Secretaria de Saúde anuncia método de castração sem consulta à Comisão

Três membros da 'Comissão de acompanhamento, tratamento, destinação e proteção de cães e gatos', Daniel Augusto da Silva, Marina Moreira de Barros e Mônica Aparecida dos Santos, nomeados pelo prefeito Bruno Scalon Cordeiro, pela Portaria 051/13, enviaram ofício à Secretaria de Saúde, questionando o método de castração química de animais, determinada pela secretaria, sem ouvir a Comissão. 

A informação sobre a castração química foi divulgada por rádio, sem que a Comissão fosse consultada. “Sabe-se que o referido método de castração é recente e vem recebendo inúmeras críticas da área de bem-estar animal e o método carece de maior estudo para a adoção efetiva”, lamentam, pedindo uma reunião com a secretaria de saúde para discutir o assunto. 

Em ofício envidado ao prefeito dia 5 último, a Comissão pede também maior presteza em relação às ações de proteção aos cães de rua.  “Vimos clamar por maior urgência nas providências, por uma ação mais efetiva, pois a situação está cada vez mais calamitosa”, afirmam, lembrando que a luta da Comissão será em vão, se a Prefeitura não implantar uma política pública mais eficiente. Como por exemplo, a assinatura de um convênio com as clínicas veterinárias de nossa cidade. Esta uma ação essencial para se obter resultados, ao menos paliativos, até que se complete o projeto como um todo”. O requerimento da Comissão foi debatido pela Câmara e subscritado por todos os vereadores. 

Projeto é impedido de ser exibido

Daniel Augusto da Silva desenvolve há algum tempo o projeto, 'Bem Estar Animal', apresentado durante eventos na cidade, no sentido de conscientizar e sensibilizar as pessoas em relação à proteção e carinho com cães e gastos, mostrar vídeos com recados sobre a dengue, a gripe suína e spots de dez segundos dos parceiros do projeto. 

Na Semana da Comuni-dade, Daniel foi impedido de exibir o projeto na praça, mesmo depois de cumprir todas as exigências e obter a autorização. “Sei que todo evento desse porte, deve obedecer a regras, cumprir ordens, por isso busquei permissões, prestei todas as informações de como o projeto iria funcionar e consegui a autorização. Porém, no dia da apresentação, alguns secretários estiveram no local e me pediram a cortar as imagens dos patrocinadores, que subsidiam o projeto, que tem custo e é caro, pois não colocamos ali animais que não estejam vacinados, bem tratados, adestrados e limpos”, afirmou.

Diz mais o cuidador de cães que tentou dialogar com os secretários, porém não acederam às suas justificativas. Ele gostaria de fazer uma homenagem caracterizando o cachorro Billy, e dois grandes artistas brasileiros, Raul Seixas e o sacramentano, Lima Duarte, na interpretação de Sinhozinho Malta”.

De acordo com Daniel, foram tantos empecilhos que ele resolveu parar com o projeto. “É impossível continuar. Diante disso, abri um questionamento: 'Que cidade é esta? Pois o que não pode, está sendo autorizado; e o que pode, é autorizado e, depois, proibido, sem qualquer explicação. Isso prejudica muito várias pessoas em seus diversos trabalhos. E o que temos de mais tradicional em nossa cidade é o costume de maltratar animais”, afirmou.