Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Estamos numa guerra, mas uma guerra para poupar vidas

Edição nº 1722 - 10 de abril de 2020

O prefeito Wesley De Santi de Melo, falando ao ET, esclareceu que a flexibilização foi dada, mas a fiscalização vai ser severa por parte da Prefeitura, no tocante às obrigações e responsabilidade de cada empresário proprietário da casa comercial ao adotar as medidas de segurança em relação ao uso dos Equipamentos 

“As lojas e papelarias deverão funcionar com restrição de atendimento, respeitando o distanciamento mínimo de 3 metros entre um cliente e outro, com os atendentes usando máscaras. Já os restaurantes, poderão funcionar, com ocupação máxima de 50% do espaço, atendimento individual com funcionário devidamente uniformizado, proteções, para servir o self-service, evitando que as colheres passem de mão em mão e, devendo os clientes cumprir o distanciamento de dois metros.  

As pequenas fábricas deverão medir diariamente a temperatura dos funcionários, exigir o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e mantendo o espaçamento recomendado entre um e outro funcionário.

Na entrevista o prefeito justificou a publicação do referido decreto. “Em primeiro lugar, temos que frisar que até hoje não temos nenhum caso confirmado de coronavírus no município. Temos percebido que, nas pequenas cidades do país, a presença de pessoas infectadas é mínima, diferente da maior incidência nos grandes centros, capitais e cidades mais populosas, comprovando mais uma vez, que o isolamento social é importante, e que não foi observado nesses grandes centros. Exatamente onde mais precisava devido as grandes concentrações. Por essas razões, atendendo aos pedidos dos empresários e comerciantes estamos publicando o decreto”, justificou o prefeito, ressalvando, entretanto, a importância do isolamento social.

“- Não abrimos mão do isolamento social. O decreto flexibiliza a abertura de alguns estabelecimento, porém não vamos abrir mão do isolamento social. A recomendação é a mesma, a melhor maneira de combater o novo coronavírus é permanecer em casa por tempo indeterminado”.

Argumenta mais De Santi, questionamentos por parte dos proprietários dessas lojas que permaneciam fechadas, o prejuízo advindo com a falta de vendas e as exceções feitas para a abertura de outros segmentos. “Por uma questão de justiça, entendemos seu ponto de vista, quando afirmam que não vão trazer nenhum mal à comunidade, ao adotar todas as medidas recomendas”, justificou, enumerando os cuidados:

 

“É responsabilidades de todas as lojas, padarias, restaurantes, supermercados, farmácias, etc, que todos os seus atendentes e demais funcionários estejam  usando EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) que disponibilizem na porta de entrada álcool em gel; que limitem o número máximo de clientes no recinto da loja; espaçamento de três metros entre um cliente e outro; uso de máscaras, além de outras medidas”, cita, ressaltando que os demais segmentos como escolas, igrejas, celebrações e cultos religiosos, casas de eventos,  qualquer tipo de evento, mesmo ao ar livre, como eventos sociais e esportivos continuam fechados por tempo indeterminado.

É mais seguro ter o público na rua
De acordo com o prefeito, na terça-feira 7 houve uma reunião com todos os gerentes de banco para discutir as imensas filas que estão se formando fora das agências, sem obedecer o espaçamento entre as pessoas. A conclusão tomada, depois da discussão do assunto, foi a seguinte: 
“- 'A fila externa é um mal menor para as pessoas do que se estivessem todas dentro da agência, respirando o mesmo ar condicionado', argumentaram os gerentes. Porém, foi firmada uma parceria entre Banco e Prefeitura, dividindo as responsabilidades: O Banco fornece o álcool em gel e a Prefeitura vai disponibilizar um funcionário para burrificar o álcool nas mãos dos clientes e organizar a fila, seguindo o distanciamento recomendado”.
O prefeito comentou que na reunião os gerentes mostraram filmagens das câmaras de segurança em que o público, infelizmente, não segue as orientações do funcionário da agência, para observar o distanciamento acima de dois metros, por exemplo. “Por isso, vamos colocar a guarda municipal e um enfermeiro nas filas dos bancos. Infelizmente, vamos ter que tomar essa medida. Não somos contra a democracia, mas a liberdade tem que ter limites, principalmente numa questão dessa. Estamos numa guerra, e é uma guerra para poupar vidas, salvar vidas”.
Finalizou, informando que a flexibilização para reabertura de lanchonetes e lojas de eletroeletrônicos será decidida no próximo dia 13.