Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Missa e manifestação pela morte de mãe e filha assassinadas em Conquista

Edição nº 1360 - 03 Maio 2013

Amigos, familiares e conhecidos reuniram-se no sábado, 27, na Igreja Matriz de Conquista para a missa  do primeiro mês  do falecimento de dona Hilda dos Santos e sua filha, Denise Neto Rodrigues, barbaramente assassinadas por um menor, de 14 anos, na manhã do domingo, 24 de março.  A cerimônia foi marcada por lágrimas, muita tristeza e, também por solidariedade, conforto e esperança de justiça. Todos contritos ouviram as palavras de fé e esperança proferidas pelo pároco, Pe. Sandro Dalmolin.

No final da celebração, uma mobilização pacífica, organizada por Alessandra Maria Matiolli e Fernando Rodrigues Neto, apoiada pelos moradores da cidade, percorreu as ruas da cidade. “É uma manifestação pacífica em que estamos pedindo mais paz na cidade, a diminuição da maioridade criminal e, também por justiça, além da  ajuda da população para denunciar o que ver de errado. Isso que aconteceu conosco não foi um fato isolado, Conquista está ficando perigosa, temos  problemas aqui, mas cada um pode fazer a sua parte e denunciar”, proclamou.

Fernando Rodrigues Neto, filho de dona Hilda, com o apoio da família e dos amigos tenta superar a perda e aguarda notícias do andamento da questão. “Não temos notícias de nada, não sabemos onde o menino está, se a instituição onde ele está tem segurança, Enfim, esperamos justiça a quem couber. Não sabemos quem, mas alguém é responsável. Tem que haver um responsável. A morte da minha mãe e de minha irmã não pode ficar em vão. Hoje, aqui na missa pedi a Deus que nos dê forças e que haja justiça, porque a gente não entende como um menino que foi detido 13 vezes ficou em liberdade pra matar minha mãe e irmã”, lamenta.

 

Polícia troca comando

 

O novo comandante do pelotão da Polícia Militar de Conquista, nomeado após o fato ocorrido, sargento Anderson José da Silva, acompanhando a mobilização dos moradores, destaca ao ET que o foco da PM é trabalhar com a sociedade em todos os segmentos e situações. “Sentimos a dor da família, notamos sua preocupação, de buscar o apoio da  sociedade e  do poder público para essa causa que é justa. Já externei à família nosso apoio, orientando não por uma manifestação, mas uma mobilização pacífica”, disse.

Afirmou o comandante que sua primeira iniciativa foi a de levar o problema ao alto comando da Polícia Militar e ao governador. “Toda mobilização em termos de justiça está sendo providenciada e começou com a mudança de comando. Vim para Conquista por uma ação do Governador do Estado, através do Comandante Geral, que externaram sua preocupação com a família, dando uma resposta, trazer o amparo para a sociedade de Conquista”, afirmou. 

Sobre o menor, o comandante explica que ele encontra-se recolhido em uma instituição própria para receber menores, em Patrocínio (MG). “Ele tem a medida preventiva a ser cumprida, a Justiça nesse sentido foi ágil, a Polícia Civil concluiu o inquérito, o Ministério Público já pronunciou e o Judiciário já reportou a sua situação  e o menor  agora cumpre a medida protetiva”, informou.