Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Destruição da praça Edalides Milan: Câmara e Codema aprovam obras

Edição nº 1407 - 28 Março 2014

O prefeito Bruno Scalon Cordeiro defendeu a obra junto à Câmara e o Codema, obtendo de ambos a aprovação. Por seis votos a três, o Legislativo aprovou a obra com a destruição da praça. Votaram contra a construção da UBS naquele local, apenas três vereadores, Marcio Marzola, Matheus Fonseca Bizinoto e Pedro Teodoro. O que rendeu até direito de resposta na Rádio Sacramento pelo fato de o prefeito ter dito no programa do dia 11, que “os três votaram contra o povo”, conforme explicaram  os vereadores na Rádio, na terça-feira, 25.  “Não somos contra a obra, mas contra o local. Ali é uma praça pública, de uso do povo. Há muitos outros locais próximos para se construir a nova UBS”, afirmaram. 

Já no Codema, um órgão autônomo, não submisso à administração municipal, formado por um colegiado de 12 pessoas, 50% do poder público e 50% da sociedade civil, que tem poder consultivo, normativo e deliberativo, no âmbito de sua competência, criado para assessorar o Poder Executivo nas questões ambientais de interesse do município, o ET falou com seu presidente, Lester Scalon. 

Afirmou o presidente que o órgão não detém poder para multar, autuar ou embargar atividades que degradem o ambiente.  “A função precípua do Codema é deliberar sobre questões ambientais (vegetação e água). Podemos aprovar ou rejeitar, mas sem poder para suspender ou proibir a obra. Aliás, em relação aos canteiros, eu fui voto vencido na aprovação da obra, que acho um absurdo, pois a obra vai tirar toda a mobilidade das pessoas nessas avenidas. Quanto à praça, o prefeito pediu para fazer o corte de seis árvores, sendo três ipês, duas aroeiras salsa e um flamboyant, no que o Codema aprovou por unanimidade. Foi isso que discutimos e votamos. Sobre a obra naquela praça, não detemos poder para embargá-la”, disse. 

O Codema deu também a autorização para o corte das 270 palmeiras-rabo-de-peixe (Caryota urens) nos canteiros das avenidas centrais da cidade, por conta de terem expirado o tempo de sua vida útil, representando perigo iminente à população, no dia 30 de janeiro de 2013. A aprovação foi dada, segundo Lester, com uma condicionante: “O prefeito Bruno obrigou-se a uma medida mitigatória, apresentando um projeto de recomposição urbanística antes do início do corte, com vegetação apropriada, no prazo máximo de seis meses”.

O ET enviou também emeio ao promotor José do Egito de Castro Souza, curador do meio ambiente, questionando a destruição daquela praça pública, mas até o fechamento da edição, não havia respondido.