Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

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Edição nº 1650 - 23 de Novembro de 2018

Vilson Palhares...

O aposentado Vilson Palhares (foto) morreu dia 14 último na Santa Casa de Misericórdia, aos 75 anos, vítima de insuficiência pulmonar crônica, proveniente de uma enfisema pulmonar que o levou a se internar pela primeira vez no dia 15 de agosto. Segundo a esposa, a Profa. Lázara Santana Palhares, seu marido foi um fumante inveterado. “Ele fazia uso do cigarro desde os sete anos. Nunca parou”, diz, ainda, emocionada, informando que, após as primeiras internações, seu estado se agravou, quando teve que ser transferido para o Hospital Universitário Mário Palmério, onde permaneceu durante 11 dias, dos quais, sete, na UTI. Desde então permaneceu em casa, até que no dia 12 último foi novamente internado na Santa Casa local, porém dois dias depois morreu.

O seu corpo foi velado no Velório Maurício Bonatti por familiares e um grande número de amigos. Foi sepultado no Cemitério S. Francisco de Assis, após as exéquias proferidas pelo sobrinho sacerdote, Pe. Maurício Pereira Santana.

Natural de Conquista (MG), Vilson foi um trabalhador assíduo durante toda sua vida. Foi carpinteiro, lavrador, funcionário do Bar Danúbio Azul, de açougue, da indústria Produtos Ceres. Ao se casar com Lázara, mudou-se para Sacramento e foi funcionário público da Prefeitura. Após problemas de saúde, foi obrigado a afastar-se de trabalhos pesados, quando passou a fazer 'jogo de bicho', nos tempos em que o jogo era liberado. 

Para Lázara, o marido Vilson faz muita falta. “Foi um esposo amoroso, dedicado, muito cuidadoso e sempre presente, até nos afazeres domésticos. Após a aposentadoria tornou-se muito caseiro, me ajudando sempre. Um motorista particular que tive, me levando sempre 'pra qui, pra ali'. Foi um marido e tanto”, diz mais cheia de saudade.

De muitas amizades. Sempre muito alegre e educado, Vilson tinha um 'ponto' certo nas voltas da tarde. A loja 'Boa Compra', dos amigos, Ferreirinha e Helena. Ali assentava-se com seu indefectível cigarro e se tornava um guardião da loja, enquanto o amigo fazia os serviços bancários. Vilson montou uma 'banca de bicho' no céu, onde nada é proibido.

e a centenária, Da. Polda
Ela estaria completando agora no dia 10 de dezembro, 102 anos. Filha de pais italianos, Leopoldina Bonetti (foto) nasceu no ano de 1916. Aos 19, casou-se com José Alves da Silva.  Zecão, de saudosa memória, com quem teve cinco filhos em 65 anos de muito amor e união. 
Depois de mais de um século de vida, muitas alegrias, dias e noites dedicados ao esposo e filhos, numa vida cheia de exemplos, Da. Polda, como era conhecida, morreu no último dia 18, na Santa Casa de Misericórdia, vítima de sepse (infecção generalizada). Foi velada por familiares e amigos e, após as exéquias, foi sepultada no Cemitério S. Francisco de Assis
Conta o neto, Prof. Adailtom, ao lado da esposa, Vanilda, que sua avó foi sempre uma pessoa maravilhosa. “Uma mulher determinada, guerreira, atenciosa que ao longo da vida viveu de forma simples e humilde, sempre buscando transformar e proporcionar a seu casamento e a sua família toda dedicação, amor, educação e muita fé em Deus. Vovó foi uma mulher de grande fé, religiosa e participativa, de olhar seguro e cheia de esperança. Seu jeitinho carinhoso, alegre, brincalhão e sua forma serena de encarar as coisas do Mundo. Uma mulher saudável que a levou a essa longevidade”, resume. 
Lembra mais o casal que Da. Polda foi uma mulher guerreira nos afazeres domésticos e até nas lides rurais. “Trabalhou na lavoura, em Santa Fé, cozinhou para peões de trabalhos manuais, cuidou das criações no campo... Uma mãe, avó, bisavó e trisavó que ficará na memória de todos que a amavam. Leopoldina, com sua experiência de vida, foi capaz de construir uma história de muito amor, que ficará para sempre bem gravada nos corações de seus familiares e de todos que obtiveram o privilégio de conhecê-la”, afirma Adailtom e Vanilda.