Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Falta mão de obra na cidade

Edição nº 1380 - 20 de Setembro de 2013

O posto do Sistema Nacional de Emprego (Sine) tem muitas vagas disponíveis, mas não são preenchidas por falta de mão de obra qualificada. A informação foi passada ao ET pela coordenadora do sistema, Cintia de Cássia Silva (foto). 

“- A situação do emprego em Sacramento é uma coisa muito delicada, porque há uma falta de qualificação muito grande. Há uma oferta grande de vagas, mas as empresas estão cada vez mais exigentes. Nessa área do conhecimento, por exemplo, as empresas estão trabalhando com o conhecimento organizacional, gestão do conhecimento, capital intelectual e que ofereçam uma vantagem competitiva. E os candidatos, muitas vezes, nem sabem a sua pretensão, eles querem um serviço”, justificou. 

Para Cíntia, pelas novas exigências profissionais das empresas, a conclusão do ensino médio (Colegial) não está sendo suficiente parra conseguir um bom emprego. “Infelizmente, em Sacramento, muita gente tem a ideia de que concluiu o ensino médio, está formado e pronto. E aí não aprimora os conhecimentos, não busca fazer novos cursos, não atualiza informações, que hoje são muito rápidas, daí a exigência dessa capacitação frequente. As pessoas precisam entender que têm que se qualificar constantemente”, alerta. 

Diz mais a coordenadora do Sine na cidade que as empresas hoje evoluíram muito no seu conceito empresarial-administrativo. “As administrações são modernas e os RHs muito selecionadores. Além do conhecimento, outros fatores também são levados em conta, como, por exemplo, os conhecimentos técnicos, habilidades e atitudes, que são os aspectos relacionados àpostura, marketing pessoal, comunicação, fluência e proatividade”, explica, ressaltando que se o candidato não atender um mínimo do exigido, não tem porque contratarem. “Eles rejeitam mesmo e, se não encontram aqui buscam fora”, frisa.

De acordo com Cíntia, o quesito proatividade é um dos preponderantes, porque avalia a iniciativa e capacidade do candidato de superar as expectativas iniciais. A pessoa proativa – explica Cíntia – vê mais longe, antecipa sua área de atuação, com conhecimento de como outras áreas trabalham”.

Por fim, chama a atenção do conhecimento linguístico do candidato. “O mau uso da língua é certeza de que o candidato não será aproado. Ele tem que ter domínio do português, falar bem, escrever bem. Nada de linguagem virtual em textos profissionais. E nos cursos promovidos pelo Sine todos esses aspectos são enfocados, além do relacionamento interpessoal”, finaliza. 


Vamos criar um parque industrial na cidade

O formando Marcos Ricardo de Souza, 29, concluinte do curso de Auxiliar Administrativo, avalia positivamente a realização dos cursos. “Muito bom o curso, tanto é que estou começando o segundo, agora de Departamento Pessoal. Mas todos nós jovens, estamos preocupados com a falta de perspectiva de emprego. Embora seja grande a oferta de mão de obra especializada, estamos precisando de uma política de geração de todo tipo de emprego, para fixar nossos jovens na cidade. Por exemplo, nos falta um parque industrial e incentivos para que as indústrias sejam atraídas para a cidade’’, disse Janelinha, que foi candidato a vereador nas últimas eleições.