Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Jardim das Acácias: Moradores denunciam defeitos na obra

Edição nº 1383 - 11 Outubro 2013

O ET esteve no bairro na tarde desta quarta-feira e conversou com alguns proprietários e constatou por parte de muitos, a alegria de conseguir a casa própria; por parte de outros, uma certa decepção e indignação pelas condições em que receberam a casa. 

Uma das proprietárias que avaliava o local, acompanhada por um profissional da construção civil, apontou os defeitos: uma veneziana amassada, a porta de um dos quartos emperrada (raspando no piso), piso muito encardido, a janela da copa empenada e, mais o desnível no quintal de terra, exigindo mais arrimo para o aterro ganhar o nível da rua para escoar a água do pátio. 

Na residência ao lado, vazamento no padrão de água. “Não dá para mudar agora, além de fazer o muro e arrumar o quintal, teremos que completar o aterro”, diz o morador. Noutra, o proprietário lamentava o esgoto entupido, cerâmicas ocas e trincadas e a falta de espaço para a garagem. 

“- Pela planta o recuo deveria ser de cinco metros além do passeio. Mas tem lugar que o recuo é de apenas 3,60 m, não cabe um carro na garagem. Na verdade, o passeio não está regulado, tem medidas diferentes. No meu quarteirão, o passeio tem dois metros, no de baixo dá 1,89m; noutra rua dá 1,50 m e há uma quadra que o passeio mede  um metro apenas de largura”, denuncia o vice-presidente da Associação dos Moradores do Jardim das Acácias, Luiz Barcelos, acompanhando os primeiros moradores.

 

O Residencial está muito bonito

Luiz Barcelos, falando ao ET, explica a forma como foi feita a entrega. “O residencial está bonito, um local muito privilegiado, quando estiver todo povoado vai ficar uma beleza. Pena que há tantos defeitos na construção. Aqui vemos muitas pessoas satisfeitas e insatisfeitas também”, avalia. 

Para Luiz, os moradores estão chegando, porque estão pagando o aluguel onde moram e um seguro de mais de R$ 200,00 das casas do residencial. “Essa taxa não é uma parcela do financiamento, mas um seguro, que ninguém entende direito. Mas estamos correndo atrás disso, porque dizem que este seguro de construção é inconstitucional”, justifica, acrescentando que muitos já estão construindo o muro e adequando a entrada da casa para poder mudar, um serviço que é feito por conta do proprietário.

De acordo com Luiz Barcelos, a Associação vai montar um processo para recorrer por conta de todos esses problemas e questionar também o custo de mais de R$ 1 mil o metro quadrado de construção. “Muito caro pelo material utilizado. E não tivemos direito de reclamar antes. Quem não assinasse a entrega, não receberia as chaves. Não pudemos vistoriar os imóveis antes de assinar, o que seria o correto, acompanhados de um profissional pedreiro e de um representante da empresa construtora”, denuncia mais.

Finalizando, Barcelos informa que houve mutuário que não pegou a chave. “Infelizmente, há pessoas que querem buscar uma solução individual, mas a nossa ideia é recorrer de forma coletiva”, finaliza, afirmando que o restante da infraestrutura, a outra via da avenida de entrada e a arborização e jardinagem do bairro, competem à Prefeitura.