O presidente da Associação dos Criadores de Gado Leiteiro de Sacramento, Luciano Skaff, coordenou este ano a 31ª edição do e, também, a exposição de gados e eqüinos, na Expogal 2010. Para Luciano, o Torneio Leiteiro representa um incentivo aos produtores de leite e, também, um momento de mostrar o seu plantel, a evolução da genética e fazer negócios. E sobre a competição, disse que nunca houve um torneio igual. “A disputa aqui está em gramas de diferença e isso é muito bom, estimula o investimento na alta genética. Eu cresci aqui dentro com papai, Milton Skaff, e vejo com alegria esse crescimento, com um novo recorde, mais de 70 kg de leite por dia. Isso é sinal de um avanço muito grande na genética. A cada ano que passa o nível cresce”, avalia.
Segundo Luciano, em 2011, a Associação vai realizar um Torneio Regional. “Tudo indica que, a partir do próximo ano, o Torneio Leiteiro seja regional. Há muita procura de pessoas da região para participar. Até agora é um torneio municipal, mas para o próximo ano, vamos regionalizar e vamos estar de portas abertas esperando os participantes, porque estamos estruturados para receber esse tipo de concorrente”, disse mais, justificando a importância da regionalização. “Servirá de incentivo para os produtores, todos vão correr atrás de aumentar a produção para ficar com a premiação na cidade”, afirma.
Além da provável regionalização do Torneio Leiteiro, a comissão vai trabalhar para aumentar a participação de produtores sacramentanos e Luciano aponta como uma das dificuldades, a falta de mão de obra qualificada nas fazendas. “O município tem muitos produtores com vacas de alta qualidade, mas muitos não expõem por falta de pessoal e muitos não têm como deixar a fazenda pra vir para o torneio. Falta hoje mão de obra, principalmente qualificada para o manejo. O empregado tem que ser qualificado e o custo é alto e muitas vezes fica inviável para o produtor, mas vamos buscar estimular a participação, há sempre um meio termo”, afirma.
A Expogal 2010 recebeu 37 bovinos de diferentes raças, alem de equinos das raças campolina, mangalarga paulista, e mangalarga marchador, apenas em exposição. “É complicado hoje registrar e oficializar a exposição e fazer o julgamento dos animais. Sacramento já teve exposição oficial de mangalarga paulista e marchador, mas não tem mais faz anos. Nossa intenção é, aos poucos, resgatar algumas coisas. Leilões, por exemplo, a nossa estrutura não está pronta para leilões. Hoje, no leilão, as vacas são obrigadas a ter garantia de produção e se ela não der a produção, o dinheiro é devolvido. As pessoas sabem o que estão comprando, falta muito para nós chegarmos a isso, inclusive na estrutura física”, esclareceu.