Moradores das ruas centrais da cidade, nas imediações da rua Comendador Machado, esquina com a avenida Cel. José Afonso de Almeida estão alarmados e preocupados com a instalação de uma antena de telefonia celular da CTBC, que está sendo construída no local: a maior preocupação é com a radiação eletromagnética.
De acordo com sites, encaminhados ao ET por um grupo de moradores, a preocupação procede, porque embora a instalação das torres seja regulada por leis, pelo menos uma delas, a Resolução 303, da Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações, órgão que controla a telefonia no Brasil, para muitos, não é cumprida. Isto é, não é feita a medição do índice de radiação, conforme o previsto, segundo denúncia de vários estudiosos e pesquisadores. Nem sempre as empresas cumprem o que a lei estabelece.
De acordo com o engenheiro Ruy Bottesi, da Associação dos Engenheiros de Telecomunicações (AET), a Resolução 303, de 2 de julho de 2002, limita a exposição a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos em até 300 GHZ; estabelece limites para a exposição humana a estes campos e define os métodos de avaliação e procedimentos a serem considerados para o legal licenciamento.
Ainda conforme Bottesi, a Resolução visa à preservação da saúde da população e das pessoas que trabalham com a infraestrutura de telecomunicações, cujas normas estão em conformidade com as diretrizes internacionais de proteção contra radiações não ionizante.
Para a mineira de Belo Horizonte, engenheira Adilza Condessa Dode, as antenas estão ultrapassadas, e que é preciso, urgentemente, encontrar um outro meio de transmissão de sinais mais seguro e efetivo. Dode desenvolveu uma pesquisa sobre a relação entre câncer e as antenas de sinais em Belo Horizonte. “Nos resultados dessa pesquisa constatamos, dentro de 500 metros de distância entre as antenas, um índice de mortalidade maior. A partir do momento que distanciávamos das antenas a taxa de mortalidade caiu.
A engenheira critica o uso ultrapassado de antenas. “O que dever ser feito e urgentemente é investir numa nova tecnologia, que seja segura que não emita radiação para o cérebro do usuário como é o aparelho celular. Uma tecnologia que não necessite de antena. Antenas não devem ser instaladas em áreas hospitalares, escolas, creches, asilos. Antenas são peças de museu, que têm que ser retiradas das cidades e mandadas pra museu. A indústria tem que investir em novas e seguras tecnologias”.