O projeto de Lei de autoria do Executivo que concede subvenção de R$25mil ao Hospital Dr. Hélio Angotti, de Uberaba, foi motivo de calorosas discussões na reunião da Câmara no dia 14, presidida pelo vereador Luiz Antônio Sinhoreli. Tudo porque pediram R$ 50 mil e o prefeito deu a metade. Tivessem pedido R$ 100, o prefeito teria dado R$ 50 mil, sem a briga toda.
Bruno Scalon Cordeiro, presidente da Comissão de Saúde e Assistência Social da Casa, mostrou-se indignado com a quantia oferecida pelo Poder Executivo à instituição, citando a devolução da receita não utilizada pela Câmara, uma quantia de R$838 mil, acompanhada de uma lista das instituições que necessitavam de subvenção econômica entre elas o hospital Dr. Hélio Angotti. Apesar da bravata, o vereador, votou favorável ao projeto. “A quantia não é pequena, mas a instituição merece uma quantia maior devido aos serviços prestados à população de Sacramento”, queixou-se.
O vereador Marcelino Marra, por sua vez votou contra, justificando que cidades com receita menor que de Sacramento contribuem com quantias maiores para o hospital. O vereador Danylo também não se contentou e pediu maior planejamento do Governo Municipal. Disse que há muito dinheiro gasto com coisas supérfluas e pouco com necessidades primordiais da população, como a saúde. Exagerando, disse que votaria a favor, pois do contrário “o dinheiro seria utilizado para mais um bailão”.
O líder do governo na Câmara, o vereador Luis Sinhoreli, disse que o governo tem aplicado os recursos orçamentários com planejamento e de acordo com a lei orçamentária do município. Sobre a verba do duodécimo devolvida, disse que o prefeito Wesley desapropriou duas grandes áreas para construir dois projetos habitacionais, pagou dívida pendentes de outros governos e que vinham se arrastando na justiça, como a área onde foi construído o Residencial Jardim Primavera e o complexo esportivo do Perpétuo Socorro, e, por fim, também usou parte do dinheiro para o 13º dos funcionários.
O projeto que concede a subvenção de R$25mil para o Hospital Dr. Hélio Angotti foi aprovado por cinco votos favoráveis e um vota contra. Os vereadores Carlos Alberto Cerchi e José Maria Sobrinho não compareceram à reunião. De acordo com o projeto, o valor de R$ 25 mil será repassado para a instituição em dezembro de 2009, em parcela única.
R$ 3,6 milhões para Hospital Doutor Hélio Angotti
Portaria publicada no Diário Oficial da União, no dia 24 de novembro, prevê verba no valor de R$ 3,6 milhões para o Hospital Dr. Hélio Angotti. Os recursos são do próprio Ministério da Saúde, sendo disponibilizados ao Teto Financeiro de Média e Alta Complexidade do Estado de Minas Gerais e do Município de Uberaba. O hospital receberá seis parcelas de R$ 600 mil e o dinheiro será depositado no Fundo Nacional de Saúde, que repassará para o Fundo Municipal de Saúde e esse, por sua vez, encaminhará ao hospital de Uberaba. “Esse dia entra para a história do hospital e, também, da cidade de Uberaba”, ressaltou o presidente do Hélio Angotti, Délcio Scandiuzzi, conforme matéria publicada no Jornal da Manhã em 25/11 e no Jornal ET, edição de 27/11.
O Hospital Hélio Angotti receberá também, mais R$ 250 mil, resultado de dois leilões realizados no sábado, 12, pela Associação dos Voluntários de Combate ao Câncer de Uberaba (AVCC), conforme informações de Elenice Fatureto, uma das coordenadoras do Leilão Arca de Noé, à mídia uberabense.
Em Sacramento, outro leilão idealizado por grupo de dez pessoas e apoiado por diversos setores, foi realizado na chácara Bela Vista. Segundo Hermógenes Vicente Ribeiro, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, prendas e animais foram doados por comerciantes, empresários e simpatizantes à causa em prol do Hélio Angotti. “Foram cestas de alimentos, sapatos, roupas e 60 cabeças de gado. As pessoas doavam o que podiam”, explica Hermógenes. “Chegamos a um número superior à R$ 50 mil e a intenção e entregar pessoalmente o dinheiro à AVCC”, disse Hermógenes ao Jornal da Manhã.
De acordo com Mary Cruvinel, assistente da AVCC, toda a receita será revertida à compra de medicamentos, kits de higiene e alimentação para as cerca de 1.200 pessoas atendidas mensalmente.