O acadêmico do curso de Direito da Factus, Romildo Leal Rodrigues, da chapa única, 'Continuação pra valer', foi reeleito presidente da Associação dos Estudantes de Sacramento (AES) com 49 votos a favor, contra 25 votos contrários. A pouca representatividade, apenas 74 (21%) estudantes compareceram, não atingindo 50% dos 345 associados da entidade, não anulou a eleição. Segundo os estatutos são necessários apenas 1/5 (69 votos) dos associados aptos a votar. Romildo obteve cinco votos além do mínimo exigido.
A inexpressiva participação na eleição direta, realizada no último domingo, na Casa da Cultura, das 10h00 às 14h00, nas palavras do presidente eleito e do advogado da AES, José Bonifácio Silva, refletiu o total desinteresse dos universitários.
“ - Eles não compareceram nem pra dizer 'Não', porque se a maioria dos eleitores optasse pelo 'Não', teríamos que realizar outra eleição”, disse Romildo.
Avaliando os 14% de votos recebidos, Romildo, disse que sua avaliação não é das melhores. “A Associação é dos estudantes, não é minha, não é da diretoria. Foram pouco mais de 10%, uma coisa insignificante diante da situação que vivemos. São dois anos de responsabilidade para o presidente, o associado não participa, depois quer cobrar. Ou seja ela perde o direito até de exigir, se ele fizer um exame de consciência, ele sabe que está errado. Fico chateado, mas não vou jogar a toalha, não. Entendo que precisa haver uma reforma grande no Estatuto, só não a fizemos porque precisamos da presença de 1/3 dos associados, mas não vou desistir. Vamos ver, agora o que nos resta fazer. Aprendi muito durante esse um ano e meio, vou tentar não cometer os mesmos erros”, afirmou o presidente reeleito.
O que muda na AES
De acordo com Romildo, a partir de agora muita coisa na AES vai mudar. “A começar da diretoria, dos remanescentes, só permaneço eu. Já tenho uma proposta de trabalho, mas de inicio é em relação aos poderes Executivo e Legislativo, porque temos um acordo feito antes do pleito. Os R$ 30 mil doados pela câmara não estão sendo repassados há dois meses, mas não estou preocupado com isso, não. Mas ainda assim mantivemos o valor do ônibus, porque eu tenho um acordo com um cidadão lá do poder Executivo, na atual legislação, e esse dinheiro das duas parcelas vai ser repassado. Sou uma pessoa que ainda acredita na palavra de um homem. Há essa promessa. Para janeiro temos uma outra proposta, de um aumento substancial no repasse, em torno de 60%, sendo que hoje temos o repasse de 27%. Agora, tudo é política...”, afirma
A AEs, hoje, conta com 345 alunos autorizados a viajar (somente os adimplentes) e uma dívida no valor de cerca de R$ 250 mil, sendo R$ 129,00 da dívida antiga e o restante referente a 2008. “A dívida contraída este ano é relativa à inadimplência dos estudantes. A dívida dos anos anteriores está sendo cobrada na Justiça, os estudantes estão sendo executados”.
Romildo afirma que nunca tomou decisões sozinho. “Sempre as decisões foram tomadas com os diretores', esclareceu.
Licitação não tem decisão coletiva
A seguir, entretanto, mostra contradição no que diz, ao afirmar que a decisão de trabalhar com apenas uma empresa é decisão dele. “Vamos fazer licitação para contratar os ônibus, mas negociamos apenas com empresas que possuam no mínimo dez ônibus. Eu não trabalho picado. Eu sei a dificuldade que tenho. Isso aí eu não mudo, pode colocar no jornal que não mudo. Isso é decisão minha. Seja a empresa que for, mas tem que ter dez ônibus. Eu não dou conta de administrar duas, três empresas. Um ônibus estraga, eu tenho onde ir buscar. Seja qual for a empresa, eu só trabalho com uma empresa só. Isso é decisão minha, pode colocar no jornal”, afirmou categórico, preterindo duas empresas menores da cidade, Bonetti Turismo e Transdivisa.
Tendo em vista o início das férias escolas, até o dia 19 de dezembro correm apenas os ônibus que forem necessários. Depois a AES entrará em recesso até o dia 12 de janeiro.