o último jogo neste domingo contra o  Usina Sacramento e se mantiver  invicto chegará a 18 pontos.  O mata mata agora decida quem irá para a semifinal?

 

PFC protesta durante jogo

Durante a partida Usina Sacramento x PFC no domingo (18), uma faixa afixada no alambrado, “PFC protesta contra a “camaradagem” no futebol municipal.  Que seja cumprido o regulamento apresentado pela organização. “Não” ao desvio de conduta dos organizadores”. 

Nelsinho, técnico do PFC, justifica o protesto: “Quando começa o campeonato há um regulamento, que entendemos deve ser cumprido ao pé da letra. Se abrem exceção, ele perde a credibilidade, abrindo portas para que todos reclamem, fiquem insatisfeitos ou queiram tirar o mesmo proveito que o outro. Por isso, estamos protestando para que o regulamento seja cumprido em relação a horário; número de atleta de fora; lista sem rasuras...”

Nelsinho afirma que viu rasuras na lista de inscrição. “E isso vai causando essa insatisfação. Há meios de eliminar esses problemas. Penso que  poderíamos pensar com carinho e eliminar esse jogadores que vêm de fora ou eliminar esse negócio de quantidade de atletas de fora. Se quiserem  trazer os 11, beleza,  mas que então façam um campeonato mais longo que aí vai pesar no bolso”. 

Para Maurício Calibuda, veterano goleiro do CAS, “se há essa manifestação por parte do  Panela (PFC) é porque alguma coisa aconteceu. Sou a favor do correto.  Dizem que estão favorecendo uma equipe, sou a favor da honestidade,  dizem que o XIII de Maio tem sete atletas de fora, o porquê eu não sei, mas  se o certo são cinco jogadores de fora para cada equipe, então tem que ser cinco...”

 

De acordo com o técnico do XIII de Maio,  Anderson de Oliveira, o Som, o protesto não procede. “O XIII de Maio trabalha com o que tem em mãos e que se chama regulamento. Acontece que temos um jogador de fora que é de Sacramento e trabalha aqui e, outro, trabalha na secretaria de Esportes, é considerado atleta de Sacramento pois tem mais de três meses de carteira registrada. Isso foi conversado na reunião. Estamos tranquilos,   porque estamos com apenas cinco jogadores de fora”, rebateu.

 

Para Nelsinho, o nível técnico do Amadorão é baixo

Para o técnico Nelsinho (foto), o nível técnico do campeonato está muito fraco. “Muito fraco, as equipes até agora não apresentaram um bom futebol”, afirma e pontua os motivos: “A falta de entrosamento; falta de treinos; equipes que se reúnem às vésperas do Amadorão; equipes muito fracas, dando muitos W.Os; tempo muito curto de disputa, de um a dois meses; muita folga dos times... E a cada ano que passa,  a tendência  é ficar cada vez pior”. 

Sobre falta de apoio ao futebol de campo, por parte da Secretaria de Esportes, Nelsinho reconhece que poderiam ajudar um pouco mais. “Eu entendo que a Secretaria de Esportes fica muito dividida, porque tem que dá apoio a todos os esportes, mas acredito que deveria olhar um pouco mais para o futebol, que movimenta muitos jogadores, é uma paixão, digamos, nacional, e poderia haver um pouquinho mais de apoio e vontade de fazer um campeonato com mais tempo e com melhor qualidade. Se fizessem um campeonato mais enxuto e mais longo, haveria melhoria na qualidade técnica”, afirma, elogiando a atuação de sua equipe e a classificação. 

Nesse sentido o técnico Som  avalia que  o campeonato reuniu muitas equipes e há uma certa falta de compromisso.  “Na minha avaliação, seis equipes disputam de igual para igual, as outras  vêm por vir e acabam comprometendo o campeonato, o que é lamentável. Não é  a quantidade de equipes que vai melhorar o Amadorão, ele vai melhorar com a qualidade dos times. Achamos que não ia acontecer WOs, mas houve, sem contar o jogo que acabou com 15 minutos, porque não teve comprometimento dos atletas, por isso acho que a Secretaria tem que valorizar as equipes tradicionais. Criar time é muito fácil, então,  que se faça dois campeonatos A e B como no Copão”, sugere. 

 

Para o técnico do CAS, Fabiano, montar um time é muito fácil. “O difícil é honrar o compromisso, mas há algumas coisas que podem ser feitas para acabar com o WO. A idéia das séries A e B é boa, só que serão aí no máximo seis equipes em cada uma, até porque temos equipes que contratam gente de fora.  Mas seria uma solução para o WO   e um incentivo para as outras equipes quererem subir”, analisa. 


O que significa W.O.

O W.O. ou Walkover (em inglês) é a atribuição de uma vitória a uma equipe ou competidor quando a equipe adversária está impossibilitada de competir. Isto pode acontecer devido a não existência de um número mínimo de esportistas necessários para uma partida, desqualificação, não-apresentação de uma equipe na data e hora estabelecidos, entre outros. No futebol, por exemplo, um W.O. pode ocorrer pela não-apresentação de uma equipe com no máximo 11 jogadores e no mínimo 7, dos quais um tem que ser o goleiro. Se no decorrer da partida a equipe jogar com menos do que o mínimo (7 jogadores), quer seja por jogadores lesionados que não possam ser substituídos ou por expulsões, a equipe também perde por W.O.

 

Mida: “Ninguém acreditava na equipe”

E quem está muito feliz com a classificação é o Usina Sacramento, garante o técnico  Vanildo Toledo (Mida) (foto), de Alagoas, residente em Sacramento há poucos anos. “Este é o nosso segundo campeonato e graças a Deus classificamos, porque ninguém acreditava na equipe, porque a gente não treina, não temos campo, trabalhamos o dia todo. Na hora de jogar a gente se junta e vem todo feliz para o campo. Vamos até o fim e no próximo ano estaremos aqui firmes. 

 

De acordo com Mida, este ano o Usina teve 11 atletas nordestinos da empresa. “No ano passado foi complicado,  porque só podíamos  inscrever cinco atletas de fora, que não votavam em Sacramento, o que achávamos errado, porque a gente trabalha aqui, vive aqui, mas  este ano eles mudaram isso e aos poucos vão chegando os conterrâneos para jogar”. 

 

Som: “Trouxemos novidades para que possamos chegar ao título”

Anderson de Oliveira, Som, (foto) técnico do XIII de Maio A, tem grandes expectativas com a equipe no campeonato rumo á final.  “Trouxemos novidades este ano para que possamos sair com o título, como foi no carnaval. Estamos com duas equipes  A e B, ambas classificadas e torcemos para que uma das duas chegue à final”, afirma e avalia positivamente o campeonato. “Não posso dizer que o Amadorão está ótimo, mas está bom, houve muitas paradas, as equipes ficam muito tempo sem jogar e acabam perdendo o pique”.  

 

CAS há três anos mantém a mesma base e tem olhos na final

Para Fabiano Rodrigues (foto), presidente e técnico do Clube Atlético Sacramentano - CAS, o Amadorão vai bem.  “No meu ponto de vista isso é normal, polêmicas sempre têm e as nossas expectativas são boas. Não classificamos em primeiro, porque perdemos para o XIII de Maio essa semana, mas estamos com grande elenco para suprir a falta de algum jogar e vamos  até o fim. O XIII de Maio tem sete jogadores de fora, o que é irregular. Dizem que estão comprovando que são de Sacramento, mas  nós estamos há três anos aqui no Atlético, procurando manter a mesma base, chegando à semifinal e este ano esperamos chegar à final, afirma.  

 

Árbitros fazem curso de capacitação

O árbitros Wesley Chicão, Wesley Robert e Clayton (foto)  participaram de um Curso de Arbitragem, em Conquista, nos dias 2 a 4 de maio, ministrado pelo renomado Ari Grego, técnico de futebol profissional de  São Paulo. O trio sacramentando, agradecido ao  técnico da Escola de Base da Conquista,  José Wilson, pelo convite,   voltou satisfeito e com muitas novidades na bagagem. “Um homem competente e importante no nosso futebol. Treinou vários jogadores profissionais como o Tinga, Marcelino Carioca, Viola, Tupanzinho, etc. Tem mais de 800 alunos em sua escolinha de base, dividida em quatro subescolinhas, além de três academias em São Paulo. O curso foi muito interessante, aprendemos muita coisa importantes que evoluíram no nosso futebol. Valeu a pena e somos gratos a José Wilson pelo convite”, agradecem.