Dona Olga Maria De Santi (foto) preparou uma big festa para comemorar seus 90 anos, completos no dia 2 de março e sua alegria foi imensa ao celebrar a data no último domingo, rodeada pelos filhos, genros, noras, netos e bisnetos, demais familiares e amigos que se reuniram no Spaço Fraga para abraçá-la. “Eu queria homenagear e reunir os familiares para junto comigo celebrar a vida e consegui. Foi maravilhoso reunir a família toda e os amigos. Um momento muito feliz”, definiu com alegria a aniversariante.
Terceira filha do casal João Raimundo Prado e Mercedes Maria de Jesus, Olga nasceu no município de Perdizes, onde cresceu acalentada pelo amor dos pais e convivência inesquecível com os irmãos, Francisca (João Cardoso), Alberto (Maria Flávia), Armando (Maria do Patrocínio) e Maria (falecida). Na fazenda, Olga passou a infância e juventude, ajudando em todas as lides rurais. Mas ainda assim teve tempo para os estudos, os primeiros na escolinha rural e depois no Colégio São Domingos, em Araxá, até o 1º ano de adaptação (equivalente ao início do ensino médio, hoje).
Em 1952, aos 27 anos, mudou-se para Sacramento e se casou com com Aleixo De Santi. O jovem casal foi morar num sítio nas margens do córrego Jacá e ali começaram a vida, diz ela, com três vaquinhas, de cujo leite fazia bolotas de queijos que o marido vendia na cidade. A vida não era fácil, mas a felicidade reinava, sobretudo pela grande fé que Olga sempre guardou. “Tenho um Anjo da Guarda que me protege”, afirma com convicção.
Olga e Aleixo tiveram 11 filhos: Izabel (Osmar); João Luiz (Márcia); Paulo (Maria Antonia); Inês (Leovaldo); Pedro (Sudária), ambos falecidos; José (falecido); Afonso (Rita/falecida), Oscar (Onésia); Rosa e os gêmeos Lúcio, e Lúcia, que faleceu um dia depois de nascer).
Hoje, Da. Olga vê com alegria e felicidade a recompensa que Deus lhe Deu pelos filhos tão maravilhosos. “Perdi alguns, e tenho saudades eternas, mas foram sempre a razão de minha felicidade, por vê-los bem criados e pessoas de bem na sociedade”.
Questionada sobre o segredo para tanta saúde e disposição aos 90 anos, Olga dá a receita: “Se sentir feliz, viver bem, ter aceitação e paciência para resolver as coisas, trabalhar, levantar cedo pra tomar o ar da manhã, comer de tudo. Só não gosto muito de jiló e jurubeba. Eu como, mas não me agradam muito”, diz entre risos e completa: “Mas acho que é por Deus. Ter fé em Deus, pedir sempre o seu auxílio, a Deus, Nossa Senhora e ao Anjo da Guarda da gente, ele nos transmite paciência, boa vontade, nos acalma na hora certa...”
E foi com esse otimismo e essa fé, que Da. Olga expressou sua alegria ao comemorar 90 anos. ‘‘Estou feliz por sentir-me cuidada com carinho. Feliz, por ter construído uma família que amo e sou amada. Sei que não deixarei receita, deixarei exemplo de uma vida plena de virtudes’’.
Quando perguntamos se era um momento de agradecer, ela respondeu que sim. ‘‘Agradeço a Deus pelos 90 anos, presenteada de saúde, felicidade e muito amor, o presente de estar cada ano em família me fortalece, nunca perdi a coragem de seguir em frente. Por isso agradeço o amor recebido por todos, com amor e carinho’’.