Ministério da Agricultura regulamenta produção do queijo minas artesanal

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), regulamentou a produção de queijo artesanal com a publicação, no Diário Oficial da União, da Instrução Normativa 57, no Diário Oficial da União (DOU), no último dia 16.  A norma prevê a possibilidade de maturação de queijos por período inferior a 60 dias e define requisitos para sua produção, garantindo a qualidade do produto e atendendo aos aspectos de sanidade e saúde pública. 

O vereador Marcelino Marra Batista (foto), que vem trabalhando desde o início de seu mandato junto a deputados e produtores da região, para corrigir aquela distorção,que exigia uma maturação superior a 60 dias, comemorou a mudança. “A audiência pública, realizada em Brasília, dia 27 de novembro, da qual participamos como debatedor, juntamente com Carlos Rodrigues, da Ceasa; Marcius e Pedro Hartung, do IMA foi decisiva. Ali foi formada uma comissão de deputados para modificar as regras apresentadas e fazer com que Minas não perdesse a tradição da produção do queijo artesanal e o resultado dessa conversa, das modificações e do debate está nessa IN 57”, disse Marcelino Marra, em entrevista ao ET.

Segundo o vereador, o próprio Ministério da Agricultura, através de estudos técnicos reconhece que a maturação do queijo ocorre em 21 dias. “Isso permite que o queijo Minas Artesanal seja um produto inscrito no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), permitindo que os municípios mineiros de regiões produtoras de queijo, através do IMA,   façam a inscrição  no processo de produção de queijo, certifiquem-se  e comercializem o produto fora do Estado, porque até hoje, a comercialização só é permitida no estado. Por exemplo,  nosso vizinho de rio, Rifaina, não pode comprar nosso queijo, por alta desse certificado de sanidade animal”, justificou, julgando a norma um absurdo. 

Na avaliação de Marcelino, a nova norma vai abrir portas para produtores. “Hoje temos dois produtores no município, o Orlando e o Joelque produzem mais de 200 queijos por dia. E se for para os dois comercializarem em Sacramento, o mercado vai saturar, o queijo tem que sair para outros estados”, ressaltou, destacando que não há prazos estabelecidosaindapelo IMA autorizando essa comercialização,mas a barreira foi quebrada. O queijo ainda não pode sair do Estado, o IMAe os órgãos de pesquisa estarão apresentando as normas para tal regularização”.