Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Morre a matriarca dos Batista

Edição nº 1380 - 20 de Setembro de 2013

Alda Borges de Oliveira, 95, mais conhecida como dona Alda do Zé Batista morreu na noite de domingo, 15,em sua residência, depois de uma longa e penosa enfermidade, acompanhada pelos filhos e amigos.  Durante toda a enfermidade foi assistida e consolada por seus filhos, genros, noras, netos, bisnetos e amigos.

Dona Alda foi velada pelos familiares e amigos, que juntos participaram, no velório Mauricio Bonatti,da missa pela sua alma, presidida pelo filho padre Luiz Carlos de Oliveira e concelebrada pelos párocos da cidade, Pe. Sérgio Márcio de Oliveira e Pe. Eduardo Ferreira, e pelos missionários redentoristas; Pe. Luiz Rodrigues (Provincial),  Pe.Magalhães ,  Pe. Savassa,  Pe. Coutinho,  Pe. Vanin,  Pe. Gilberto,  Pe. Hélio,  Pe. Anísio e tambémIrmão Vanderlei.  Após a missa,as exéquias proferidas por padre Sérgio Márcio e a bênção de padre Magalhães, dona Alda foi sepultada no cemitério São Francisco de Assis, às 14h.

 

Uma vida de exemplos e doação

 

Dona Alda era viúva de José Batista de Oliveira (Zé Batista),falecido em 2012, aos 98 anos, com quem foi casada  durante 75 anos. Da feliz união nasceram os filhos Ismar, Edmar (Marta), Marly (Marco Antonio), Pe. Luiz Carlos, Antonio Carlos (Valéria), José Walter (Goretti) e Vânia (Paulo), que lhes renderam 18 netos, 23 bisnetos e uma tetraneta. 

De acordo com a amiga da família, Sandra Almeida, desde tenra idade, aos 9 anos,  D. Alda assumiu suas responsabilidades na família após a perda da mãe,  enfrentando toda sorte de dificuldades e surpresas que a vida nos permite. Mas com seu carisma, criou os irmãos mais novos, mais tarde já casada com José Batista, cuidou com amor e ternura de sua prole e de seus sogros até a morte.

Doação e serviço eram sua marca. “Além de sua casa estar sempre com as portas abertas para acolher os parentes e amigos que vinham à cidade para consultas ou passeios, dona Alda acolhia as mulheres de sua região, que vinham dar à luz na cidade e as acompanhava nos seus resguardos, inclusive, fazendo a famosa canja de galinha. 

Portadora de uma sensibilidade ímpar, partilhava continuamente com o próximo as suas angústias e dificuldades. Adotava como um familiar os seus vizinhos. Sua maior alegria era ter a casa cheia de gente, cozinhando em enormes panelas e todos à sua volta na cozinha. Enquanto estava sã, a mesa de café nunca foi desfeita...”

Uma mulher de fé. “Sua fé era inabalável. Enfrentou com o terço nas mãos, os desígnios divinos. Seu maior orgulho era pertencer à Irmandade de São José e mantinha com as associadas um relacionamento fraterno. Coroando toda a sua bondade, humildade, dedicação, amizade, recebeu de Deus a imorredoura graça de ter um filho padre, Luiz Carlos”.

Na homilia, padre Luiz Carlos falou da mãe com a certeza da missão cumprida, lembrando o seu zelo com a família e amigos, e de todos os que necessitavam, assim como seu exemplo de religião e fé. “Mamãe até pouco tempo, embora fragilizada, ficava mal acomodada e quando a mandavam deitar direito, ela dizia: “Se eu deitar, eu durmo. Tenho que rezar o terço dos filhos (terço dos nove meses, rezado de 25 de março a 25 de dezembro). 

 

Lembrou o filho que Da. Alda queria ser sepultada com o terço. “Mas, não, ele ficará para que a reza do terço tenha continuidade na família”, afirmou. E finalizou lembrando que o momento era de agradecer pela longa vida da mãe e seus exemplos e as suas conquistas para a vida eterna.