UNIPAC fecha unidade de Sacramento

Depois de formar quatro turmas do curso Normal Superior e mais duas de Técnico em Enfermagem, a Universidade Presidente Antônio Carlos, de Barbacena, que mantinha na cidade a Faculdade de Educação e Estudos Sociais de Sacramento e o Centro Técnico Profissional de Sacramento, vai fechar por falta de demanda de aluno nos seus vestibulares. “É lamentável e triste para todos nós e uma grande perda para a cidade”, reconheceu a atual diretora Alessandra Inez Borges, que trabalha na unidade desde 2004. 

Aberta no primeiro governo do ex-prefeito Nobuhiro Karashima – Biro, em março de 2003, a Unipac teve, a princípio, uma grande demanda de alunos egressos do antigo curso de Magistério que, devido a uma determinação constitucional, seriam obrigados a conseguir uma habilitação em nível superior na área de educação, para lecionar nas primeiras séries do ensino fundamental. 

Sem alunos para o Normal Superior, a unidade abriu o Centro Técnico Profissional, com matrícula consolidada em dois anos consecutivos, para o curso de Técnico em Enfermagem, cuja última turma recebe em fevereiro o seu diploma de conclusão de curso. No último vestibular, com 44 aprovados, apenas 15 efetivaram a matrícula e o mínimo de alunos exigido pela Unipac para a abertura do curso é de 35, por isso a decisão foi tomada.

Com possibilidade de uma grande demanda para o curso de Segurança de Trabalho, com 150 alunos inscritos, o Centro Técnico de Sacramento abriu o processo para o reconhecimento do curso junto ao MEC, mas a longa demora, porque só agora o curso foi reconhecido, frustrou os alunos, que não ratificaram a inscrição para o vestibular.

Concluindo, a diretora disse que os cursos oferecidos pela Unipac, com freqüência regular, formaram excelentes profissionais. “Não tem dúvida de que uma Faculdade que oferece aulas presenciais diárias forme profissionais mais conceituados do que faculdades à distância”, reconheceu, lembrando ainda que muitos alunos saem de Sacramento para fazer o mesmo curso em cidades vizinhas. “É o velho ditado, santo da terra não faz milagres”, finalizou.