E a restauração do Cipó?

A notícia veiculada no feicebuque informando a restauração da ferrovia que serviu o município no primeiro terço do século passado, incluindo no seu trajeto duas estações, a de Jaguara e a de Sacramento (Cipó), pela OSCIP – Centroeste Vida Verde, indicando, inclusive, o início das obras para “novembro”, com recursos dos governos “Federal e Estadual, em parceria com a iniciativa privada”, suscitou questionamentos de leitores sobre a obra.
 O ET enviou emeio às pessoas citadas na matéria, o ex-presidente da Câmara José Maria Sobrinho e o prefeito Bruno Scalon Cordeiro. O ex-presidente disse que iria pesquisar a respeito e, até a edição desta segunda matéria, não entrou em contato. O prefeito Bruno não respondeu ainda ao contato do ET.
Na matéria citada, o prefeito Bruno afirmou que estava dando início a um importante projeto. “Neste momento estamos dando início a um dos mais importantes projeto de resgate à cultura do nosso município. A Ferrovia do Cipó teve uma relevante importância para o desenvolvimento dessa região e era a única no Brasil que tinha uma linda de bonde no seu conjunto ferroviário”, afirma.
As outras pessoas citadas, o presidente da Centrooeste Vila Verde, jornalista João Carlos Bertolucci, no único contato que conseguimos pela net, um número de telefone em seu nome, a operadora diz que o número não existe. O telefone de Carlos Donizete não atendeu e a arquiteta, Ana Mazeto, também não respondeu ao contato que fizemos através de seu feice.   

Grupo privado quer explorar o complexo

Ainda pelo feice, um resposta do ex-secretário de Cultura e Turismo, Amir Salomão Jacób, explica que o primeiro contato para a restauração daquela ferrovia foi feito no governo do ex-prefeito Wesley De Santi de Melo – Baguá. 

“- Salvo engano é o mesmo grupo que aqui esteve no começo do governo passado, governo do Baguá, um grupo de Brasília, com esse projeto que, após analisado por nós não foi aceito, porque não preenchia, na época, os interesses municipais. 

Havia, inclusive, uma proposta de se transferir para essa ONG de Brasília a exploração do complexo turístico. Então o governo federal entrava com recurso, o município com o complexo e a ONG com a restauração (com dinheiro público) e depois a exploração por décadas. Então, na época, não vimos vantagem em pegar um complexo público, dinheiro público e entregar a uma ONG gerida por particulares. Não sei se se trata do mesmo projeto, mas há que se prestar bem a atenção nisso e ver se é realmente isso que Sacramento precisa naquele complexo turístico”, comentou. 

Já o internauta, Ederson Oliveira, postou no feice uma foto que ele fez do abandonado prédio da Estação do Cipó, em 20/10/2009.