Jornal O Estado do Triângulo - Sacramento
Edição nº 1783- 18 de junho de 2021

Sacramento de ontem, hoje e de amanhã na sua economia

Edição nº 1170 - 11 Setembro 2009

SACRAMENTO -  Em Sua Economia do amanhã.

O amanhã não é fácil de a gente estar falando e acertando com precisão, mas também não é isto o pretendido. Nosso propósito é tomar os números das atividades econômicas que hoje trazem as divisas financeiras para este município, e analisar e projetar esses números em graus de vantagens e riscos para os dias de amanhã. Não é possível simplesmente deixar acontecer para depois apagar o fogo. Prevenir ainda é melhor que tratar. Basta analisar cuidadosamente as atividades econômicas da Sacramento de hoje, para ver que essas atividades têm uma cobertura muito boa, porém, com pouca segurança para o futuro. Boa cobertura, mas o telhado é de vidro e esse precisa de reforço, antes que ele trinque. É esta, hoje, a responsabilidade de todos os sacramentanos. Se você acha que não pode fazer nada pelo menos cobre do seu chefe do seu patrão, de quem você votou, comentem. Olha a cana chegando é bom ou ruim?, Cadê as usinas processadoras instaladas no município? Ainda o perigo que rondam as usinas hidrelétricas. ( O STJ acaba de julgar o Recurso Especial do município sobre participação do ICMS na usina hidrelétrica de Nova Ponte, confirmando que Sacramento não tem direito algum no ICMS daquela usina. Acredito ser um mal sinal e também uma alerta). O que fazer para melhorar o comércio? Seria o caso até de uma audiência pública para estudar e discutir tudo isto? Por que não fazer? Outro dia, fui questionado com uma pergunta, por um transeunte. Qual a vocação econômica desta cidade? - Espere aí, troca isto em miúdo. - É a principal atividade desenvolvida por seus habitantes, mesmo que separadamente. Mas quando agrupada para o município representa a força de um povo. Foi aí que passei a analisar alguns dados para observações e conclusões: (Veja box) Divinópolis tem hoje em atividade na confecção 1.200 empresas com 20.000 empregos com uma produção de 45.000.000 de peças. Lançam moda e exportam. Quanto a Stª. Rita de Sapucaí e Monte Sião, não consegui saber o PIB, mas sei que são bons. De Sacramento não consegui achar sua vocação econômica e muito menos definir o seu PIB nessa atividade econômica. Caro leitor com esses dados, deixo para você mesmo que efetue a sua análise e projete o futuro econômico para este município.

 

SACRAMENTO – Em sua economia de ontem.

Em termo de economia o passado pouco interessa, mas quis estar relembrando um pouquinho do ontem para estar traçando uma comparação com o presente e porque não para preservar e projetar o futuro. Vamos ver algumas atividades econômicas do passado: O OURO do Desemboque. O CAFÉ A JAZIDA DE FOSFATO A MADEIRA DE PINUS AS HIDRELETRICAS OUTRAS DE MENORES VALORES O OURO extraído do Desemboque pela corte portuguesa com a sua avareza nada deixou de econômico no município, a não ser um patrimônio histórico, com uma pobreza total na região e com uma degradação ambiental que está custando caro para os dias de hoje. O CAFÉ outra riqueza que por aqui passou. Quando o município poderia estar hoje no pico desta atividade, pois o mais difícil de conquistar já tinha sido conseguido, que era o nome internacionalmente conhecido como 'o melhor café do mundo', veio o fracasso e outros municípios conquistaram este espaço. De 100 mil sacas produzidas no passado, hoje não passam de 40 mil. Até o rótulo de melhor café, que é mais difícil de conquistar se exauriu. Hoje, na região, tentam conseguir aquele slogam, o Café Araxá, Café do Cerrado, dentre outros. E isso Sacramento tinha e não soube preservar. A JAZIDA DE FOSFATO era sacramentana, mas com o desmembramento do município ela foi junto pra Tapira. Hoje esse produto corta o subsolo sacramentano indo formar riqueza em outro município. É mesmo ironia do destino. Era daqui, ficou pra outro e é industrializado em outro. O interessado corre atrás. MADEIRA DE PINUS praticamente já foi toda embora, quando aqui poderia ter constituído um parque industrial moveleiro, ou outro tendo como base a madeira pela sua abundância. Não foi isto que aconteceu. AS HIDRELÉTRICAS são passado, mas ainda estão produzindo grande riquezas para o município, mas até quando é de difícil previsão, pois os seus posicionamentos nas gerações de energia deixam dúvidas. São questionados. Com isso o melhor remédio ainda é a prevenção. Usando desse princípio, com embasamento no passado e presente, projetar o futuro, ainda no assunto hidrelétricas, é bom dar antever o futuro em relação às quatro usinas que serão construídas no rio Araguari (das Velhas). Os projetos, com certeza, já estão prontos, pois esses empresários enxergam longe, trabalhando com previsões de longo prazo. Para eles canalizarem o rio colocando as casas de máquinas em outros municípios, não custa nada. As autoridades responsáveis pelo município têm que ficar atentas e de olho. Basta ver o passado. Que o passado não se repita e que esta economia pujante do município de SACRAMENTO DO HOJE se conserve e alimente, dando visão e clarividência a este povo, para que tenha a inteligência de estar projetando e conquistando um futuro melhor para todos. OUTRAS ATIVIDADES EM DESTAQUE PARA O FUTURO Não poderia neste instante, com um pouco de atraso, deixar de estar comentando, um ato que considero de grande relevância para o município e que é também de grande importância na nossa formação econômica. Até chamado por alguns como “INDÚSTRIA SEM CHAMINÉ” . QUE É O TURISMO. O município foi, ressentemente, palco para a realização de uma AUDIÊNCIA PÚBLICA realizada pela Comissão de Turismo da Assembléia de Minas Gerais, no Parque Náutico de Jaguara, com a finalidade de propor a criação de um Plano Diretor para o turismo na região, tendo como meta sua criação implantação e desenvolvimento, que contou com a presença de diversas autoridades, Federais, Estaduais e municipais. O anfitrião desse evento, meu amigo e proprietário do Parque Náutico de Jaguara, Dr. Ivan Sebastião Barbosa Afonso, foi muito feliz no seu discurso de abertura, onde relatou das grandes riquezas naturais da região, que delas o povo precisa ter conhecimento visitando-as e admirando-as de perto, para isto precisa de uma estrutura turística robusta, precisa e prestativa. Falou também dos filhos de Sacramento, que esta terra sempre pariu grandes nomes. Até concordo. Mas, infelizmente, hoje não ficam mais aqui, nascem, crescem, batem asas e são todos exportados. Acredito ser a hora desses grandes homens estarem fazendo como você fez, Dr. Ivan, retornando para darem suas contribuições para a sua terrinha mãe, que ela tanto espera e merece. Para mim em particular, a alegria nesse evento foi maior ainda pelo local escolhido, onde vivi minha infância que me trouxe remotas e alegres recordações, mas, mais contente foi quando projetado na tela para dar conhecimento a todos os presentes dos recursos naturais e outros disponíveis da região, lá estavam os FRUTOS DA TERRA, doces de inigualáveis sabores. Um produto da região produzidos pelos manos, Ivone e André Luiz Devos. Tinha que ser um sucesso, mesmo!!! Recursos naturais como Gruta dos Palhares, Cachoeiras, Serras, Parque Nacional da Serra da Canastra, Desemboque, Lagos, Clube Náutico Jaguará, Turismo Religioso... Juntando todos e mais as delícias das iguarias da região, que os visitantes adoram saborear, e com este povo acolhedor, só está faltando mesmo trabalho e união de todos, na formação de uma boa estrutura de suporte para o turista. Aí, acredito no sucesso desse empreendimento. Caros leitores, o recado foi dado, e o mais importante, também registrado pelo ET, assim ficará gravado para sempre. Não me sentiria realizado se este conceituado jornal não me tivesse dado esta oportunidade para estar passando aos leitores as poucas informações deste município, que consegui adquiri-las no labor do dia a dia, sempre lidando por muito tempo com as coisas públicas municipais. Onde o trabalho, o carinho, respeito e atenção com os contribuintes e o patrimônio público sempre foram a minha bandeira, por entender que isto não só é um dever, como também obrigação de um servidor público. Meu muito obrigado. Acredito ter dado mais esta contribuição. Que esse trabalho sirva ainda mais como uma pequena prestação de contas das minhas atividades na vida pública, sugerindo ainda que todos que por ali passarem que façam o mesmo. Seria ótimo! O leitor gosta, merece e precisa ser informado. Fica a sugestão. Em fim, são eles que pagam os nossos salários. Sabem, gostaria de viver mais os 30 anos vindouros para ter a oportunidade de ver no ET a coluna “DEU NO ET HÁ 30 ANOS” e fazer uma comparação com esta matéria. L U I Z D E VO S COMPLETAM ESTA MATÉRIA AS JÁ PUBLICADAS EM EDIÇÕES ANTERIORES A SABER; Entrevista Edição n°1146 em 29/03 - Carta ao ET Edição n° Café Edição n°1151 em 01/05 - Cana Edição n°1153 em 08/05 Pinus Edição n°1155 em 22/05 - Ethanol Summit Edição n°1163 em 17/06