Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Guido Bilharinho lança mais um livro de Crítica Cinematográfica

Edição nº 1183 - 11 Dezembro 2009

O escritor conquistense, Guido Bilharinho, autor da maior coleção de Crítica Cinematográfica editada no país, acaba de lançar o 11º volume da coleção, 'Ensaios de Critica Cinematográfica', com o título, 'O Cinema Brasileiro nos Anos 50 e 60'. 

Na obra, Bilharinho faz uma análise crítica de 18 filmes brasileiros lançados entre 1951 a 1959, tempo em que o cinema buscava se firmar na bipolaridade estético-ideológica e o apogeu da chanchada. “No período ora enfocado, os anos 50 diferenciam-se pelo sentido transacional entre o padrão cinematográfico anteriormente prevalecente e o lançamento das bases de algumas constantes que iriam caracterizar o cinema brasileiro daí em diante, como os predecessores do cinema novo, como o carioca 'Rio, 40 graus', de 1955, de Nelson Pereira dos Santos e o paulistano, 'O grande momento', de 1959, de Roberto Santos (...)”. 

Após enfocar a linha intimista com os filmes, 'O Gigante de pedra', de 1953 e 'Estranho encontro', de 1958, ambos de Valter Hugo Cury e 'Ravina', de 1958, de Rubem Biafra, diz: “Além da superação da chanchada que, ao nível do espetáculo, predominou nesses anos, também manifestaram-se a comédia e alguns musicais”. 

Nos anos 60, a era do cinema novo, Bilharinho emprega a sua criticidade em 37 filmes. “Nos anos 60 eclode o movimento do cinema novo que irá modificar completamente o panorama cinematográfico brasileiro, coletiva e individualmente”. É dessa fase o único filme brasileiro premiado em Cannes, 'O Pagador de Promessas', de Anselmo Duarte, baseado na peça de Dias Gomes. 

Mas ao que tudo indica, em breve mais um volume estará ganhando destaque, e pelo que conhecemos de Bilharinho, o próximo volume já deve estar no prelo, pois que ele mesmo justifica no prefacio, a ausência de alguns filmes como Vidas secas', baseado no clássico modernista de Graciliano Ramos, levado para as elas com Nelson Pereira dos Santos e dos filmes de Glauber Rocha, dentre outros. “É que eles, e diversos outros, integrarão título especial sobre o cinema brasileiro a ser lançado oportunamente', justifica. 

 

A obra de Guido Bilharinho

 

A obra que tematiza o cinema de autoria de Guido Bilharinho começa com um trabalho de pesquisa, intitulado “Cem anos de cinema', lançado em 1996, o segundo 'Cem anos do cinema brasileiro', lançado no ano seguinte. A partir de 1999, Bilharinho iniciou a coleção “Ensaios de Crítica Cinematográfica”, já com 11 volumes: 'O cinema de Bergman, Fellini e Hitchcock' (1999), 'O cinema brasileiro dos anos 90', (2000), em que prevalece a dicotomia entre arte e espetáculo; 'O filme de faroeste' (2001); 'O cinema brasileiro nos anos 80', (2002), época em que consolidou-se o cinema no Brasil; 'Clássicos do cinema mudo' (2003); 'O Cinema Brasileiro nos anos 90 – Novos filmes' (2004); 'A segunda guerra no cinema' (2005); 'O filme musical' (2006); 'O cinema brasileiros nos anos 70',(2007) a época do cinema marginal; 'O drama do cinema dos Estados Unidos' (2008) e agora 'O cinema brasileiro nos anos 50 e 60' (2009).