Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Mau cheiro e lama de esgoto gera reclamação de vizinhos

Edição nº 1203 - 30 Abril 2010

Moradores da rua Visconde do Rio Branco, próximo à praça do Trabalhador e ao ribeirão Borá reclamam do intenso mau cheiro do esgoto, que estourou no local, segundo eles, há quase um  ano. “Faz tempo que isso está aí, e é constante esse mau cheiro, ainda mais quando  o pessoal joga animal morto aqui”, diz o morador Magno Silva Santos, que já denunciou a situação ao SAAE. “Os responsáveis estiveram aqui, deram uma olhada, prometeram corrigir o problema, mas  tudo continua como estava”, reclamou.

Segundo Magno, o mau cheiro começou, mais ou menos em setembro. “Reclamamos na prefeitura e eles responderam que era necessário reclamação de mais pessoas. Mas eu acho que isso não precisaria da reclamação de ninguém”,  denunciando também o matagal próximo às casas. “Jogam animal morto aí, um local propício para esconder malfeitor, fica aí, abandonado, o terreno”, queixa-se.

No local estão dois terrenos, um de propriedade de José Rosa Camilo, de outro, o depósito de Rodolfo Soares Rezende.  Rezende afirma que o vazamento ocorre desde o ano passado. “Eu reclamei desse vazamento no ano passado. Tive que tirar um material daqui, saí e o vazamento continuou. Ninguém reclamou. Acredito que uma grande porcentagem do esgoto cai no Borá. Falaram que iam arrumar, tirar daqui e interligar no outro, mas até hoje nada', diz.

 

SAAE explica questão do mau cheiro 

 

Osny Zago, Diretor do SAAE, reconhece que realmente o problema existe e já estão buscando solução. “De imediato, fizemos tratamento e desinfecção do local. Estamos providenciando já o material para uma solução definitiva. O interceptor  logo abaixo está dentro do pátio do Rodolfo Rezende, na área de proteção permanente, porém não sabemos o que houve. Vamos descobrir logo que abrirmos tudo para implantação de novos tubos e mudança da rede”, disse, informando que a nova rede vai atravessar o córrego para jogar no outro intercptor.

“-  Vou visitar o local com o sargento Celso Brait, da Polícia Ambiental,  e o Promotor, porque estamos numa área de preservação permanente. O SAAE está ciente do problema naquele local e tudo está caindo no Borá”,confirmou, apresentando fotos do local nos arquivos da autarquia.

Osny cita um outro problema que está também  dentro das metas do SAAE. “Estamos com problemas na travessia do interceptor perto da Rádio Sacramento. Há três anos, o pessoal colocou fogo no capim na beirada do córrego Benjamim e estourou o amianto que reveste o interior do cano de ferro fundido, que precisa ser substituído. Sob a ação do esgoto, o ferro foi corroído apresentando rachaduras por onde vasa o esgoto”, explicou, informando que cada cano custa em torno de R$ 20 mil.