Historiador prepara livro sobre mulheres de Sacramento

O escritor e historiador, Amir Salomão Jacob, está ultimando mais uma obra histórica para a cidade, desta vez o enfoque são as mulheres de Sacramento. “Estou trabalhando um livro que pretendo lançar, se possível, ainda neste ano, retratando 150 mulheres que, no seu mundo, nos seus afazeres, no seu amor por Sacramento, ajudaram a edificar nossa sociedade de hoje.”

Segundo Salomão, a obra já vem sendo pensada desde o ano passado, quando se deu o bicentenário da fundação da cidade, “Naquela época, a incidência da pandemia, quando eu mesmo contraí o vírus, dificultou o trabalho. Na verdade, minha pretensão era escrever sobre 200 personalidades, entre homens e mulheres de minha terra, justificando o trabalho dessas pessoas na edificação de uma cidade de 200 anos, mas isso não foi possível”, disse o escritor.

A escolha desses nomes, segundo ele, é simplesmente aleatória, pois “todas as mulheres de Sacramento contribuíram para o nosso desenvolvimento social, cultural, religioso e econômico. A escolha não obedeceu a um padrão ou uma vertente social, mas venho recolhendo mulheres que, no seu mundo, nos seus afazeres, independente de raça, credo ou condição financeira foram parte de nossa história. Pessoas que já passaram para a história”. 

O escritor ressalta que está fazendo resgate de muitas personalidades desconhecidas desde o século XIX até nossos dias, citando como exemplo, dona Joaquina Gomes Henking, irmã do músico brasileiro, Carlos Gomes que, no início do século passado, era organista da Igreja Matriz e mãe do farmacêutico Ormênio Henking. Resgata também as primeiras mulheres de Sacramento que votaram em 1928, quando o voto feminino no Brasil só foi permitido em 1932, pelo decreto do Código Eleitoral daquele ano, no governo de Getúlio Vargas.

A edição dessa obra o autor prevê para novembro, quando a Câmara de Vereadores comemora 150 anos de sua instalação.  Ao optar por essa data, o escritor fechou o trabalho em 150 personalidades femininas, embora esteja sendo cobrado por trabalho semelhante aos vultos masculinos.

Ao concluir, o escritor diz que gostaria de escrever sobre 1000 personalidades de Sacramento. ‘‘Mas isso é praticamente impossível, não pela falta desses nomes maravilhosos, mas pelo custo de uma obra assim. Gostaria que, pelo menos essa que fala de nossas rainhas, mulheres guerreiras, valorosas e maravilhosas que compuseram nossa história, fosse uma obra de destaque, de fino acabamento, mas o escritor é pobre e muito pobre, não ganha dinheiro com livros, vive de parca aposentadoria e, a cada edição de livro, é um trabalho penoso levantar ajuda financeira. Vou tentar, vamos ver. No final o esforço vale a pena”.